Fonte: Christian Petersen / AFPBradley Beal chegou ao Phoenix Suns com o status de um dos astros do time. Mas, aos poucos, o seu papel moldou-se a uma realidade diferente. A equipe, em primeiro lugar, tem outras duas referências no elenco em Kevin Durant e Devin Booker. Além disso, alguns problemas físicos deixaram-no de fora do início da temporada. O técnico Frank Vogel exalta a disposição do ala-armador a encaixar-se nesse novo momento.
“Para começar, Bradley está se sacrificando pelo bem do nosso time. Eu acho que é bem importante sempre lembrar isso. Ele tem sido o nosso armador principal e mudou o seu jogo, pois precisa infiltrar mais do que fazia antes. Só tentou sete arremessos hoje, por exemplo, mas foi o jogador ofensivo mais dominante. E isso porque criou chances para todos”, exaltou o treinador, após a vitória contra o Atlanta Hawks.
Beal, como citado por Vogel, só teve sete arremessos e marcou 12 pontos na partida. É uma marca baixa não só em comparação com a sua carreira, mas também no contexto dessa temporada. No entanto, ele distribuiu nove assistências. Foi o segundo maior número de passes decisivos que registrou na campanha. E o técnico fez questão de apontar que o seu impacto no jogo não para por aí.
“Bradley foi bem importante por causa de suas nove assistências. Mas, mais do que isso, teve o nosso melhor índice de plus/minus. Vencemos por 17 pontos enquanto ele estava em quadra. E, para finalizar, ainda foi quem marcou Dejounte Murray em boa parte do tempo. Eu não poderia elogiar mais o trabalho que ele vem fazendo nesse momento”, cravou o técnico campeão da NBA.
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Recorde igualado
O Suns igualou um recorde da história da franquia após acertar 22 arremessos de três pontos contra o Hawks. Sete dos nove atletas que entraram em quadra fizeram, pelo menos, uma cesta de longa distância. As exceções, não por acaso, foram os pivôs do elenco: Jusuf Nurkic e Drew Eubanks. Vogel viu a marca histórica, sobretudo, como resultado de um time que leu muito bem a defesa do oponente.
“Cada jogo nessa liga, antes de tudo, é diferente. Você enfrenta uma equipe que ‘troca tudo’ na defesa em uma noite, então abre espaço para que as referências controlem a partida. Hoje, por outro lado, o adversário era mais agressivo e ‘dobrava’ a marcação sempre que possível. Movimentamos a bola e, assim, conseguimos encontrar os bons arremessos para três pontos”, elogiou o treinador.
Para Vogel, a performance contra o Hawks foi uma visão do que sempre planejou para o ataque de Phoenix. Mas com só um porém: seria bom menos de 17 desperdícios de bola. “Hoje, os jogadores realmente estavam comprometidos em dar o passe extra para achar o melhor arremesso. Para resumir, é assim que queremos jogar. Só temos que mover a bola consistentemente com mais cuidado”, ponderou.
Banco ativo
O time do Suns, obviamente, teve bem mais destaques do que só Bradley Beal contra o Hawks. O banco de reservas, por exemplo, foi um deles. É normal que os suplentes tenham mais importância na segunda noite de um back-to-back, mas, ainda assim, chamaram a atenção de Vogel. Só quatro reservas combinaram para 47 pontos de Phoenix saindo do banco, enquanto converteram nove cestas de longa distância.
“Foi, provavelmente, a melhor atuação do nosso banco na temporada. Nós já tivemos outros grandes jogos dos nossos reservas, mas, hoje, acho que foi o mais encorpado. Aliás, não poderia tirar mais o chapéu para esses atletas quanto hoje. Coletivamente, eles foram os melhores em quadra. Deveriam levar a bola do jogo”, concluiu o experiente técnico.
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