Artigo – Pressão atípica sobre o Sacramento Kings

Por Zeca Oliveira O Sacramento Kings não é uma equipe que vai brigar pelo título, nem mesmo deve aparecer nos playoffs nesta temporada, mas é um time com potencial e que, futuramente, deve ser uma força na NBA. Então, é sempre bom ficar de olho desde já na evolução deles. Na última temporada, o Kings prometia […]

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Por Zeca Oliveira

O Sacramento Kings não é uma equipe que vai brigar pelo título, nem mesmo deve aparecer nos playoffs nesta temporada, mas é um time com potencial e que, futuramente, deve ser uma força na NBA. Então, é sempre bom ficar de olho desde já na evolução deles.

Na última temporada, o Kings prometia demais. O armador Tyreke Evans era o calouro do ano anterior e DeMarcus Cousins, pivô com potencial de All-Star, chegava  do draft. No fim das contas, nada deu certo em Sacramento. Evans foi muito irregular e atrapalhado por contusões. Já Cousins deixou uma péssima impressão quanto a sua maturidade. E ainda há  rumores de que a franquia está de mudança para Anaheim, outra cidade da Califórnia. É por esses e outros motivos que esta temporada é de fundamental importância para o Kings. Há uma pressão para que esses jogadores mostrem que podem ser a base de uma era vencedora. Outro fracasso pode não ser tolerado.

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Dito isso, é bom frisar que a primeira impressão desta temporada é boa. A chegada do ala-pivô Chuck Hayes é importante para passar alguma consciência defensiva à equipe, não deixar o adversário confortável e poupar Cousins de cometer faltas bobas no garrafão. Além da parte técnica, Hayes pode ser útil psicologicamente, sendo um cara que joga para o time. Se tiver que marcar LaMarcus Aldridge para Cousins descansar na defesa, ele o fará sem reclamar.

Também me parece que a equipe está menos egoísta e mais concentrada em vencer. Cousins está muito mais objetivo, sem inventar de querer ser o Chris Webber com passes no backdoor e forçando menos jogadas bizarras de infiltrações que raramente dão certo. Não que o time agora seja um exemplo de disciplina (isso dificilmente será algum dia), mas é fato que estão jogando mais simples, usando todo o relógio de posse e rodando a bola, tentando selecionar o melhor arremesso.

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A renovação do ala-armador Marcus Thornton parece ter sido uma boa decisão. Ele está funcionando bem como um scorer que não precisa da bola o tempo todo, e isso é fantástico. Seria um grande erro deixá-lo atrapalhar o desenvolvimento de Evans. O ala John Salmons é que ainda não se acertou. Com ele, o time fica baixo e vai ter problemas como teve ontem, contra o Portland Trail Blazers, quando o ala tentou defender Gerald Wallace.

No garrafão, as opções são várias. Cousins, Hayes, Jason Thompson, J.J. Hickson e até Travis Outlaw, que pode atuar na posição 4 em um time mais baixo. Os rebotes ofensivos vêm sendo um ponto forte e nós sabemos que os pontos de segundas chances vencem jogos, mas o Kings precisa ter algum cuidado por conta da fraquíssima transição defensiva. No jogo de ontem, até o veterano Kurt Thomas (39 anos) estava chegando mais rápido ao ataque do que a defesa de Sacramento. E eu falo sério. Com o armador Jimmer Fredette em quadra, isso fica ainda mais evidente. A propósito, o novato não vem tendo muito sucesso na armação, mas mostra potencial. Talvez com uma longa adaptação e ganhando confiança para driblar no meio da defesa adversária ele vire um baita playmaker.

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Repito, o Kings não tem obrigação de ser competitivo ainda. O time é novo, imaturo e ainda vai ter jogos medíocres como o de ontem. Só precisa apresentar lampejos de uma equipe vencedora e ter uma temporada de afirmação, depois do fracasso do último ano. Se Evans e, principalmente, Cousins mostrarem todos os seus talentos e, isso fatalmente acontecerá!

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