Fonte: Barry Gossage / AFPNão faz muito tempo, mas o Phoenix Suns liderava a NBA e tinha um dos melhores elencos. No entanto, as coisas mudaram de forma muito rápida. Será que chegou o momento de o Suns trocar o armador Chris Paul? Precisa de uma reconstrução drástica ou ainda é possível vencer com o astro? Aqui, vamos tentar encontrar o melhor caminho para a equipe do Arizona.
Há menos de um ano, eu indicava que Paul deveria estar na briga pelo MVP. De fato, o Suns tinha a melhor campanha e o jogador fazia grande campanha. Mas no mesmo dia que publiquei a matéria, ele se machucou. O atleta até participou do Jogo das Estrelas, mas passou um longo período fora das quadras. Enquanto isso, Devin Booker se solidificou como o cara da franquia. Phoenix seguiu vencendo.
Paul retornou no fim de março e, mesmo com performances um pouco abaixo, ele chegou aos playoffs fazendo estragos nos adversários. Embora Jose Alvarado tenha entrado em sua mente, ele fez grandes jogos. O primeiro da série contra o New Orleans Pelicans, então, foi um espetáculo: 30 pontos, dez assistências, sete rebotes e errou apenas quatro dos 16 arremessos. Phoenix sofreu um pouco, mas bateu o oponente.
Depois, diante do Dallas Mavericks, o Suns venceu os seus dois primeiros compromissos, mas levou uma virada incrível. Na queda, houve discussão interna entre o técnico Monty Williams e Deandre Ayton. Phoenix não parecia ser mais o mesmo. E Paul, certamente, passou longe de seus melhores momentos, sendo massacrado por Luka Doncic.
Mas para a atual temporada, Jae Crowder pediu troca, havia muita tensão entre Williams e Ayton e, de quebra, o dono da franquia aprontou. Bem, nada é tão ruim que não possa piorar, né?
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No entanto, o Suns iniciou bem a temporada, deixando os problemas fora das quadras por lá mesmo. Até o dia 30 de novembro, a equipe somava 15 vitórias em 21 jogos. Não parecia ter adversários até que… as lesões voltaram a assombrar. É bem verdade que Cam Johnson (o substituto de Crowder) se machucou logo de cara, mas tudo se encaixou com Torrey Craig.
Apesar de Paul estar abaixo do ideal, Booker fazia toda a diferença. Então, não era exatamente um problema. Mas o armador sofreu uma lesão no calcanhar e perdeu 14 jogos. Mesmo assim, Phoenix estava muito bem.
Só que Booker machucou a virilha em meados de dezembro e agravou na Rodada de Natal. Desde então, ele não pisou mais em quadra. Como resultado, a equipe só venceu nove das 24 partidas sem ele (37.5% de aproveitamento). Chris Paul voltou enquanto isso, mas não agrada e os rumores de que o Suns vai trocar o atleta começaram a surgir.
Na última quarta-feira, Phoenix perdeu mais uma. Em casa, a equipe levou sonoros 132 a 100 do Atlanta Hawks. Foram 26 minutos de total agonia do astro em quadra. Uma desconexão com o time, algo que não me lembro de ter visto nele. No entanto, não foi só ele que esteve “estranho”, longe (bem longe) do seu normal.
É o momento de troca?
Vamos entender algumas coisas aqui. O jogador terá 38 anos na offseason, enquanto seu contrato vai até 2025. Ou seja, ainda restam duas temporadas. Ele não está se arrastando em quadra, apenas para deixar claro. Ainda pode jogar em bom nível até o fim de seu acordo, mas o que a equipe precisa fazer agora?
É difícil dizer, mas em algum momento, o Suns vai precisar trocar Chris Paul para lutar pelo título. Não creio que, mesmo com a volta de Devin Booker às quadras, o time vai vencer como antes. Talvez, a direção faça algo em relação a ele após os playoffs. Qualquer coisa que aconteça agora, ele estará muito em baixa, logo seu valor de mercado será o mesmo.
Última cartada
Então, acredito que a diretoria vai tentar uma última cartada na trade deadline. Neste caso, por OG Anunoby, abrindo mão de Deandre Ayton. É a posição que o Toronto Raptors precisa. Claro que os salários não batem, até porque Ayton estendeu o contrato em julho. É preciso ser criativo para conseguir formular uma proposta.
E não é de agora que o Raptors tem interesse em Ayton. De acordo com o jornalista Kevin Zimmerman, da rádio Arizona Sports, o time canadense quase contratou o pivô na última offseason em uma sign and trade. Ou seja, ele assinaria com o Suns e, em seguida, iria para Toronto.
No dia 30 de janeiro, Masai Ujiri e James Jones, dirigentes das duas equipes, se encontraram e conversaram. Ninguém sabe exatamente o conteúdo do que falaram ali, mas em época de trocas, é óbvio que isso chamou a atenção.
Existe, também, a chance de ser Pascal Siakam no lugar de Anunoby, segundo Kevin Pelton, da ESPN. É óbvio que o Suns teria de entregar algumas escolhas de Draft, mas a equipe possui todas as picks possíveis para isso. Seria necessário envolver mais um contrato, possivelmente o de Dario Saric.
Neste caso, a abertura deste canal entre Ujiri e Jones pode ser crucial para que o Suns tente receber, também, Fred VanVleet. De novo, pode não ser agora, mas envolveria trocar Chris Paul, enquanto o Suns receberia VanVleet nas férias da NBA.
A carreira de Chris Paul
Aos 37 anos, o armador já foi ao Jogo das Estrelas em 12 oportunidades, além de 11 indicações para os times ideais da NBA. Ele soma seis temporadas na liderança em roubos de bola e outras cinco em assistências. São nove premiações para as equipes de defesa e, na última temporada, Paul foi nomeado como um dos 75 melhores jogadores de todos os tempos.
Até o momento, o atleta registra 1.187 jogos na liga, com médias de 18.0 pontos, 9.5 assistências, 2.1 roubos de bola, além de 37% de aproveitamento nos arremessos de três. É uma carreira incrível, repleta de marcas importantes. Apenas para ter uma ideia, ele ocupa o terceiro lugar histórico em passes decisivos (11.249) e tem ritmo para terminar em segundo, superando Jason Kidd.
Mas o mesmo pode ocorrer em roubadas. Hoje, ele é o quarto da lista, atrás de John Stockton, Kidd e, claro, Michael Jordan. Aliás, ele deve superar o eterno camisa 23 ainda em 2022/23.
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