O Miami Heat é uma das equipes que decepcionam nesse início de temporada da NBA. As sete vitórias em 15 jogos mal o colocam no play-in e, assim, ficam longe do esperado de um postulante ao título. Então, de quem é a culpa? Um ex-atleta sabe para quem apontar o dedo. Para Kendrick Perkins, o Heat sente falta de um impacto mais incisivo do pivô Bam Adebayo durante as partidas.
“Nem todos os candidatos ao título possuem três astros, mas, no mínimo, há dois jogadores produzindo em alto nível. Já sabemos o que Jimmy Butler pode fazer. Então, onde está Bam? Em que, afinal, ele está ajudando? Falávamos desse cara como um dos cinco melhores pivôs da liga faz três anos, mas o seu impacto atual não está nesse nível”, analisou o comentarista da ESPN.
Quem olha para os números, a princípio, não vê grande diferença entre a última e atual temporada de Adebayo. As suas médias de pontuação (19,1) e assistências (3,4), aliás, é exatamente igual até o momento. Os rebotes, no entanto, tiveram uma ligeira queda (de 10,1 para 9,1). Mas, na visão de Perkins, é a influência do atleta no jogo que vai além da frieza dos números e deixa a desejar.
“Eu vejo Bam exercendo uma função muito parecida com Clint Capela, em termos de impacto no jogo. E, se Miami quer ser campeão, então ele precisa fazer elevar isso. O jogador que todos estamos esperando, para começar, precisa marcar uns 25 pontos e 14 rebotes por noite. E, hoje, já não sei mais se ele é capaz de fazer isso”, questionou o ex-pivô do Boston Celtics.
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Versatilidade
As palavras de Perkins destoam, certamente, da análise do técnico do Heat sobre Bam Adebayo. Erik Spoelstra reconheceu o lado “multitarefa” do pivô dentro da equipe no início da semana. Ele parte em um caminho contrário, pois vê o impacto do seu comandado – acima dos números – como o ponto positivo de suas atuações nessa temporada. Sua versatilidade, afinal, vai além de colocar a bola na cesta.
“Bam é um jogador-chave, em síntese, para as nossas pretensões. É um vencedor absoluto porque assume diferentes funções para o bem desse time. As pessoas só querem que ele marque 40 pontos, mas ele faz o jogo muito mais fácil para todos. É algo que a torcida, por exemplo, não costuma prestar tanta atenção”, afirmou o treinador, minimizando cobranças do público por mais pontuação do astro.
Spoelstra, na verdade, foi além em sua avaliação e discordância de Perkins. Ele é o jogador mais impactante de Miami hoje por causa das múltiplas funções que pode exercer. “Nunca treinei alguém com tantas diferentes responsabilidades para uma equipe. E, ao mesmo tempo, que lida com tantas expectativas externas variadas sobre o que deveria fazer”, concluiu o treinador.
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