Pat Connaughton não é um atleta comum. Um ano antes de ser o 41º escolhido do draft deste ano, o calouro do Portland Trail Blazers foi selecionado na quarta rodada do recrutamento da MLB (liga profissional norte-americana de beisebol) pelo Baltimore Orioles. O ala-armador de 22 anos tomou sua decisão e colocou a NBA em primeiro lugar neste momento da carreira, mas admite ainda ter o sonho de jogar profissionalmente os dois esportes.
“Eu não digo que seja uma opção realista, mas sempre tentei não queimar uma ponte antes de tentar atravessá-la. Além disso, se falhar no basquete e no beisebol, brinco que vou substituir o Tom Brady nas quatro partidas de suspensão dele”, contou o novato, referindo-se ao famoso quarterback do New England Patriots (NFL, a liga profissional de futebol americano), em entrevista ao site oficial da NBA.
No entanto, o sonho de conciliar as duas carreiras esportivas não vai poder ser realizado. Pelo menos, não por enquanto. Connaughton fechou contrato de três temporadas com o Blazers no mês passado e o gerente-geral Neil Olshey já garantiu que a equipe não permitirá que o novo jogador jogue beisebol profissionalmente nas férias do basquete.
“Jogar os dois esportes está fora de cogitação. A conversa que tivemos com Pat anteriormente foi clara: você é um atleta da NBA agora. A NBA não é um emprego de meio período. O tempo em que ele estaria atuando na MLB é quando precisar treinar e aprimorar seu jogo. Julho é um mês valioso para o desenvolvimento do jogador, você precisa passar a offseason em quadra”, cravou o dirigente, apontando o conflito de interesses.
O próprio Olshey, porém, reconhece que o ala-armador pode ter condições de negociar essa possibilidade caso se estabeleça como um jogador de basquete de sucesso até seu próximo contrato. “Veja bem: se Pat conseguir um segundo contrato na NBA e isso é algo que continua em sua cabeça, então pode haver uma negociação”, indicou o GM, mantendo o sonho do jovem vivo.