John Wall iniciou a temporada com uma missão: tentar ressuscitar a sua carreira após dois anos de afastamento das quadras por causa de graves lesões. Agora, com dez jogos para o término da campanha, o armador olha para trás com a sensação do dever cumprido e animado pelo que está por vir. Wall avalia que, com o uniforme do Houston Rockets, conseguiu aproveitar o amplo espaço imediato para provar ainda ser um astro da NBA.
“Eu ainda acredito ser um astro da NBA. Ainda sou um dos grandes jogadores dessa liga. Admito que muitos atletas talentosos apareceram nos últimos dois anos, enquanto estive afastado das quadras, além dos vários que já existiam e acostumei-me a enfrentar. Mas, quando estou saudável, sinto que sou capaz de enfrentar os melhores de todos de igual para igual”, afirmou o jogador de 30 anos, em uma longa entrevista ao jornal Houston Chronicle.
A chegada de Wall à equipe texana aconteceu em um momento complicado, com a clara impressão de que o elenco estava em desmanche enquanto tentava manter algum nível de competitividade. Como esperado, porém, o time despencou na classificação: com 15 vitórias em 61 jogos, o Rockets está na “lanterna” do Oeste e é dono do pior recorde da liga. O técnico Stephen Silas acredita que, nesse cenário devastador, o veterano foi crucial para seu trabalho.
“John trouxe muita coisa para esse grupo. É o primeiro a organizar o pessoal e falar com o elenco. A sua história de superação significa muito como um exemplo no dia-a-dia. E, em quadra, ninguém realmente imaginou que ele voltaria a atuar em um nível próximo do que vem apresentando agora, o que é fantástico. Ele está provando que muita gente estava errada e falou besteiras sobre sua carreira. Tornei-me o seu maior fã”, exaltou o também recém-chegado Silas.
Um dos melhores armadores da NBA na última década, Wall ganhou projeção pela sua condição atlética, velocidade, explosão e capacidade de distribuir passes em movimento, criando para outros jogadores com enorme facilidade. A versão que vemos em Houston, agora, é um pouco diferente: tornou-se um pouco mais orientado para pontuar e nunca arremessou tanto para três pontos na carreira. O que não mudou é a certeza de que pode ser um jogador produtivo por muito tempo na liga.
“Nessa temporada, o meu trabalho era mostrar para as pessoas que ainda tenho muito combustível no tanque. Acho que já provei isso. O mais importante, agora, é fazer uma ótima offseason para deixar meu corpo pronto visando uma temporada de 82 partidas. Será diferente do ano passado, quando precisava focar em retomar o ritmo de jogo. Mas já fiz com que todos percebessem que ainda tenho bastante basquete pela frente”, concluiu o veterano, preparado para mais muitos anos de carreira.