Finalmente. Bruno Caboclo comandou a vitória do Brasil sobre o Japão, nesta sexta-feira (2), por 102 a 84, na última rodada da fase de grupos das Olimpíadas de Paris. O pivô brilhou ao anotar um expressivo duplo-duplo de 33 pontos e 17 rebotes. Assim, a seleção conseguiu tirar boa parte do saldo negativo e fica perto da classificação às quartas de final.
Isso porque, antes do duelo contra o Japão com show de Bruno Caboclo, o Brasil tinha saldo negativo de 25 pontos. Com o triunfo de 18 pontos de diferença, ficou com -7. Agora, precisa torcer para derrotas da Espanha, que joga contra o Canadá nesta sexta-feira, e Sudão do Sul, que encara a Sérvia no sábado.
A seleção brasileira fez sua melhor partida nos Jogos Olímpicos. Após duas derrotas para França e Alemanha, foi para a última rodada com a necessidade de vencer bem o time japonês. E conseguiu. A equipe iniciou bem o confronto, fez ótimo primeiro tempo, já abrindo uma vantagem confortável.
No entanto, o terceiro período foi o mais crítico para a equipe comandada por Aleksandar Petrovic. Foi, aliás, o único período perdido pelo Brasil no jogo.
Mas, além de Bruno Caboclo, o Brasil contou com grandes atuações de Vítor Benite e Marcelinho Huertas na vitória sobre o Japão. Os veteranos foram fundamentais no ataque. O ala fez ótimo primeiro tempo e terminou o confronto com 19 pontos e cinco bolas do perímetro em sete tentativas. O armador, por sua vez, fez 13 pontos e oito assistências, sendo crucial no último período com bolas decisivas.
Leia mais!
- Entenda como os irmãos Oscar e Tristan da Silva “escaparam” do Brasil
- Brasil entra em última rodada “fazendo contas”: veja classificação e resultados do basquete
- Com Gui Santos, confira quais jogadores estão sem contrato garantido na NBA
Os reservas foram fundamentais. Ao todo, o time brasileiro conseguiu 39 pontos de jogadores vindos do banco, contra 18 do Japão. Vele destacar, então, que Raul Neto fez sua estreia em Paris. O armador que se recuperava de lesão atuou por 20 minutos, terminando com oito pontos e cinco assistências.
Pelo lado japonês, o principal jogador, Rui Hachimura, do Los Angeles Lakers, foi cortado da partida. Isso porque foi constatada uma lesão na panturrilha que o deixou de fora. Com resultado, outros coadjuvantes assumiram a responsabilidade. O grande nome do time asiático foi o pivô americano, naturalizado, Josh Hawkinson. Ele terminou com 26 pontos, dez rebotes e cinco bolas de três pontos.
Além disso, Yuki Kawamura foi um dos principais nomes do duelo com 21 pontos, dez assistências e quatro arremessos de longa distância. Portanto, o time japonês conseguiu “se virar” seu seu principal astro, mas sofreu com o grande aproveitamento brasileiro no ataque.
Por fim, o Brasil iniciou o duelo com poucos desperdícios de bola. Algo raro nas Olimpíadas. Entretanto, ao longo do confronto, passou a cometer turnovers e terminou com 12 ao todo. Da mesma forma, permitiu muitos pontos de segunda chance ao adversário. O Japão conseguiu 29, enquanto a seleção brasileira apenas 17.
Caso avance, o Brasil voltará à quadra na próxima terça-feira (6), quando acontecem todos os jogos da fase quartas de final. Adversário e horário do confronto ainda serão definidos.
O jogo
O Japão começou melhor a partida abrindo 7 a 2 e explorando muito seu pivô americano naturalizado. Com isso, Bruno Caboclo cometeu uma falta com menos de 30 segundos de jogo. Assim, Georginho passou a ajudar na marcação contra o maior jogador adversário. Foi do armador do Franca, aliás, que veio a primeira bola tripla brasileira que voltou a seleção pro jogo.
Na metade do período, a partida ficou com ritmo acelerado e os dois times jogando em transição. O Brasil se beneficiou de um grande momento ofensivo de Caboclo, mas tinha dificuldades para neutralizar os japoneses na defesa.
Já no final do período, as bolas do Japão pararam de cair e o Bruno Caboclo deslanchou somando 12 pontos em sete minutos jogados para o Brasil. O aproveitamento da seleção nos arremessos foi o grande trunfo. Com 57%, converteu 13 de 23, sendo cinco bolas do perímetro em seis tentativas. Além disso, a equipe não cometeu turnovers nos dez primeiros minutos. 31 a 20 Brasil.
O segundo quarto começou com o time asiático forte nas bolas de três pontos encurtando a diferença. Isso porque o ataque funcionou e o Japão conseguiu uma corrida de 11 a 5. Com esse bom aproveitamento de longa distância, o Brasil viu seu adversário encurtar a diferença para cinco pontos. No entanto, Benite entrou na partida e mudou o cenário. O veterano matou três bolas seguidas do perímetro e fez a seleção abrir vantagem novamente.
Assim, o time brasileiro conseguiu grande vitória no primeiro tempo. Sobretudo pelo ótimo aproveitamento nas bolas de três pontos. Ao todo, a seleção converteu 11 arremessos de 13 tentativas. Do mesmo modo, conseguiu cometer menos desperdícios do que o habitual. Foram apenas quatro nos 20 minutos iniciais de partida. 55 a 44 Brasil.
Segundo tempo
Na volta do intervalo, o Brasil mostrou o mesmo ímpeto. Com Caboclo retornando à quadra, o time dominou as primeiras jogadas de garrafão e ampliou a vantagem. O Japão, da mesma forma, seguiu apostando nas bolas do perímetro. A surpresa foi o pivô Josh Hawkinson com três arremessos convertidos de longa distância. Pelo lado brasileiro, a equipe perdeu o ritmo ofensivo na metade do quarto, parou de pontuar e começou a ter dificuldades defensivas. Dessa forma, os japoneses voltaram a encurtar a diferença, que fora de 16, para quatro pontos.
O terceiro quarto brasileiro foi ruim. A seleção permitiu que o adversário pontuasse de formas fáceis dentro e fora do garrafão. Além disso, as bola de três pontos pararam de cair. Com Caboclo em quadra, o time deixou de aproveitar seu ótimo momento para pontuar próximo à cesta. Então, o Japão aproveitou para seguir pontuando do perímetro e levar o confronto equilibrado para os dez minutos finais ao vencer o terceiro período por sete pontos. 77 a 73 Brasil.
No último quarto, o Brasil melhorou, mas sem conseguir ampliar muito a vantagem na primeira parte. O aproveitamento seguiu o mesmo do terceiro período. Então, Caboclo passou a aproveitar mais as chances próximas ao aro. O jogo era truncado. O Japão aproveitou os ataques em cima do Yago. Isso, até Huertas voltar à quadra e conseguir dois ataques fundamentais para ampliar a diferença novamente.
Brasil 102 x 84 Japão
Destaques
Brasil
Jogador | PTS | REB | AST | STL | BLK |
---|---|---|---|---|---|
Bruno Caboclo | 33 | 17 | 1 | 0 | 1 |
Vítor Benite | 19 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Marcelinho Huertas | 13 | 1 | 8 | 0 | 1 |
Léo Meindl | 9 | 8 | 1 | 1 | 0 |
Três pontos: 17-28 (61%) / Caboclo: 4-4 e Benite: 5-7
Japão
Jogador | PTS | REB | AST | STL | BLK |
---|---|---|---|---|---|
Josh Hawkinson | 26 | 10 | 2 | 0 | 2 |
Yuki Kawamura | 21 | 2 | 10 | 1 | 1 |
Yuta Watanabe | 14 | 9 | 0 | 0 | 3 |
Yudai Baba | 11 | 0 | 1 | 1 | 0 |
Três pontos: 16-41 (39%) / Hawkinson: 5-6 e Kawamura: 4-9
Jogos desta sexta-feira (02/08)
- A: Austrália 71 x 77 Grécia / Canadá 88 x 85 Espanha
- B: Japão 84 x 102 Brasil / França x Alemanha (16h)
Jogos deste sábado (03/08)
- C: Porto Rico x EUA (12h15) / Sérvia x Sudão do Sul (16h)
Assine o canal Jumper Brasil no Youtube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
E quer saber tudo o que acontece na melhor liga de basquete do mundo? Portanto, ative as notificações no canto direito de sua tela e não perca nada.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA