O Los Angeles Clippers perdeu sua melhor chance de alcançar as finais de conferência em 45 anos de história na temporada passada. A equipe venceu três das primeiras quatro partidas da semifinal do Oeste, diante do Houston Rockets, e só precisava de uma vitória para assegurar a inédita classificação. O triunfo decisivo, porém, não veio. Pior: o time sofreu uma inacreditável virada no sexto jogo da série, em casa, quando vencia por 15 pontos no último período.
“Não há uma boa explicação para o que aconteceu. Mentalmente, eu acho que relaxamos após a quarta partida daquela série. Não sei o que estávamos pensando. Nós não levamos os jogos tão à sério quanto deveríamos e isto é uma atrocidade para nós, porque uma equipe realmente boa iria encontrar uma forma de fechar o confronto”, reconheceu o ala-armador J.J. Redick, em entrevista ao podcast The Lowe Post, do site Grantland.
A traumática eliminação deixou uma má impressão em uma campanha que parecia crescer no momento certo. O Clippers chegou aos playoffs com a melhor campanha da NBA em abril e eliminou o favorito San Antonio Spurs, que defendia o título, em uma eletrizante série de sete jogos na primeira rodada. Mas, como a impressão é a que fica, Redick acredita que a derrota para o Rockets define o estágio em que o time se encontra na corrida pelo título.
“Eu sinto que ainda precisamos nos provar. Não conquistamos nada. Para mim, como equipe, você pode dizer que é um candidato ao título quando chega às finais de conferência. Então, para ser honesto, não somos um eles. Temos o que é preciso para entrar nesse grupo, mas muito a provar ainda”, afirmou o sincero arremessador, que obteve média de 16.4 pontos e quase 44% de aproveitamento nos tiros de longa distância.
Para avançar ao grupo dos candidatos, a franquia reforçou seu elenco nas últimas semanas. O ala-armador Lance Stephenson foi adquirido em troca com a Charlotte Hornets, enquanto o ala Paul Pierce e o pivô Cole Aldrich chegam como agentes livres. Mas, na opinião de Redick, uma complicada renovação contratual foi mais importante do que qualquer contratação realizada na offseason.
“Nós precisávamos de DeAndre Jordan de volta, de qualquer forma. Era fundamental mantê-lo, pois, se você observar o que times como Spurs e Cavaliers estão fazendo, eles estão cada vez mais ‘armados’. Nós tínhamos que manter nosso elenco para ter condições de competir”, disse o ala-armador, que participou da polêmica caravana que foi até Houston para convencer o pivô a ficar no Clippers e desfazer o acordo verbal que tinha com o Dallas Mavericks.
