Astro do Heat, Bam Adebayo “persegue” respeito e melhores pivôs da NBA

Referência do Heat refletiu sobre carreira e tipo de jogador que deseja ser após derrota nas finais

heat bam adebayo nba Fonte: Ezra Shaw / AFP

Bam Adebayo trilhou um longo caminho do calouro reserva do Miami Heat até um dos pivôs de mais destaque da NBA. O prospecto de estilo mais “rústico”, afinal, tornou-se um jogador que marca mais de 20 pontos em média. E aquele atleta mais “estático” e pesado converteu-se em um dos defensores mais versáteis da liga. Mas, a cada passo que avançou, ele aprendeu algo sobre si: que não era o bastante.

“Eu quero que todos nessa liga respeitem o meu jogo ao ponto em que não há respostas para as defesas. Desejo, para resumir, que digam que o plano de jogo é torcer para que eu erre. Que só possam rezar contra mim, pois não existe nada mais o que fazer a não ser isso. Esse é o objetivo do meu trabalho e treino todos os dias”, afirmou o astro, em entrevista recente à ESPN.

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Os objetivos atuais de Adebayo foram moldados, de certa forma, pela derrota nas finais da NBA. Ele enfrentou o Denver Nuggets na decisão e, com isso, ficou frente a frente com Nikola Jokic. Os relatórios dos olheiros do Heat apontaram, em síntese, que não existia solução para marcar o pivô sérvio. Era escolher a alternativa “menos pior”. Ele quer que os adversários o vejam assim também.

“Também quero ser um daqueles jogadores que todos veem como garantido em um All-Star Game e times ideais da liga, por exemplo. Sei que sou um deles. As pessoas dizem que só jogamos por dinheiro, mas nunca é bem assim. Existe algo maior. Para mim, gira em torno do respeito dos meus colegas. E, por extensão, dos torcedores em geral”, desabafou o atleta de 26 anos, em sua sétima temporada na liga.

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Derrota

Chegar às finais da temporada, aliás, altera a visão de vários jogadores sobre o jogo e a carreira. Bam Adebayo admite que a sua visão da NBA mudou com a derrota do Heat para o Nuggets. E vai muito além do aspecto individual: do jogador que quer ser. Ele compreendeu que o título passa pelo basquete, mas não só por isso. Entendeu o que querem dizer quando dizem que a campanha é uma maratona.

“Quando a última partida acabou, por fim, eu percebi o panorama completo. Duas coisas são o que realmente importam quando se está em uma decisão do título: quem comete menos erros e quem tem menos lesionados. E, infelizmente, o nosso elenco estava bem desfalcado. Eu olhei para trás e percebi, então, o que eu não gostaria. Tudo já indicava que perderíamos a série”, reconheceu o astro.

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A lição está clara: é preciso preservar-se mais na temporada regular para chegar inteiro aos momentos decisivos. Mas, mesmo assim, ela não foi fácil de ser aprendida. Afinal, Adebayo sofreu uma lesão no quadril no início da temporada e tentou seguir jogando. Era uma situação que, obviamente, não fazia bem para o pivô. Só quando o treinador Erik Spoelstra interveio na situação que ele entendeu como tudo se conectava.

“Durante a minha carreira, eu sempre tentei jogar enquanto estava lesionado. Esqueça a dor e, assim que a bola sobe, a competitividade deixa tudo mais tolerável. Ou seja, pega no tranco. Mas, naquele momento, o técnico foi duro e tirou a decisão das minhas mãos. Ele disse que precisava parar e me recuperar. E estava certo, no fim das contas”, refletiu o duas vezes all-star.

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Como melhorar

A derrota, mesmo que de forma inconsciente, mudou a rotina de Adebayo. Ele revelou que passou a usar o tempo livre para assistir e analisar mais vídeos, por exemplo. Às vezes, aproveita noites sem sono para isso. Em seguida, pela manhã, envia perguntas para Spoelstra sobre questões do jogo. O comportamento do comandado, acima de tudo, deixa o técnico confiante sobre a sua evolução constante.

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“A vida dos grandes jogadores dessa liga é assim, pois você carrega a responsabilidade o tempo inteiro. E, aliás, Bam sempre foi assim. As pessoas não notaram o quanto ele evoluiu a cada ano, desde os playoffs de quatro anos atrás. Viu como foi tratado pelas defesas e, por isso, começou a offseason pensando em desenvolver o arremesso de curta distância. Daí, ele só cresceu”, elogiou o experiente treinador.

Por isso, Adebayo sempre olha para o seu jogo pensando em qual pode ser o próximo passo. Pois sempre dá para fazer mais. “Hoje, eu olho para as estatísticas e penso em como posso ser melhor. É ótimo que faço 20 pontos por jogo, mas como posso chegar aos 23? E, em vez de nove rebotes, como posso chegar aos 11,0 em média? E por que dar três assistências por partida se eu posso distribuir cinco?”, explicou o pivô.

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Dinheiro

Os jogadores não entram em quadra só por dinheiro, mas, obviamente, isso também faz parte. E Bam Adebayo sabe que o seu status no Heat e na NBA também pode se refletir em seu novo contrato. Entrar em um dos quintetos ideais da temporada, por isso, é bem importante para o titular de Miami. Com isso, ele vira elegível a um vínculo máximo de US$245 milhões por cinco temporadas na próxima offseason.

“Não dá para ignorar esses números e valores, antes de tudo. A quantidade de dinheiro que ganhamos hoje em dia, em síntese, é ridícula. Fui criado por uma mãe solteira em um trailer no campo. Então, eu penso em quantas vidas posso mudar com esse tipo de dinheiro e influência. Não dá para ignorar isso: o dinheiro sempre vai ser uma razão de competirmos, mas não é a única razão”, finalizou o astro.

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