Fonte: Nathaniel S. Butler / AFPAnthony Edwards não chegou à seleção dos EUA como o grande nome do time, mas o seu jogo falou mais alto. Ganhou espaço com o início dos amistosos para praticamente “exigir”, em seguida, a titularidade na Copa do Mundo FIBA. Hoje, ele é o cestinha do Team USA à caminho das semifinais da competição. Um papel muito importante, mas que ele não vê como um peso. Longe disso.
“Não sinto pressão em estar aqui, pois eu amo esse jogo. O basquete é divertido para mim, cara. Eu tenho sorte na vida porque trabalho com o que amo e ainda represento o meu país. Trabalho todos os dias com um grande sorriso no rosto, então não há pressão nenhuma. Sei que não é fácil, mas confio que vamos ser campeões”, cravou o ala-armador, em entrevista à Associated Press.
Edwards mostrou a sua capacidade especial de fazer cestas com uma atuação de 35 pontos contra a Lituânia. Ele igualou a lenda Carmelo Anthony, aliás, com a segunda maior pontuação da história dos EUA em jogos de Copa do Mundo. Mas, no fim das contas, a equipe perdeu por 110 a 104. O jovem atleta do Minnesota Timberwolves, por isso, faz questão de minimizar os seus números.
“O basquete, antes de tudo, é um esporte coletivo. Se eu estivesse aqui só para bater no meu peito e fazer tudo sozinho, procuraria outro jogo. Estaria em um campo de golfe ou nadando com o Michael Phelps, por exemplo. Para resumir, praticaria um esporte individual. Mas, no basquete, é preciso cinco caras para vencer. É preciso ter todos juntos”, refletiu o astro de 22 anos.
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Passador
A mudança de mentalidade de Anthony Edwards ficou comprovada na passagem de um jogo para outro da seleção dos EUA. Afinal, na partida seguinte, ele marcou só três pontos na vitória contra a Itália. Ficou em quadra, mais do que isso, apenas 18 minutos. Quem acompanha de longe pode até o ver como um atleta irregular, mas os companheiros sabem que ele só atuou com outros objetivos.
“Anthony pode marcar 30 pontos facilmente todos os jogos, mas quer algo mais importante. Ele tentou atrair os marcadores e criar mais oportunidades para os outros jogadores hoje. E, mesmo com só três pontos, era o atleta mais feliz em nosso vestiário depois da vitória. Ele é um ótimo companheiro, certamente”, afirmou Mikal Bridges, que anotou 24 pontos diante dos italianos.
Para o ala do Brooklyn Nets, as atuações tão diferentes em questão de dois dias mostram o comprometimento do colega. “Acho que Anthony merece ainda mais parabéns hoje do que pelos 35 pontos contra a Lituânia. Ele tem consciência de como é dominante, mas está preparado para fazer o melhor pelo time. Então, muito parabéns mesmo”, exaltou.
Elogio do chefe
A convocação de Anthony Edwards não foi uma decisão “automática”, de acordo com a imprensa especializada. Passou por muito debate entre o treinador Steve Kerr, a comissão técnica e o diretor da USA Basketball, Grant Hill. Mas qualquer dúvidas dissipou-se desde a apresentação do elenco. O dirigente confirmou que o ala-armador não é só um grande atleta, mas uma presença extremamente agradável.
“Anthony, para começar, é uma pessoa muito divertida no dia-a-dia. Sabia que era um competidor, mas não tinha ideia do quanto bom é. Ele tem a chance de ser um dos melhores jogadores da NBA. E, aliás, está no caminho certo para isso. É só um garoto da Geórgia, mas não se engane com o seu humor. Ele quer arrancar o seu coração quando a bola sobe”, contou o integrante do Hall da Fama.
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