Melhores jogadores por posição (2015-16) – Pivô

Gustavo Freitas lista os 25 melhores atletas da posição para próxima temporada

Fonte: Gustavo Freitas lista os 25 melhores atletas da posição para próxima temporada

O ranking dos melhores jogadores por posição para a temporada está de volta. Na verdade, comecei a fazer esse ranking em 2011-12, mas por questões pessoais, não consegui fazê-lo no ano seguinte. Em 2013-14, voltei a fazer, repeti em 2014-15, e agora vou explicar como funciona.

Antes de qualquer coisa, é um ranking pessoal. Não reflete o pensamento de todos os outros integrantes. Para isso, existe a previsão para a temporada, que será publicada em breve. Todo mundo do Jumper Brasil participa, opina e escreve. Mas não é o caso aqui.

Esta previsão dos melhores jogadores por posição leva em conta números, potencial, surpresas positivas ou negativas, contusões anteriores e seus riscos no futuro, e principalmente, opinião pessoal. Não quer dizer exatamente que um determinado jogador é melhor ou pior que o outro. É sempre bom frisar que a lista é feita, especialmente, no intuito de projetar a próxima temporada de forma individual e não quer dizer, em momento algum, que o atleta não tem história na liga. 

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O histórico conta, mas se o jogador em questão veio de lesão ou ainda vai demorar a estrear, como por exemplo Kyrie Irving, ele cai no ranking.

Então, sem mais enrolação, segue a lista. Entre parênteses, o que subiu ou desceu em relação ao ano anterior.


1- Marc Gasol (+5)

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NBA: Memphis Grizzlies at Portland Trail Blazers

Certo. Não basta ser um dos melhores defensores do garrafão da liga. Tem que ter um verdadeiro arsenal de jogadas ofensivas e agora, arremessar de três. Não é brincadeira. Marc Gasol participou de um treinamento aberto na última semana, quando ele acertou 19 cestas de três em um torneio organizado pelo Memphis Grizzlies. Ele venceu. Gasol é completo, talvez o mais entre todos os jogadores de sua posição. Sabe defender, pega rebotes, passa bem para um atleta de sua altura e agora, arremessa de todos os cantos da quadra. Obteve 17.4 pontos, 7.8 rebotes, 3.8 assistências e 1.6 bloqueio em 2014-15.

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2- DeMarcus Cousins (+4)

DeMarcus Cousins

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Quinta escolha do draft de 2010, DeMarcus Cousins é hoje um dos melhores jogadores da NBA. O pivô do Sacramento Kings atinge os melhores números pessoais a cada ano e, agora ao lado de Rudy Gay e Rajon Rondo, tenta levar seu time aos playoffs pela primeira vez desde 2005-06, quando a equipe contava ainda com Peja Stojakovic e Mike Bibby. Obteve médias de 24.1 pontos, 12.7 rebotes, 3.6 assistências, 1.7 bloqueio e 1.5 roubada.

3- DeAndre Jordan (+5)

DeAndre Jordan 2

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Sabe quantos jogadores lideraram a liga em percentual de arremessos convertidos e rebotes em duas temporadas consecutivas? Dois. Um deles é Wilt Chamberlain. O outro é DeAndre Jordan. O pivô do Los Angeles Clippers teve um ano sensacional e agora quer repetir a dose. Seu lance livre sempre será ridículo e ele sabe conviver com isso. Quase foi para o Dallas Mavericks, mas em uma reviravolta, acabou permanecendo em Los Angeles. Ele ficou com médias de 11.5 pontos, 15.0 rebotes, 2.2 bloqueios e 71% de aproveitamento nos arremessos.

4- Dwight Howard (-3)

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Lembra quando Dwight Howard atuou em 489 dos seus primeiros 492 jogos na carreira (seis temporadas)? Bons tempos aqueles. Howard nunca mais foi o mesmo, ao menos no aspecto físico. O pivô do Houston Rockets perdeu 52 partidas nos últimos dois anos, sendo 41 deles apenas em 2014-15. Howard ainda é bom o suficiente para estar entre os primeiros da lista, pois na parte defensiva, consegue fazer o papel de intimidador. No ataque, é limitado em alguns aspectos, porém treina todos os anos para poder evoluir a técnica do arremesso de média distância. Fez 15.8 pontos, 10.5 rebotes e 1.3 bloqueio, com 59.3% de aproveitamento em lances de quadra.

5- Tim Duncan (NR, terceiro como ala-pivô)

Tim Duncan

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Já sei. Provavelmente, alguns de vocês não vão ler o que está aqui de primeira e vão reclamar sobre Tim Duncan não ser pivô ou sobre ele merecer estar entre os três primeiros. Outros, ainda vão tentar justificar, dizendo que é um absurdo ele estar atrás de Dwight Howard. Mas o sujeito está com 39 anos, provavelmente será a sua última temporada, vai jogar como pivô por causa da chegada de LaMarcus Aldridge, e por fim, terá menos minutos na fase regular do que em toda a sua carreira. Duncan é o meu ala-pivô favorito de todos os tempos, um verdadeiro ídolo. Porém esse ano seus números vão cair e o ranking tem como base justamente as estatísticas.

6- Andre Drummond (+1)

drummond

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Andre Drummond é da escola de Dwight Howard e DeAndre Jordan no quesito lance livre. Nunca vai conseguir mudar isso na carreira, mas ele compensa esse problema com um estilo antigo de pivôs, que jogam de costas para a cesta e tentam fazer o papel de intimidador na defesa. Até aqui, ainda é Howard ou Jordan. Porém, Drummond é a grande esperança da direção do Detroit Pistons para fazer o time finalmente retornar aos playoffs. O técnico Stan Van Gundy vai continuar rodeando-o de arremessadores, algo que ele já fez com o pivô do Houston Rockets nos tempos de Orlando Magic. Drummond ainda está aprendendo. Seu ataque é baseado em arremessos próximos do aro, tapinhas ou enterradas. Obteve 13.8 pontos, 13.5 rebotes, 1.9 bloqueio e 51.4% de aproveitamento em arremessos.

7- Brook Lopez (+3)

Brook Lopez 6

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Mason Plumlee e Kevin Garnett foram embora do Brooklyn Nets. A área está limpa para Brook Lopez voltar a produzir no garrafão. Muito técnico, Lopez não é dos mais confiáveis quando o assunto é jogar saudável. Nos últimos quatro anos, passou dois basicamente no estaleiro. Precisa largar de preguiça na hora de pegar rebotes, pois, aos 27 anos, jamais conseguiu ter ao menos nove por jogo. E olha que ele é titular desde sempre no Nets. Lopez garantiu médias de 17.2 pontos, 7.4 rebotes e 1.8 bloqueio em 72 partidas em 2014-15.

8- Al Horford (+1)

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Mesmo não atingindo grandes números na temporada passada, o pivô Al Horford é um dos melhores de sua posição na NBA. O jogador, muito técnico, foi muito importante na caminhada do surpreendente Atlanta Hawks ao topo da conferência Leste em 2014-15. Se estiver inteiro, as chances de isso se repetir são bem razoáveis. Horford, de 29 anos, obteve médias de 15.4 pontos, 7.2 rebotes, 3.2 assistências e 1.3 bloqueio no ano passado.

9- Al Jefferson (-6)

Al Jefferson

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O pivô Al Jefferson foi uma decepção na temporada passada. Não só pelos números, mas também por seu péssimo condicionamento físico. Acima do peso, Jefferson teve de lidar com muitos problemas de contusões e teve a sua terceira pior campanha da carreira. Já emagreceu para 2015-16 e pediu para que a torcida volte a confiar nele esse ano. Como acredito em sua capacidade técnica, está entre os dez melhores nesta lista. Obteve 16.6 pontos, 8.4 rebotes e 1.3 bloqueio em 65 jogos.

10- Nikola Vucevic (+2)

Nikola Vucevic

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Próximo de completar 25 anos, Nikola Vucevic está em franca evolução na carreira. O pivô do Orlando Magic é o grande pilar ofensivo da equipe da Flórida e pretende alcançar voos mais altos em 2015-16. Vucevic melhorou muito o arremesso de média distância e já andou arriscando alguns lances de três. Ainda não é a dele, mas em breve o veremos ainda melhor. Precisa agora, fazer um trabalho melhor defensivo. Ficou com médias de 19.3 pontos, 10.9 rebotes e converteu 52.3% dos lances de quadra.

11- Rudy Gobert (NR)

Rudy Gobert

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A temporada nem começou, mas Rudy Gobert já é um dos favoritos ao prêmio de melhor defensor do ano. O francês surgiu do nada em 2014-15, quando o Utah Jazz finalmente trocou Enes Kanter. Os problemas defensivos da equipe desapareceram do mapa quando Gobert assumiu a titularidade. Seu jogo do outro lado da quadra, no entanto, ainda carece de aprimoramento. Obteve médias de 8.4 pontos, 9.2 rebotes e 2.3 bloqueios no geral, mas no quinteto inicial, seus números saltam para 10.6 pontos, 12.4 rebotes, 2.8 tocos.

12- Greg Monroe (+2)

Greg Monroe

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Depois de três anos dividindo o garrafão com Andre Drummond, Greg Monroe finalmente poderá comandar a área pintada. Mas para isso, ele teve de deixar o Detroit Pistons. Reforço do Milwaukee Bucks, Monroe certamente é um dos mais técnicos desta lista, tanto que atuou como ala-pivô nas últimas temporadas. No Bucks, vai jogar mais solto e pode atingir os melhores números da carreira. Fez 15.9 pontos e 10.2 rebotes em 2014-15.

13- Joakim Noah (-11)

Joakim Noah

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Antes de qualquer coisa, Joakim Noah não desaprendeu a jogar basquete. O pivô do Chicago Bulls tem um sério problema nos pés e simplesmente não consegue ficar saudável. É um dos jogadores que mais gosto de ver, por ser aguerrido, passar a bola acima da média para um atleta de sua posição, e por fazer o trash talk. Aliás, quase ninguém mais faz isso. A NBA já foi mais legal. Noah foi uma decepção até para os seus maiores fãs após dois anos seguidos no Jogo das Estrelas e um prêmio de melhor defensor da liga. Ele ficou com médias de 7.2 pontos, 9.6 rebotes, 4.7 assistências e 1.1 bloqueio.

14- Jahlil Okafor (NR)

Jahlil Okafor

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Para alguns, Jahlil Okafor está posicionado de forma exagerada neste ranking. E posso concordar, pois muitos não devem tê-lo visto na Universidade de Duke ou na pré-temporada. Mas eu garanto: ele vai dominar o garrafão em alguns anos. A facilidade que ele tem no ataque é de se impressionar. Na defesa, nem tanto. Porém, ele terá muito tempo para isso, já que está com apenas 19 anos. Olho nele.

15- Hassan Whiteside (NR)

Whiteside acumula números interessantes com o Heat (Foto: Steve Mitchell, USA Today Sports)

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É tão legal ver que os pivôs estão voltando, que fico feliz de ver como Hassan Whiteside surgiu no Miami Heat. Whiteside está longe de ser técnico, mas seu caso é muito parecido com o Jeremy Lin, no New York Knicks. Passou vários anos tentando jogar na NBA, porém sempre era cortado. Não teria espaço no Memphis Grizzlies, é bem verdade. No entanto, quando teve a primeira oportunidade no Heat, não desperdiçou. Ganhou tempo de quadra, espaço e por fim, a titularidade. Seu maior problema para 2015-16 é garantir minutos suficientes, já que o técnico Erik Spoelstra já avisou que vai fazer o time correr mais. Leia-se: Chris Bosh vai jogar muito tempo de pivô e Whiteside vai para o banco. Em 2014-15, obteve médias de 11.8 pontos, 10.0 rebotes e 2.6 bloqueios em 48 partidas.

16- Jonas Valanciunas (-1)

Jonas Valanciunas

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Todo ano eu acho que será o divisor de águas para Jonas Valanciunas. Mas ele é jovem e tem técnica suficiente para conseguir atingir seu potencial na NBA. Aos 23 anos, Valanciunas tem nesta temporada a grande chance de explodir no Toronto Raptors. Ele melhora a cada ano, mas timidamente. Obteve 12.0 pontos, 8.7 rebotes e 1.2 bloqueio em 2014-15. Sem Amir Johnson por perto, vai subir de produção.

17- Andrew Bogut (NR)

Andrew Bogut

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Quando Andrew Bogut foi a primeira escolha do draft, lá em 2005, eu tinha um certo receio de que ele jamais seria uma força ofensiva. Não errei muito, pois o australiano é cada vez menos importante para o Golden State Warriors no ataque. Tudo bem. O Warriors já conta com muitos jogadores para isso, mas ele bem que poderia se ajudar. Sofre muito com contusões e, até para ser preservado, não passou dos 24 minutos em 2014-15. O esquema ofensivo da equipe também é um problema para ele, que quase saiu da rotação quando Steve Kerr optou por uma formação mais baixa. Fez 6.3 pontos, 8.1 rebotes e 1.7 bloqueio.

18- Karl-Anthony Towns (NR)

Karl-Anthony Towns

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Existe uma explicação bem simples para Karl-Anthony Towns estar atrás de Jahlil Okafor neste ranking. O pivô do Minnesota Timberwolves até tem mais “espaço” para crescer de produção nos próximos anos e ser um dos melhores da NBA. O problema é que o Timberwolves é um time muito mais pronto que o Philadelphia 76ers e existe uma grande competição por minutos no garrafão. Enquanto Towns vai brigar por tempo de quadra com Nikola Pekovic, Gorgui Dieng, Kevin Garnett e Nemanja Bjelica, Okafor vai nadar sozinho no Sixers. Mas Towns tem muito talento e é só esperar mais alguns meses para ver a diretoria trocar Pekovic.

19- Tyson Chandler (+4)

Tyson Chandler

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Veterano, Tyson Chandler chega ao Phoenix Suns para fazer o garrafão da equipe impenetrável. Foi assim que ele conquistou o prêmio de melhor defensor do ano, em 2011-12. O impacto deverá ser imediato para o time do Arizona e será muito importante na evolução de Alex Len, que volta ao banco de reservas. Chandler não ficou no Dallas Mavericks, pois a diretoria dava como certa a contratação de DeAndre Jordan. Ficou com 10.3 pontos, 11.5 rebotes e 1.2 bloqueio.

20- Timofey Mozgov (NR)

Timofey Mozgov

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Quando chegou ao Cleveland Cavaliers, o russo Timofey Mozgov era apenas um tapa-buraco para a contusão de Anderson Varejão. No entanto, o pivô agradou e assinou uma extensão contratual pelos próximos três anos com a equipe. Mozgov era o sonho de consumo do Cavs há algumas temporadas e lutou até conseguir a negociação com o Denver Nuggets. Brilhou em uma partida das finais da NBA, quando não tinha um pivô para contê-lo. Ficou com médias de 9.7 pontos, 7.3 rebotes e 1.2 bloqueio.

21- Marcin Gortat (-8)

Marcin Gortat

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O pivô Marcin Gortat é bom o bastante para estar mais acima nesta lista e eu realmente acredito nisso. Seu problema, porém, é o novo estilo de jogo do Washington Wizards, com um ala-pivô que sabe arremessar de longa distância. O técnico Randy Wittman sacou o brasileiro Nenê do time titular e agora, Gortat terá de dividir seu tempo de quadra com ele. Kris Humphries aparece como o substituto de Nenê no começo de 2015-16. Obteve 12.2 pontos, 8.7 rebotes e 1.3 bloqueio em 82 jogos.

22- Roy Hibbert (-11)

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A chegada de Roy Hibbert no Los Angeles Lakers sequer foi um grande destaque. Afinal, o pivô deixou o Indiana Pacers sem apresentar um bom rendimento na última temporada. Apesar disso, Hibbert vem fazendo uma ótima pré-temporada na equipe californiana e deve ser peça importante para a defesa. Precisa, urgentemente, melhorar a qualidade de seu arremesso e tratar de pegar rebotes. Um pivô de 2,18 metros não pode capturar sete por jogo e acertar abaixo de 45% das tentativas. Fez 10.6 pontos, 7.1 rebotes e 1.6 bloqueio.

 

23- Robin Lopez (+1)

Robin Lopez

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Robin Lopez deixou o Portland Trail Blazers para atuar pela primeira vez na carreira em um time do Leste. No New York Knicks, o pivô deve ser peça importante para o técnico Derek Fisher. Sabe defender, sai bem para fazer o pick, e tem um ótimo rebote ofensivo. Ficou com médias de 9.6 pontos, 6.7 rebotes e 1.4 bloqueio no ano passado, após uma contusão que o tirou de 23 partidas.

24- Enes Kanter (NR)

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Existe algum pivô pior que Enes Kanter defensivamente? O que ele chama de defesa, eu chamo de buraco negro. Não defende nem um prato de comida, mas ainda assim, ganhou um belo contrato no Oklahoma City Thunder. Aliás, quase que ele fica no Portland Trail Blazers. É que o time do Oregon foi “macho” o suficiente para lhe fazer a proposta quando Kanter era agente livre restrito. O Thunder igualou a oferta e por lá, ficou. Seus erros serão um pouco filtrados pela presença de Serge Ibaka no garrafão. No ataque, o turco segue cada vez melhor, entretanto. Ficou com 15.5 pontos e 8.9 rebotes.

25- Nenê (NR, 

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Para finalizar as listas deste ano, a cota Brasil. Nenê perdeu a titularidade como ala-pivô no Washington Wizards, mas deverá dividir seu tempo de quadra com Marcin Gortat, uma vez que Randy Wittman quer ver a equipe com um ala-pivô que arremessa de três. Defensivamente, Nenê é ótimo. Protege muito bem o aro e faz de forma eficaz o jogo de um contra um. Uma sequência interminável de lesões, porém, o atrapalha. Nenê, aos 33 anos, ainda pode ser muito útil. Obteve 11.0 pontos e 5.1 rebotes em cerca de 25 minutos na temporada passada.


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