Muitas gente esperava ver o Milwaukee Bucks, de Giannis Antetokounmpo, como o melhor time da NBA já no início da temporada. Afinal, um dos elencos mais bem-sucedidos da liga adicionou o astro Damian Lillard. Mas, na prática, as coisas têm sido mais complicadas do que se pensava. A equipe só venceu dois dos primeiros quatro jogos da campanha, com uma defesa especialmente preocupante.
“Esse é um momento de dificuldade, antes de tudo. E até temos algumas desculpas que podemos citar para explicá-lo. Recebemos um novo jogador muito importante, enquanto o novo técnico tenta implantar um novo sistema. Podemos debater tudo isso por horas. Mas a vida não funciona assim. Precisamos encontrar as soluções”, afirmou Antetokounmpo, depois da derrota para o Toronto Raptors.
É verdade que, além da contratação de Lillard, Adrian Griffin assumiu o comando do elenco com novas ideias. É a ruptura com um trabalho de meia década de Mike Budenholzer. Ou seja, um período de adaptação é totalmente compreensível. Mas ter a defesa menos eficiente da liga, sofrendo mais de 118 pontos por 100 posses de bola, não era esperado. E exige uma reação imediata.
“Poderia chegar aqui e dizer que o time vai ser melhor no 40º jogo da temporada, por exemplo. No entanto, precisamos ser melhores agora. Temos que atuar mais juntos, sermos mais claros sobre os nossos objetivos nos dois lados da quadra. É algo que requer tempo, mas não podemos parar e esperar. É preciso procurar as respostas”, reafirmou o duas vezes MVP da liga.
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Processo
Até a última temporada, Giannis Antetokounmpo liderava um time do Bucks que tinha uma das melhores defesas da liga. Registrou a quarta melhor eficiência de marcação da NBA na campanha passada, por exemplo. A chegada de Lillard, no entanto, custou a saída do especialista defensivo Jrue Holiday. O novo reforço entende a impaciência do colega, pois compartilha do sentimento.
“A parte mais difícil é manter a paciência no início da temporada. Entendemos que isso é um processo e montar um time leva tempo, mas a consciência não faz nada mais simples. Afinal, nós somos competidores e jogamos em alto nível. Queremos que tudo funcione. Então, sempre esperamos que os resultados apareçam rápido”, admitiu o experiente armador.
As equipes que passam por grandes mudanças e funcionam de imediato são casos raríssimos nos esportes. Por isso, administrar os altos e baixos naturais é um dos grandes testes nesse processo. Quem vê a derrota contra o Raptors nem lembra que a equipe teve uma estreia elogiada na vitória sobre o Philadelphia 76ers. Não há fórmulas prontas para a equação difícil do sucesso nos esportes.
“Nós vamos ter atuações horrorosas às vezes. Em seguida, outras que evidenciam o nosso potencial enquanto time. O processo, como resultado, traz irregularidade. Mas, por mais que saibamos disso, todos estão frustrados. Não queremos a parte ruim. No entanto, ainda estamos aprendendo sobre as tendências uns dos outros”, avaliou o ídolo do Portland Trail Blazers.
Questão de tempo
Dizem que criticar alguma questão é fácil, mas a situação muda quando o assunto é propor soluções. Ou seja, solucionar os problemas é bem mais difícil do que vê-los. Qual é a proposta de Giannis Antetokounmpo, então, para tornar o time do Bucks melhor o mais rápido possível? Ele prega que o caminho está em incentivar uma constante comunicação interna, mesmo que isso leve a diálogos “indesejados”.
“Às vezes, algumas conversas mais duras são necessárias entre jogadores, técnicos e todos na organização. Quando as coisas não funcionam, afinal, os atletas ‘forçam’ um pouco para tentar fazer a coisa andar. Então, são conversas necessárias. Todos precisam se fazer ouvir. Temos que manter a comunicação aberta porque só assim vamos nos entrosar”, explicou o craque grego.
Não há dúvidas de que outro ingrediente necessário para o crescimento da equipe é o tempo. Mas o popular “dar tempo ao tempo” não traz a melhoria por si só. Esse intervalo significa muito trabalho, acima de tudo. O tempo precisa ser bem usado, pois Antetokounmpo avisa: esperar não leva a lugar nenhum.
“Nós ainda estamos distantes, certamente, do patamar que queremos. Esperamos melhorar a cada partida. Mas, se continuarmos com o pensamento de que vamos crescer de forma natural, isso nunca vai acontecer. Acredito nesse time, mas nós temos que mirar o presente. Precisamos entrar em quadra e achar maneiras de melhorar sem esperar o futuro”, concluiu o ícone de Milwaukee.
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