Fonte: A rodada desta quarta-feira (30) do NBB contou com a realização de duas partidas no Ginásio do Morumbi, sede do São Paulo Futebol Clube, na capital paulista. Nos últimos dois jogos de 2020, Bauru e São Paulo venceram jogos extremamente equilibrados diante de Franca e Paulistano, respectivamente. Destaque para o clássico do interior, marcado essencialmente pelo nível técnico elevado.
(8-7) Franca 82 x 89 Bauru (9-2)
O clássico do interior entre Franca e Bauru abriu a última rodada do Novo Basquete Brasil (NBB) em 2020. Os rivais protagonizaram um duelo equilibrado e de nível altíssimo, que contou com dominância bauruense durante os vinte minutos iniciais, mas também ficou marcado pela reação francana no segundo tempo. Mesmo sem o armador Alexey Borges, o Dragão foi extremamente superior no primeiro tempo e desceu aos vestiários vencendo por 19 pontos. Na volta do intervalo, Helinho promoveu uma série de ajustes táticos e viu seu time, desta vez organizado dentro de quadra, aproveitar melhor as oportunidades e tomar as rédeas do embate. Após vencer o terceiro período por 34 a 21, Franca almejou a virada no quarto final e chegou a empatar o confronto, porém não conseguiu passar a frente no marcador e Bauru, que soube fechar o jogo com eficiência, sobretudo na linha de lances livres, venceu a parcial do período e garantiu um grande triunfo por 89 a 82. Com a nona vitória na competição, o time da cidade sem limites se aproximou dos líderes Minas e Flamengo. Já os francanos seguem ameaçados na sétima posição.
Sem poder contar com o lesionado Alexey, principal jogador da equipe na temporada, Bauru também sofreu com a infelicidade de perder Gabriel Jaú logo no início da partida. Os comandados de Léo Figueiró, contudo, foram resilientes e apresentaram um ótimo desempenho coletivo, sobretudo no primeiro tempo. Com a minutagem elevada devido a rotação fragilizada, Alex Garcia (27 pontos e quatro assistências) brilhou, fez sua melhor partida na temporada 2020/21 e foi fundamental para a vitória do Dragão. Além do “Brabo”, Tyrone (18 pontos e oito rebotes), Zach Graham (14 pontos) e Larry Taylor (13 pontos) destacaram-se no triunfo. O pivô Dikembe (nove pontos) e o ala Gui Deodato (seis pontos) não foram amplamente efetivos ofensivamente, mas terminaram o clássico com os maiores plus/minus da partida, +13 e +11 respectivamente. Mesmo obtendo destaque defensivo, o Bauru Basket consolidou ótimos números na noite desta quarta-feira (30). Os bauruenses aproveitaram 60% das bolas duplas arremessadas, aproximadamente 35% dos arremessos do perímetro e 85% dos lances livres. O time também foi efetivo nos rebotes (33) e, claro, nos roubos de bola (8).
Apesar do revés, Franca apresentou um poder de reação surpreendente após péssimos vinte minutos da equipe no primeiro tempo do clássico, revertendo uma desvantagem de 19 pontos e aproximando-se da vitória nos minutos finais. Todavia, Bauru foi mais intenso e eficiente no clutch time e não permitiu o triunfo, o que obviamente não ofusca a resiliência do time vermelho e azul. Ainda sem um equilíbrio entre os americanos e o plantel em geral, a equipe francana mostrou ser novamente dependente do quarteto formado por Lucas Dias (25 pontos), André Góes (21 pontos), Danilo Fuzaro (13 pontos) e Elinho (nove pontos e nove assistências). Ao soar do apito final do cronometro, os comandados de Helinho finalizaram o duelo com bons aproveitamentos nas bolas de dois pontos (44.4%), três pontos (51.4%) e lances livres (80%), além de 20 assistências ao longo dos quarenta minutos. Em suma, Franca consertou seu ataque e teve atuação sólida ofensivamente, porém cometeu muitos erros, sobretudo defensivos e nos momentos finais do confronto.
(11-4) São Paulo 78 x 64 Paulistano (8-3)
Se o clássico que abriu a rodada desta quarta-feira (30) nos apresentou um bom nível técnico, o embate entre São Paulo e Paulistano deixou a desejar. Já que ambas as equipes brigam por posição no G4 do NBB, a expectativa para o confronto direto era alta. Entretanto, o primeiro tempo, terminado com vitória tricolor por 27 a 20, foi um dos mais fracos da atual temporada. O pífio aproveitamento dos dois times, sobretudo no perímetro, resultaram em vinte minutos de um péssimo basquetebol. Na volta do intervalo, ajustes foram feitos, mas apesar da melhora ofensiva, duelo continuava travado e com as defesas prevalecendo. O equilíbrio também veio à tona neste jogo, que ficou marcado por diversas trocas no marcador e, claro, pela ida à prorrogação após uma série de erros bilaterais nos segundos finais. Os cinco minutos adicionais foram de extrema dominância do São Paulo, que foi superou o CAP e venceu a última partida de 2020 por um placar de 78 a 64. O triunfo deu ao tricolor paulista, que finaliza o primeiro turno com 11 vitórias e quatro derrotas, o quarto lugar na competição. Os comandados de Régis Marrelli perderam a posição e agora figuram na quinta colocação.
Buscando recuperar-se na competição, o São Paulo encarou seu último embate no primeiro turno precisando vencer para não fechar o ano de 2020 em baixa. O tricolor paulista não foi um primor técnico e esteve muito longe de ter uma atuação brilhante, mas apesar do fraco desempenho ofensivo, foi superior ao cascudo Paulistano e conquistou uma vitória extremamente importante por 78 a 64. Dono do melhor ataque do NBB, o time são-paulino não vem colecionando grandes atuações, sobretudo no ataque, nos últimos jogos. Contudo, a equipe do Morumbi voltou a brilhar foi amplamente efetiva e superior nos cinco minutos de prorrogação, assim garantindo o triunfo por uma vantagem de 14 pontos. Destaque negativo dos comandados de Cláudio Mortari na atual temporada, o sistema defensivo funcionou muito bem na noite desta quarta-feira. Georginho de Paula, por exemplo, contribuiu com 12 pontos e incríveis seis roubadas de bola. No lado ofensivo, Corderro Bennett (18 pontos), Lucas Mariano (18 pontos e nove rebotes) e Shamell (14 pontos) comandaram a pontuação. No geral, o “clube da fé” aproveitou 53.5% das bolas de dois pontos, 100% dos lances livres e somente 21.7% das bolas de três, além de dominar os rebotes (46).
Paulistano, por sua vez, provou ser um time extremamente aguerrido e difícil de se enfrentar, mas que tem diversas deficiências ofensivas, não atoa é apenas o décimo segundo melhor ataque da competição. A equipe teve bons momentos na partida, bem como no terceiro período quando venceu o São Paulo por 24 a 19. Todavia, os péssimos resultados no segundo quarto (16×8) e na prorrogação (17×3) custaram a vitória vermelha e branca. CAP, inclusive, teve a oportunidade de conquistar o triunfo, mas desperdiçou as chances de fechar o jogo nos minutos finais e acabou sendo derrotado nos cinco minutos adicionais. Deryk (18 pontos), Vitão (13 pontos), Felipe Ruivo (12 pontos) e Jimmy (12 pontos) até tentaram, porém o conjunto do time comandado por Régis Marrelli deixou a desejar por extremo, essencialmente no aproveitamento: apenas 32.5% no perímetro, 38.5% nas bolas duplas e 50% nos lances livres, que acabaram não compensando o baixo número de rebotes (38) e erros (16). A eficiência do clube, por sinal, foi de somente 62 contra 98 do tricolor paulista.
Classificação
1- Minas: 12 vitórias e uma derrota
2- Flamengo: 13 vitórias e duas derrotas
3- Bauru: nove vitórias e duas derrotas
4- São Paulo: 11 vitórias e quatro derrotas
5- Paulistano: oito vitórias e três derrotas
6- Fortaleza Basquete Cearense: oito vitórias e cinco derrotas
7- Franca: oito vitórias e sete derrotas
8- Unifacisa: seis vitórias e sete derrotas
9- Mogi: cinco vitórias e seis derrotas
10- Pato Basquete: cinco vitórias e sete derrotas
11- Corinthians: quatro vitórias e sete derrotas
12- Campo Mourão: quatro vitórias e oito derrotas
13- Pinheiros: quatro vitórias e nove derrotas
14- Brasília: duas vitórias e 11 derrotas
15- Cerrado e Caxias do Sul: uma vitória e 11 derrotas
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