A melhor banda de todos os tempos da última semana

Jogadores lutam por 15 minutos de fama para terem uma chance na NBA, mas nem sempre conseguem

melhor banda todos tempos Fonte: Chris Marion/AFP

Como na música da banda Titãs, a NBA vive em busca do que há de melhor semana a semana, mas a liga, em todos os tempos, sempre foi muito cruel com quem aparece como um “futuro alguma coisa” e não rende o esperado. Todo mundo quer o estrelato, ainda que seja por pouco tempo.

Muitas vezes, aquele que tem 15 minutos de fama é mais lembrado do que aquele que luta uma carreira toda e não consegue vencer. Quem é pior ou melhor, afinal? Um exemplo claro é Jeremy Lin, que explodiu no New York Knicks como um futuro astro, mas não obteve o sucesso desejado. A idolatria por Lin foi mais por causa do impacto do diferente do que qualquer outra coisa. Enquanto era novidade, o armador se destacou. Depois, tornou-se comum.

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Embora Lin tenha conseguido um contrato generoso há quase dez anos com o Houston Rockets, ele foi, de fato, titular em duas temporadas em sua carreira. Na primeira temporada pelo Rockets e, posteriormente, no Brooklyn Nets, ainda que em 33 de 36 jogos. Mas pelo fato de ele ter aparecido no Knicks, houve uma explosão de popularidade. No entanto, o atleta fez apenas 35 partidas pela equipe de Nova York.

Lin até esteve próximo de voltar em outras oportunidades, mas não aconteceu e ele segue jogando na China.

É claro que não estamos aqui para falar de música, mas como os Titãs disseram, ele foi “a melhor banda de todos os tempos na última semana” e depois, viveu de lampejos até as chances acabarem.

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Tyreke Evans

Outro caso bastante conhecido é o de Tyreke Evans. Para ter uma ideia, Evans foi um dos quatro calouros na liga a conseguir médias superiores a 20 pontos, cinco rebotes e cinco assistências. Os outros? Oscar Robertson, Michael Jordan e LeBron James. Então, é óbvio que a carreira dele seria incrível. Anos depois, a gente sabe que não foi bem assim.

Evans iniciou como armador no Sacramento Kings, mas em sua época, ele não era um bom arremessador, precisava da bola o tempo todo para criar uma oportunidade ofensiva e não era lá um bom defensor. Entretanto, o que importava era o seu primeiro ano. Potencial, ele tinha.

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Só que ele “flopou” miseravelmente.

Jogou muito tempo como ala-armador e, depois, como ala, em um tempo em que as posições eram muito mais definidas que hoje. Voltou a ter algum protagonismo em 2017-18, no Memphis Grizzlies, após passagens pouco produtivas por New Orleans Pelicans e uma breve reunião com o Kings. No entanto, em 2018-19, Evans foi banido pela liga por uso de substâncias proibidas e, apenas recentemente, obteve a liberação para retornar.

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Enquanto alguns lutam, outros desperdiçam.

Temporada 2021-22 deu novas chances a jogadores

David Dow/AFP

Um grande número de jogadores entrou no protocolo de saúde e segurança da NBA entre dezembro e janeiro. Então, foi permitido que os times pudessem contratar novos atletas para suprir tais necessidades. O que se viu, no entanto, foi um grande número de caras que deixaram a liga em busca de uma nova oportunidade. Bem ao estilo “faça seu show e vamos ver no que dá”.

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Essa peneira trouxe de volta jogadores como Mario Chalmers, Nik Stauskas, Isaiah Thomas, Darren Collison, Brandon Knight, Bismack Biyombo (foto), Lance Stephenson e Greg Monroe. Até Joe Johnson reapareceu. Destes, porém, apenas Stephenson tem espaço no Indiana Pacers, enquanto Biyombo foi tão bem que fica até o fim de 2021-22.

O que deu para entender nisso tudo é que se o jogador fica sem contrato com algum time da NBA e não é contratado por outro na offseason, é que algum problema tem ali. Seja por lesão/condição física ou estilo de jogo atual, eles não voltam porque a gasolina no tanque acabou. Stephenson e Biyombo fazem parte da raridade.

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Obviamente, outros conseguiram acordos até o fim da temporada. São os casos de Gary Clark (New Orleans Pelicans), Wesley Matthews (Milwaukee Bucks). Eles convenceram seus times que ainda podem contribuir, enquanto DeMarcus Cousins segue recebendo contratos de dez dias no Denver Nuggets.

G-League é vitrine

A forma encontrada por veteranos a serem vistos pelos times é jogar na G-League. É um caminho, apesar de existir alguma resistência de diversos atletas. Claro que um jogador que passou anos na NBA, sendo paparicado todo dia desde os tempos do colégio, sente como se estivesse sendo reduzido. Mas a verdade é que ele perdeu espaço na liga e, para provar que ainda pode contribuir vai ter de voltar por baixo.

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Bismack Biyombo, no entanto, é um caso a parte. Ele não estendeu seu contrato com o Charlotte Hornets após o fim da temporada passada, tornando-se agente livre irrestrito. Não que nenhuma equipe o ignorou por todo o período, ele não fechou com ninguém por escolha própria.

O pivô perdeu seu pai em agosto de 2021, logo no início da offseason. Ele e o Phoenix Suns vinham conversando, mas o atleta considerava que não estava mentalmente pronto para voltar às quadras. O Suns respeitou seu momento. No fim de dezembro, a equipe do Arizona o procurou novamente, pois Deandre Ayton se lesionou e JaVale McGee entrou no protocolo da liga. Ele aceitou, então, um acordo de dez dias e correspondeu. Foi tão bem que ganhou um contrato até o fim de 2021-22.

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Mas Biyombo, realmente, é exceção.

O salário mínimo de um jogador da NBA com, pelo menos, um ano, é a partir de US$1.4 milhão por temporada. Na G-League, é de, no máximo, US$125 mil. Os two-way, entretanto, possuem acordos diferentes. Por terem contrato com algum time da liga, eles possuem uma limitação de 100 dias na NBA. Sharife Cooper, do Atlanta Hawks, recebe US$462 mil.

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A NBA não é para qualquer um.

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