Apresentado no Mavericks, Kyrie Irving desabafa: “Nets não me respeitou”

Astro chega a Dallas garantindo que fez o possível para vencer em Brooklyn, mas não se sentiu valorizado

kyrie irving nets mavericks Fonte: Maddie Meyer / AFP

O Brooklyn Nets tornou-se oficialmente uma página virada, pois Kyrie Irving já é jogador do Dallas Mavericks. A troca do astro foi fechada nessa terça-feira e, com isso, ele foi apresentado como o novo reforço da equipe texana. O seu inesperado pedido de saída do time nova-iorquino, no entanto, segue como um motivo de curiosidade. E, a princípio, tudo girou em torno de uma questão de respeito.

“Eu quero estar em locais onde não sou só tolerado, mas sim reconhecido. Não me senti respeitado em Brooklyn, antes de tudo. Houve alguns momentos em que não respeitaram o meu talento. Trabalho muito duro, mas ninguém fala da minha ética de trabalho. Só se falava sobre o que fazia fora das quadras e queria mudar essa narrativa. Em Dallas, eu posso focar no que posso controlar”, desabafou o astro.

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A passagem de Irving pelo Nets, realmente, foi muito conturbada. Ele chegou a ser afastado por período considerável duas vezes pela equipe, afinal, por razões extra-quadra. Em primeiro lugar, o armador não jogou por não estar imunizado contra o coronavírus. Já no início dessa temporada, o craque ficou “encostado” por causa de uma controvérsia envolvendo antissemitismo nas redes sociais.

“Só desejo o bem para Brooklyn. Deixei o time na quarta posição do Leste e, mais do que isso, fiz o que esperavam que fizesse. Cuidei dos meus companheiros e fui um líder incrivelmente altruísta. Sei que as pessoas vão me julgar e dizer coisas negativas, mas fiz as coisas certas para mim. No fim das contas, isso é basquete. Quero que seja divertido, acima de tudo”, disse o jogador de 30 anos.

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Extensão

Segundo Chris Haynes, do site Bleacher Report, o pedido de troca de Irving não foi uma completa surpresa. A decisão aconteceu logo depois das conversas para uma extensão do contrato do jogador com o Nets não avançarem. Ele quer um vínculo, em síntese, de US$200 milhões por quatro anos. O astro não confirma a versão, mas a sua revolta com o vazamento da informação é um sinal nesse sentido.

“Eu não sou um cara que entrega nomes e tenta vazar as coisas para a imprensa, por exemplo. Não falo pelas costas, pois isso não é quem sou. Hoje, só digo que sou agradecido a Brooklyn porque cresci como um ser humano nos últimos dois anos. Há muito desrespeito nesse negócio, mas não tenho nada contra ninguém. Por sorte, agora, Dallas me escolheu”, declarou o veterano.

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Estar no centro de polêmicas como alvo de críticas, no entanto, não é algo novo na carreira de Irving. Ele está acostumado e, por isso, criou uma “casca” para esse tipo de situação. “Estive na audiência nos últimos dias, só acompanhando o que falam sobre mim. Esse é um negócio cruel, antes de tudo. Já aceitei que é assim que funciona, então assumi o risco de ser criticado”, explicou.

Vencedor

A aquisição de Kyrie Irving junto ao Nets não parece ter sido uma questão pacífica dentro do Mavericks. Houve discussões internamente, mas os grandes “atores” da franquia foram favoráveis à mudança. O dono Mark Cuban e o gerente-geral Nico Harrison, por exemplo, eram defensores da aquisição do craque. O técnico Jason Kidd também se mostra empolgado com a chance de treinar o armador.

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“Você olha a sua jornada na NBA e vai notar que, para começar, Kyrie venceu por onde passou. Nós sentimos que o seu talento e habilidade vai nos fazer melhores exatamente nos aspectos que precisamos. Acreditamos que ele vai ajudar a nos reposicionar para ganhar um campeonato”, elogiou o treinador, que enfrentou o novo comandado três vezes ainda como atleta.

A experiência recente aponta que Irving não é um jogador com quem sempre se pode contar. Mas Kidd aposta piamente no sucesso da parceria. “Nós temos uma relação e, por isso, sei que tudo em que Kyrie pensa é basquete. Ele deseja ser treinado e, acima de tudo, vencer. Então, o meu trabalho é mantê-lo motivado. Essa é, certamente, uma grande oportunidade para mim”, resumiu.

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Liderança

Irving vai formar uma das duplas mais empolgantes da liga com Luka Doncic. E, a princípio, dúvidas se levantam sobre como vai ser o encaixe entre ambos. São dois criadores e condutores ofensivos de elite, afinal. Ambos podem coexistir, então? A pergunta é encarada como uma ofensa pelo recém-chegado reforço. Ele não tem dúvidas de que a parceria vai ser bem sucedida.

“Eu sou um jogador de basquete, então não me preocupo se posso coexistir com Luka. Cheguei para aliviar o seu trabalho, disposto a liderar ao seu lado e, além disso, criar uma coesão. Não vejo pressão nisso. Nada é forçado em nosso jogo. Nós estamos aqui para jogar basquete, aproveitar os talentos de todos e trabalhar para conquistar títulos. É simples assim”, sintetizou o astro.

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Mas chamar essa dupla de parceria pode não dar a ideia correta sobre a dinâmica da equipe agora. Kidd não deixa abertura para interpretações. “Nós não estamos falando de dois caras de 23 anos disputados os holofotes. Entendemos que esse é o time de Luka. No entanto, agora, conseguimos melhorar o nosso elenco com um outro atleta que pode conduzir a bola e criar arremessos”, concluiu o técnico.

 

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