Fonte: Reprodução / XA queda nos playoffs mal aconteceu e as notícias sobre uma possível demissão do técnico Darvin Ham já começaram no Los Angeles Lakers. O time foi eliminado da pós-temporada de 2024, após derrota para o Denver Nuggets na segunda-feira (29). Momentos após o embate decisivo, Shams Charania do site The Athletic, publicou um artigo onde afirmou que é “altamente improvável” a permanência do comandante.
“A forma como o final da temporada 2023/24 do Lakers aconteceu deixou o futuro de Darvin Ham como técnico da franquia em sério risco. No momento, de acordo com fontes da NBA e da própria equipe, um retorno é altamente improvável em 2024/25. Mas, uma decisão não deve sair de forma tão rápida. Afinal, o time deve promover uma avaliação interna até que se decida o destino de Ham”, afirmou Charania.
É bom citar, aliás, que o técnico tem contrato de mais dois anos com a franquia. No entanto, a expectativa não foi atendida. A franquia manteve peças importantes da campanha anterior, além de contratações pontuais para que a continuidade ajudasse na busca pelo título. Mas, o resultado foi ainda pior.
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“O grande descontentamento não aconteceu só na série, mas sim ao longo de toda a campanha. O treinador teve pouca convicção sobre a rotação, não se ajustou adequadamente e também teve planos de jogo muito variados e que não se tornaram fixos em nenhum momento. O vestiário não está feliz com ele. Existe um descontentamento. Portanto, será difícil que uma permanência aconteça”, explicou o jornalista.
Apesar dos problemas ao longo da temporada, é justo dizer que a série final contra o Nuggets simbolizou muitas dessas diferenças entre elenco e treinador. Algumas coisas foram destacadas por Charania.
Virada no jogo dois
“A perda da vantagem de 20 pontos no duelo em Denver foi o fim para Ham. Após um começo ótimo de Anthony Davis, um ajuste de Michael Malone o tirou do jogo, com trocas de marcação. A virada sofrida veio com um Lakers que não se encontrou mais ofensivamente naquela partida. E Davis foi até a coletiva expressar sua frustração com o plano de jogo”, relatou o insider.
Na ocasião, o astro citou que Los Angeles perdia porque não sabia o que fazer na quadra em muitos momentos. O treinador, então, defendeu sua comissão técnica antes do terceiro confronto da série. Ele afirmou que a frustração era normal, mas que não concordava com algumas críticas do pivô, afirmando possuir uma ótima comissão de assistentes.
Apesar disso não se transformar em um atrito direto com o pivô, pessoas de dentro do Lakers acharam que a fala de Ham foi desnecessária.
Rotações
O papel elevado de alguns nomes secundários também incomodou o grupo de Los Angeles.
“Ham abriu a disputa para a quinta vaga do time titular, garantindo que Russell, Reaves, LeBron e Davis estavam no quinteto. O favorito, Jarred Vanderbilt, se machucou durante a offseason e deu lugar a Taurean Prince no time titular. Para muitos, o ala era visto como bom reforço para a campanha de 2023/24, mas como sétima ou oitava peça do elenco”, continuou.
“O papel de Prince não foi bom. Por conta das lesões, o treinador alterou muitas vezes, não só o plano de jogo, como também quem começava os jogos. Isso incluiu momentos em que D’Angelo Russell e Austin Reaves foram reservas. E isso incomodou. Prince e Cam Reddish receberam muitas chances de errar e se manter no time titular. O que não houve com Russell, Reaves e Rui Hachimura, por exemplo”, explicou Shams.
Os homens de confiança do treinador já haviam sido tema de polêmica antes disso. Russell, que teve fim de campanha polêmico, afirmou que não conseguiu ter grande diálogo com o técnico Darvin Ham, em seu primeiro ano de Lakers. Tudo porque ele já havia trabalhado com Dennis Schroder, concorrente do armador pela vaga de titular.
O grupo em geral sentia que o técnico dava mais espaço para quem já conhecia, e que não tinha os mesmos critérios com outros atletas. Ham também conheceu Prince na época em que era assistente no Atlanta Hawks.
Entrevista final
Na coletiva pós-jogo, Ham falou sobre a partida e refletiu sobre seus anos em Los Angeles. Aliás, que isso foi antes do artigo publicado pelo The Athletic.
“Eu não poderia desejar trabalhar com uma proprietária melhor que Jeanie Buss. E digo o mesmo sobre nosso presidente de operações, Rob Pelinka. Acredito que vi muita coisa, e aprendi muito durante esses dois anos. É difícil responder a isso agora, estou com a cabeça cheia. Mas posso garantir que seguirei trabalhando e buscando evoluir. Estou focado em controlar o que posso controlar e não me preocupar com o resto”, admitiu Ham.
Sobre o que poderia ter feito para que o Lakers fosse mais longe, o técnico não hesitou em dizer: saúde.
“Fique saudável. Acho que é o que faz a diferença. Sobretudo, em um grande momento nos playoffs. Você recebe muitas críticas por suas escolhas e rotações, mas elas importam pouco. O principal de tudo é se manter saudável. É a maior das riquezas em uma campanha tão longa como essa. Não perdemos LeBron James e Anthony Davis por muito tempo, o que foi bom. Mas o mesmo não aconteceu com nossa rotação. Sempre que nós conseguimos dar um passo a frente, perdemos alguém. Então, com certeza é sobre saúde”, concluiu.
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