Fonte: Christian Petersen / AFPA NBA pode não ter banido Robert Sarver, mas um movimento interno no Phoenix Suns defende sua saída da franquia. E esse grupo, aliás, ganhou um reforço crucial para “extrair” o sócio majoritário nessa quinta-feira. De acordo com Baxter Holmes, da ESPN, o segundo maior acionista da equipe divulgou um comunicado interno conclamando Sarver a vender suas ações.
“Eu estou exigindo a renúncia de Robert, sobretudo. Não possuo nenhum interesse em ser o sócio controlador, mas vou trabalhar incessantemente para garantir que tudo mude. Nós queremos que o próximo mandatário simplesmente trate todas as partes dessa organização com dignidade, profissionalismo e respeito”, declarou Jahm Najafi, em nota oficial.
Sarver recebeu uma suspensão de um ano e, além disso, multa de US$10 milhões da NBA no início da semana. Ficaram comprovados, após longa investigação, que ele foi protagonista de comportamento racista, sexista e misógino internamente. Houve múltiplas ocorrências atestadas do comportamento reprovável. A liga foi criticada, no entanto, por não o ter banido.
Baxter apurou que Najafi tem sido, antes de tudo, forte crítico do sócio majoritário desde as primeiras acusações de assédio moral. Ele é o líder do conselho dos vice-presidentes da franquia atualmente, uma espécie de grupo gestor logo abaixo do mandatário. Deve, por isso, ganhar poder a partir desse afastamento temporário.
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Reação interna
Uma intensa pressão interna seria vista como fundamental, a princípio, para que a saída de Robert Sarver do Suns aconteça. Najafi, então, necessita de apoio nessa posição. Apoio, aliás, que está aparecendo. O astro Chris Paul, antes mesmo do sócio minoritário, usou as redes sociais para criticar o dono do próprio time. Ele cobrou uma punição mais ativa da NBA ao empresário.
“Eu revisei os relatos sobre essa questão, assim como muitas outras pessoas, nos últimos dias. Estava e estou horrorizado e decepcionado, em suma, com o que li. Essa conduta, especialmente em relação a mulheres, não pode ser repetida. Acho que as sanções aplicadas, por isso, foram tímidas para o que concordamos ser um comportamento atroz”, avaliou o armador.
Outra figura proeminente que manifestou-se sobre o caso foi a prefeita de Phoenix, Kate Gallego. “É inaceitável que a liderança dessa franquia esteja associada, em primeiro lugar, com os relatos desprezíveis que vimos. Nós estamos igualmente preocupados, ao mesmo tempo, com a cultura criada por tudo isso sem ações disciplinares efetivas”, apontou a governante da cidade.
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