Steve Kerr relutou muito, mas precisou realizar mudanças no Golden State Warriors. A equipe começou a temporada com dez vitórias em 23 jogos e, assim, estava fora até da zona de play-in do Oeste. O técnico resolveu mexer em seu quinteto titular, mesmo que fosse uma surpresa para o maior afetado. O ala Andrew Wiggins revelou que não esperava ser relegado ao banco de reserva do Warriors.
“Foi uma notícia surpreendentemente, a princípio. Mas tudo pode acontecer nessa liga. Eu sou um abençoado, antes de tudo, por ter a oportunidade de jogar nessa liga. É um privilégio para muito poucos e, por isso, encaro cada dia aqui como uma benção. E, se quiser sair dessa fase ruim, a minha única alternativa é lutar com tudo o que tenho”, desabafou o jogador de 28 anos.
Wiggins fazia um péssimo início de temporada e, por enquanto, a saída do time titular dá resultados. O Warriors venceu três dos quatro jogos em que o ala saiu do banco de suplentes. Além disso, o desempenho do atleta ganhou elogios de Kerr. Ele emplacou, aliás, a sua segunda maior pontuação da temporada como reserva: foram 25 pontos contra o Portland Trail Blazers.
“Sair do banco, certamente, é bem diferente. É uma nova experiência com a qual estou lidando e aprendendo, mas é assim que as coisas funcionam. Quero voltar a ser titular, mas isso pode levar tempo. Eu não posso depender de uma resolução que está fora de minhas mãos. Preciso seguir trabalhando, ser agressivo e fazer as coisas certas em quadra”, afirmou o campeão da NBA em 2022.
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Primeira vez
Ser reserva no Warriors é um desafio para Andrew Wiggins, em particular, por causa de sua trajetória no basquete. Ele sempre foi um prospecto de elite, que foi selecionado na primeira escolha de um draft. É a primeira vez na carreira, para resumir, em que passa um período como suplente do seu time. Kerr entende que a situação é mais delicada do que seria com outros atletas.
“Eu sei que isso não é fácil para Andrew. Afinal, acho que nunca jogou saindo do banco desde que estreou na NBA. Lembro só de um jogo de playoffs desse ano. Então, esse é um momento que exige sensibilidade. Mas, ao mesmo tempo, sei que ele é um jogador especial. Conheço o seu caráter e, por isso, acredito em sua recuperação no papel que exercer”, elogiou o veterano técnico.
Mesmo assim, o treinador garante que nunca teve dúvidas sobre a alteração. Essa é a vida de um jogador de basquete, afinal. “Eu simplesmente acho que precisávamos de uma mudança na rotação. Trazer Andrew do banco, em síntese, só mostra como nós temos um elenco cheio de opções. Ele é um ótimo jogador em um elenco com ótimos jogadores”, completou.
Mais ajuda
A grande atuação de Wiggins contra o Blazers foi um sinal positivo para Kerr sobre as mudanças. O astro Stephen Curry teve uma de suas piores atuações recentes, mas o time ainda venceu. E venceu com um grande desempenho coletivo para compensar a ausência do craque. Esse funcionamento do time como um todo dá uma sinalização para que o treinador siga com a formação atual. Ou seja, com o ala no banco.
“Não podemos depender de Stephen todos os dias para ganhar. Foi um jogo ruim dele, mas isso é o que uma equipe funcional deve fazer. Todos cumpriram os seus papeis e diferentes jogadores assumem o protagonismo a cada noite. Isso é um sinal positivo, pois Stephen foi quem nos carregou até agora. Isso não pode continuar, então esse é o tipo de atuação de que precisamos”, avaliou o técnico.
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