Brandon Jennings: “Só alguns jogadores da NBA realmente amam basquete”

Ex-armador do Bucks acredita que empoderamento dos atletas só trouxe reflexos negativos à liga atual

jennings jogadores nba basquete Fonte: Jim Poorten / AFP

Estamos vivendo a era do empoderamento dos atletas da liga, pois nunca tiveram tamanho controle sobre seus destinos na carreira. Mas, de maneira surpreendente, nem todos os integrantes da categoria estão satisfeitos. Há quem acredite que isso funcione como algo negativo para o esporte. Brandon Jennings, por exemplo, vê o poder adquirido pelos jogadores da NBA “drenar” o amor pelo basquete.

“Só alguns jogadores da NBA, em síntese, realmente ama o basquete hoje em dia. Ganha-se tanto dinheiro, afinal, que só pensamos se todos se importam. E, se sou um fã do esporte, por que pagaria para ver caras que podem decidir onde querem jogar? Tornar a NBA em uma liga comandada pelos jogadores, por fim, foi a coisa mais estúpida possível”, disparou o ex-armador, nas redes sociais.

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Jennings, de fato, jogou em uma NBA com dinâmica de poder muito diferente dos tempos atuais. Ele começou a carreira como destaque do Milwaukee Bucks, mas, em seguida, acabou negociado para o Detroit Pistons. Sua carreira, desde então, entrou em declínio até um encerramento precoce. O ex-jogador responsabiliza grandes astros da liga por mudar, mas não melhorar, esse panorama.

“Sinto que a culpa é de atletas como Chris Paul e LeBron James, por exemplo. Eles fizeram os jogadores, antes de tudo, serem foco da liga. Entendo que esses caras desejam o máximo de dinheiro possível, mas a paixão pelo basquete está perdida. E, como resultado, as crianças nem assistem mais jogos. Só veem os melhores momentos no twitter e instagram”, acusou o 10º escolhido do draft de 2009.

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Mudanças possíveis

Mas como seria possível alterar esse cenário tão incômodo, então? Como Jennings, afinal, faria dinheiro e poder realinhar-se com o amor ao basquete pelos jogadores da NBA? A primeira resposta, em suma, é reformular a maneira como os contratos são estruturados. Ele acredita que vínculos mais baseados em metas, por exemplo, forçariam o esporte a voltar a ser protagonista nas relações internas.

“A NBA precisa encontrar uma forma de colocar metas em todos os contratos, para começar. Todos devem ter média de tantos pontos ou disputar tantas partidas, por exemplo, para receber a totalidade dos valores. Já fizeram com Zion Williamson, então não é impossível. A verdade é que, certamente, a liga precisa mudar as suas regras”, concluiu o veterano, exigindo alterações na dinâmica da liga.

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