Wall vê NBA atual “muito mais fácil” do que dez anos atrás

Muitas pessoas pensaram que, após dois anos longe das quadras, John Wall não teria mais condições de jogar basquete em alto nível. Mas, aos poucos, o jogador prova que todos estavam errados: com um grande começo de temporada, ele vem sendo um dos destaques de um Houston Rockets que ainda tenta superar a saída de James Harden. E, por mais que faltasse ritmo de jogo, Wall via um grande fator favorecendo seu bom retorno: uma NBA mais fácil de se jogar do que aquela que conheceu há dez anos. 

“Eu não estou surpreso com a minha temporada. Sei o quanto trabalhei para recolocar-me em forma e, para ser sincero, preciso dizer que a NBA está muito mais fácil do que antes. Há muita troca de marcação, espaçamento para infiltração e atletas que podem fazer jogadas no um contra um. É tudo mais simples quando eu comparo com quando entrei na liga, por exemplo, e havia vários pivôs ‘congestionando’ o garrafão sem dar opção de passe”, avaliou o armador, em entrevista ao site The Athletic. 

Wall passou por uma cirurgia complexa no calcanhar durante a temporada 2018-19 e, no início do processo de recuperação, sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles em acidente doméstico que nunca foi totalmente explicado. Somado ao seu já conhecido histórico de lesões, as expectativas em torno da volta do astro estavam muito baixas realmente. No entanto, assistindo aos jogos da última temporada, ele sentia até ter condições de voltar antes do início da atual campanha. 

“Com certeza, houve vários momentos em que senti que estava de volta. Mesmo antes da ‘bolha’, na verdade, assistia a partidas sentindo que podia fazer aquilo. E, por fim, a chance de treinar com caras especiais, como Kyrie Irving e Kevin Durant, mostrou-me que poderia jogar em alto nível mesmo. Na verdade, acho que eles acabaram passando uma mensagem para mim: ainda tenho muita lenha para queimar dentro de quadra e habilidade para fazer o que amo nessa liga”, afirmou o craque. 

O Washington Wizards, única equipe que havia defendido na NBA até o início da atual temporada, não acreditou nisso e trocar Wall deixou a sensação de que não apostavam totalmente em seu retorno no nível que vem apresentando. Ele não esconde que ficou uma mágoa, no fim das contas. “Eu nunca quis estar em um local onde não me querem. Ninguém quer, né? Aqui, em Houston, sinto-me querido. Isso é o mais importante, no fim da história”, resumiu o primeiro selecionado do draft de 2010. 

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