Afinal, o que é mais difícil: ser campeão da NBA ou olímpico? Esse é um questionamento que volta aos holofotes nos EUA, em particular, sempre que estamos nas Olimpíadas. É provável que nunca tenhamos uma resposta definitiva sobre isso, pois são competições totalmente diferentes. Mas todo mundo tem uma opinião. O armador Payton Pritchard, por exemplo, não tem dúvidas de que o Boston Celtics ganharia o ouro em Paris.
“Eu apostaria o meu dinheiro nisso, pois acredito que a gente venceria as Olimpíadas. É claro que não seria algo fácil ou garantido. Você precisa entrar em quadra e jogar, mas seria a minha aposta. Sinto que, se conquistamos o título da NBA depois de uma longa temporada, ficaríamos bem nesse tipo de torneio. Até porque nós já sabemos jogar juntos”, opinou o atleta, em participação no podcast “Point Forward”.
Esse debate reflete a nova hegemonia norte-americana quando se fala em Olimpíadas. A equipe conquistou as últimas quatro medalhas de ouro e só perdeu um jogo em torneios olímpicos desde a convocação do Time da Redenção, em 2008. A projeção específica do Celtics contra as seleções mundiais, no entanto, começou a partir de um comentário do repórter Brian Windhorst, da ESPN.
“Se Boston estivesse no torneio olímpico, eu acredito que teriam uma grande chance de vencer. O elenco da seleção já tem três atletas do time, antes de tudo. E, considerando o que apresentaram nos playoffs, acho que as suas chances seriam altas. Por isso, não acho que deveriam parar de se considerarem campeões mundiais. Eu não vou parar, certamente”, argumentou o experiente jornalista.
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Fora da rotação
Payton Pritchard admite que a maior notícia sobre o Boston Celtics nas Olimpíadas não é positiva. O craque Jayson Tatum virou protagonista de uma controvérsia depois de ficar fora da rotação na estreia da equipe. A maior parte da imprensa norte-americana achou a decisão de Steve Kerr absurda. Para o armador, isso só vai deixar o colega mais forte, focado e motivado.
“Todos sabemos como Jayson é talentoso. Mas, agora, você tem essa onda de pessoas que duvidam da sua qualidade. Isso é absurdo, mas só vai aumentar a sua motivação. Podem apostar nisso. Ele vai querer provar que todos estão errados na temporada que vem, então estou ansioso para voltarmos a jogar. Estou empolgado para ver o que vai fazer com tudo isso”, afirmou o reserva de Boston.
Pritchard fala sobre o assunto com propriedade, pois já passou pela mesma situação de Tatum. Ele não tenta comparar as duas situações, mas consegue enxergar o paralelo. “Não sou um jogador do nível de Jayson, mas já estive fora da rotação de times. Isso é uma experiência engrandecedora. Todos sentem que deveriam estar em quadra e, por isso, passar por algo assim nos torna mais fortes”, concluiu.
Noah Lyles
Pode-se dizer que a origem da discussão inteira está em Noah Lyles. O novo campeão olímpico dos 100m rasos, há alguns meses, gerou polêmica nos EUA ao questionar a alcunha de campeão mundial do Celtics. Os jogadores da NBA, em particular, ficaram ressentidos e criticaram o velocista. Uma prova de que a controvérsia ainda perdura é que Devin Booker voltou a falar sobre isso após a medalha de ouro de Lyles.
“A vitória de Noah foi incrível e, por isso, merece os parabéns. É fantástico para o nosso país. Mas, naquela questão, eu ainda discordo dos seus comentários. Afinal, sinto que todos os principais talentos da nossa modalidade estão na NBA. Eu sou um medalhista de ouro olímpico e, mesmo assim, acredito que ser campeão da liga é mais difícil”, explicou o craque.
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