Fonte: AFPO Chicago Bulls mostrou o seu comprometimento com as vitórias e sucesso imediato na trade deadline, realizando uma série de negociações encabeçadas pela contratação do astro Nikola Vucevic. A franquia não hesitou em liberar um dos seus principais jovens talentos (Wendell Carter), um enorme contrato expirante (Otto Porter) e duas escolhas de primeira rodada de draft para fechar troca com o Orlando Magic. O pivô é o símbolo de uma gestão mais ambiciosa e ele garante que o time está pronto para decolar.
“Estou animado com esse grupo porque temos enorme potencial. É uma ótima estrutura e acredito que estamos construídos para o sucesso nos próximos anos. Já temos um all-star em Zach [LaVine], mas também essa mistura de veteranos como Thaddeus Young e Garrett Temple com jovens como Coby White e Lauri Markkanen. Todos são grandes jogadores, continuaremos crescendo juntos e teremos muito sucesso juntos em breve”, afirmou o atleta montenegrino, em longa entrevista ao site Basketball News.
Atuando pelo Magic, Vucevic criou grande identificação com a torcida ao tornar-se o líder inesperado de uma reconstrução que nunca conseguiu alçar os voos que sonhava. Tanto que, em nove anos na equipe, ele foi o único jogador eleito all-star em Orlando – e, por várias temporadas, revelou-se o quase solitário sopro de ataque em um time totalmente defensivo. Agora, finalmente, o europeu tem a chance de jogar ao lado de outro astro e um jogador ofensivo de primeira linha em LaVine.
“Eu nunca joguei como um pontuador do calibre de Zach. Ele é um dos melhores alas-armadores da NBA e aposto que será um astro por muitos anos ainda, assim como eu. Fará minha vida mais fácil em quadra e espero ter o mesmo impacto em seu jogo. Acho que, desenvolvendo entrosamento, podemos ser uma dupla muito, mas muito boa. Nós seremos muito difíceis de sermos marcados. Vamos ser fantásticos juntos”, previu o jogador de 30 anos, selecionado para dois dos últimos três Jogos das Estrelas.
O fim da relação de Vucevic com o Magic, por sinal, foi um tanto diferente de diversas histórias que ouvimos nos últimos anos: ele revelou ter sido informado pela franquia com antecedência de que uma troca poderia acontecer e chegou a conversar com os executivos sobre a possibilidade. Dias mais tarde, horas antes da imprensa começar a noticiar a negociação, o pivô recebeu o aviso de que a transação estava acontecendo. Para Chicago, um dos destinos que indicou como favoritos à direção de Orlando.
“É sempre difícil ir embora de um lugar onde você passou tanto tempo e vivi esse misto de emoções, mas a experiência fica cada vez mais fácil. As pessoas de Chicago já têm sido muito calorosas comigo desde o hotel em que fiquei hospedado. Todos estão tão animados quanto eu e isso deixa tudo mais simples. Sinto-me bem-vindo e, no fim das contas, essa é a equipe que cresci vendo na televisão. Eu era o maior fã de Michael Jordan que possa imaginar”, contou o veterano.
O início da passagem de Vucevic pelo Bulls, é preciso dizer, não tem sido o que torcida, dirigentes e elenco projetavam: o time perdeu sete de dez jogos e está mais próximo de sair da zona de play-in do que subir da incômoda décima posição no Leste. As atuações do novo reforço, porém, têm sido elogiadas em geral. O desempenho individual não pode passar despercebido em um momento ruim, mas o pivô crava: tudo em Chicago gira em torno de voltar aos playoffs após quatro anos.
“Nosso objetivo é chegar aos playoffs. O treinador enfatizou isso desde o primeiro treino do qual participei. E acredito que seja alcançável. Não vai ser fácil, podemos disputar o play-in, mas precisamos estar lá. Isso será um grande feito para nossos jovens atletas, que nunca estiveram em um mata-mata. Acho que as trocas feitas pelo time mandam uma mensagem forte para o resto da liga. Mas classificar de fato é um recado maior. Será um passo a frente rumo ao sucesso que queremos”, concluiu o montenegrino.
