A ausência de Wade
Atual bicampeão da liga, o Miami Heat está passando por um momento de instabilidade nas últimas semanas e um dos motivos para a oscilação é a ausência do astro Dwyane Wade. O vice-líder do Leste possui 31 vitórias e 12 derrotas na temporada, mas venceu só sete de 13 jogos na ausência do ala-armador. Na última campanha, o time também não teve o astro em 13 oportunidades e o desfalque foi bem menos – e diferentemente – sentido do que agora, como você pode observar nos quadros abaixo:
2012-13 Publicidade
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Recorde (V-D) |
Pontos por jogo |
Pontos cedidos por jogo |
Diferença de pontos Publicidade
|
Com Wade |
55-14 |
103.7 |
95.8 Publicidade
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+7.9 |
Sem Wade |
11-2 |
97.8 Publicidade
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90.7 |
+7.1 |
2013-14 Publicidade
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Recorde (V-D) |
Pontos por jogo |
Pontos cedidos por jogo |
Diferença de pontos Publicidade
|
Com Wade |
24-6 |
103.6 |
96.6 Publicidade
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+7.0 |
Sem Wade |
7-6 |
105.1 Publicidade
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103.0 |
+2.1 |
O Heat sofreu na última temporada com a ausência de Wade no ataque (5.9 pontos a menos), mas a defesa subiu de rendimento para suprir a queda e, por isso, a diferença de pontos caiu muito pouco – o que, geralmente, significa que a campanha manteve-se estabilizada.
O caso deste ano é bem diferente: foi a defesa que entrou em declínio (6.4 pontos tomados a mais) com a saída do ala-armador e a ofensiva não conseguiu “crescer” a ponto de compensar a oscilação. A diminuição de quase cinco pontos por partida na diferença de pontos simboliza o disparate entre as campanhas do time com e sem o astro.
O lado pivô de Wesley Matthews
O ala-armador Wesley Matthews vive a melhor temporada da carreira e, com mais de 42% de aproveitamento nos arremessos de longa distância, é considerado uma presença quase certa no concurso de arremessos de três pontos do All Star Weekend. Mas o titular do Portland Trail Blazers não pontua só chutando de longe, sem marcação. Na verdade, ele também é bastante eficiente em outro tipo de situação, bem mais comum entre pivô do que atletas de sua posição: post ups.
Com 1.96m e quase 100 kg., Matthews é maior do que grande parte dos alas-armadores e vem se aproveitando disso para “levar” marcadores ao garrafão e operar de costas para a cesta – quando pode fazer uso de sua vantagem física. Ele registra 0.98 pontos por posse neste tipo de lance, nada menos do que o quarto maior índice da liga. Não à toa, o Blazers recorre cada vez mais a jogadas que coloquem o jogador de 27 anos neste tipo de situação. Se está dando certo…
O lado armador de Josh McRoberts
O ala-pivô Josh McRoberts não é um dos atletas mais reconhecidos da liga, mas é o melhor jogador de garrafão da NBA em um aspecto particular: distribuindo assistências. O atleta do Charlotte Bobcats está entre os três big men com média de, no mínimo, quatro assistências. Nas estatísticas mais aprofundadas, porém, seus números saltam a frente dos outros dois integrantes do seleto grupo:
Jogador |
Assistências por jogo |
Assistências por minuto |
Taxa de assistências Publicidade
|
Assistências por turnover |
Kevin Love |
4.2 |
0.116 Publicidade
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15.0% |
1.86 |
Josh McRoberts |
4.1 Publicidade
|
0.134 |
31.8% |
3.81 |
Joakim Noah Publicidade
|
4.0 |
0.118 |
23.0% |
1.85 Publicidade
|
Assistências por erro de ataque é considerada a melhor forma de medir a eficiência de um assistenciador e, como você pode ver, McRoberts realmente está muito a frente de seus companheiros de posição. Na verdade, o segundo melhor no quesito entre os homens de garrafão é o brasileiro Anderson Varejão (2.16). Mas seus números não se destacam entre pivôs e alas-pivôs. Na verdade, apenas sete titulares em toda a NBA – e os outros seis são armadores – possuem proporção de passes decisivos por desperdícios superior a 3.0:
Jogador |
Assistências por jogo Publicidade
|
Assistências por minuto |
Taxa de assistências |
Assistências por turnover Publicidade
|
Chris Paul |
11.2 |
0.323 |
36.5% Publicidade
|
4.47 |
José Calderón |
4.7 |
0.149 Publicidade
|
29.9% |
3.96 |
Josh McRoberts |
4.1 Publicidade
|
0.118 |
23.0% |
3.81 |
Kyle Lowry Publicidade
|
7.4 |
0.205 |
31.6% |
3.47 Publicidade
|
Mike Conley |
6.3 |
0.180 |
25.5% Publicidade
|
3.25 |
Kendall Marshall |
9.6 |
0.294 Publicidade
|
44.0% |
3.19 |
Ricky Rubio |
8.3 Publicidade
|
0.262 |
41.1% |
3.07 |
Comparar suas assistências por jogo, por minuto e taxa com armadores é injusto, porque eles operam com a bola nas mãos e tem o passe como função prioritária – por isso, cometem mais erros de ataque também. McRoberts não joga com a bola nas mãos e não tem a obrigação de criar jogadas para os outros atletas, mas revela-se tão eficiente quanto os colegas mais baixos dando assistências. Isso é notável.
Ser titular é diferente
Desde que o ala Rudy Gay foi trocado, o Toronto Raptors subiu meteoricamente de produção e já alcançou a terceira posição da conferência Leste. Quem, em especial, agradeceu a saída do jogador para o Sacramento Kings foi Terrence Ross: o jovem ficou com a vaga de titular aberta na equipe e finalmente começou a provar porque foi uma das dez primeiras escolhas do draft de 2012. Sua efetivação ao time titular nesta temporada marcou uma crescente em seu jogo ofensivo, como pode ver no quadro abaixo:
2013-14 |
Ross reserva |
Ross titular |
Jogos Publicidade
|
19 |
23 |
Minutos por jogo |
18.8 Publicidade
|
29.1 |
Pontos por minuto |
0.343 |
0.409 Publicidade
|
Arremessos de três pontos (%) |
34.5 |
40.6 |
PS:
[ATUALIZADO] Só de 30 para cima
Kevin Durant chegou ao 10º jogo consecutivo com 30 ou mais pontos neste sábado, anotando 32 pontos na vitória do Oklahoma City Thunder diante do Philadelphia 76ers (103 a 91). Desta forma, o astro vai entrar em quadra na próxima segunda para tentar cravar a maior sequência de partidas com 30 ou mais pontos das últimas dez temporadas. Neste momento, a lista de cinco maiores séries desde 2004 está assim:
Temporada |
Jogador |
Número de jogos |
Média de pontos no período Publicidade
|
2013-14 |
Kevin Durant |
10 |
38.2 Publicidade
|
2012-13 |
Kobe Bryant |
10 |
34.4 Publicidade
|
2005-06 |
LeBron James |
10 |
37.9 Publicidade
|
2005-06 |
Kobe Bryant |
9 |
41.7 Publicidade
|
2010-11 |
Amare Stoudemire |
9 |
31.0 Publicidade
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O adversário de Durant na próxima segunda-feira será o Atlanta Hawks. Eis os números do ala na carreira e especificamente nos últimos cinco jogos (de 2011 para cá) contra o time da Geórgia. Faça sua aposta: ele consegue o recorde?
Jogos |
Pontos por jogo Publicidade
|
Aproveitamento de arremessos |
Aproveitamento para três |
Recorde |
Carreira Publicidade
|
28.1 |
46% |
41.8% |
7-5 Publicidade
|
Últimas cinco partidas |
31.4 |
48% |
43.3% Publicidade
|
3-2 |
[polldaddy poll=7745917]
Jogo rápido
– A partida entre Miami Heat e Charlotte Bobcats, disputada no último sábado (18), começou e terminou com marcas importantes. Antes da bola subir, a Time Warner Cable Arena recebeu seu maior público da história em um jogo do Bobcats, com 19.631 pessoas. Ao fim da partida, o Heat conquistou sua 15ª vitória consecutiva sobre o adversário da Carolina do Norte.
– Considerado um dos pivôs jovens mais promissores da liga, Enes Kanter vem fazendo uma temporada bem abaixo do esperado e até perdeu sua titularidade no Utah Jazz. Se a intenção é vencer jogos, a equipe deveria realmente mantê-lo longe do quinteto inicial: os comandados de Tyrone Corbin venceram só uma das 19 partidas desta temporada em que o turco foi titular.
– Com dores nos tornozelos, o armador Deron Williams voltou a reforçar o Brooklyn Nets após duas semanas longe das quadras na vitória sobre o New York Knicks, na última segunda (20). Ele saiu do banco para marcar 13 pontos e distribuir três assistências. Foi a primeira vez que o astro iniciou um jogo como reserva desde fevereiro de 2006 – ou seja, quase oito anos.
– Luol Deng reencontrou seus ex-companheiros de Chicago Bulls na última quarta-feira (22), quando enfrentou a equipe que defendia até o início deste mês pela primeira vez na carreira. O ala, agora no Cleveland Cavaliers, atuou por nove anos e meio na equipe de Illinois. Apenas dois atletas jogaram mais tempo pelo Bulls: Michael Jordan e Scottie Pippen.
– Na terça-feira passada (21), o ala Rudy Gay igualou a maior pontuação de sua carreira ao anotar 41 pontos na vitória do Sacramento Kings sobre o New Orleans Pelicans. Ele acertou 16 dos 25 arremessos tentados no confronto. Foi a primeira vez que o criticado atleta tentou 25 ou mais tiros de quadra em uma partida e acertou 60% deles.