Visita ao Departamento Médico #7

Kaio Kleinhans comenta o alto número de lesões que têm sido registradas na atual temporada da NBA

Fonte: Kaio Kleinhans comenta o alto número de lesões que têm sido registradas na atual temporada da NBA

Nesta edição do “Visita ao Departamento Médico”, vamos discutir o grande número de lesões que vêm acontecendo na NBA e tudo que envolve isso – calendário, treinamentos e até a mentalidade de jogadores/dirigentes.

No esporte profissional, a cada dia vemos um número maior de contusões e atletas que não se lesionavam vem perdendo um número crescente de partidas nas últimas semanas. A grande pergunta que fica é: trata-se realmente de um aumento significativo ou estamos percebendo apenas porque mais jogadores importantes estão sendo as “vítimas”?

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Antes de começar a discussão, eis uma lista que resume os titulares e reservas importantes que já perderam jogos e desfalcaram seus times, além de um número aproximado de quanto ficaram fora de ação:

Armadores: Derrick Rose (fora da temporada), Nate Robinson (fora da temporada), Rajon Rondo (40), Steve Nash (40), Russell Westbrook (26), Steve Blake (26), Eric Bledsoe (25), Chris Paul (18), Deron Williams (16), Patrick Beverley (16), Raymond Felton (16), Jrue Holiday (14), Michael Carter-Williams (12), Jeremy Lin (dez), Brandon Knight (oito), Kemba Walker (sete), Mario Chalmers (seis), Mike Conley (cinco), Jameer Nelson (cinco), Ty Lawson (quatro), Tony Parker (quatro), Goran Dragic (três), Stephen Curry (três), Kyrie Irving (três), George Hill (três), Jeff Teague (dois), Brandon Jennings (dois) e José Calderón (um).

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Alas-armadores: Kobe Bryant (42), Tony Allen (21), J.J. Redick (20), Jason Terry (16), Dwyane Wade (13), Bradley Beal (dez), James Harden (oito), Rodney Stuckey (oito), Tyreke Evans (sete), O.J. Mayo (sete), Manu Ginobili (sete), Marcus Thornton (seis), Avery Bradley (cinco), Dion Waiters (cinco), Arron Afflalo (cinco), Thabo Sefolosha (quatro), Eric Gordon (três). Kevin Martin (dois) e Joe Johnson (dois).

Alas: Danilo Gallinari (fora da temporada), Jeff Taylor (fora da temporada), Andrei Kirilenko (30), Michael Kidd-Gilchrist (20), Xavier Henry (17), Jimmy Butler (13), Andre Iguodala (12), Wilson Chandler (oito), Kawhi Leonard (oito), Shawn Marion (seis), Carmelo Anthony (seis), Shane Battier (seis), Paul Pierce (cinco), Trevor Ariza (cinco), Chandler Parsons (cinco), Gordon Hayward (cinco), Harrison Barnes (quatro), DeMar DeRozan (dois), Evan Turner (um), LeBron James (um) e Kevin Durant (um).

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Alas-pivôs: Ryan Anderson (26), Tobias Harris (21), Amare Stoudemire (13), John Henson (11), Glen Davis (11), Ersan Ilyasova (dez), Anthony Davis (oito), Nenê Hilário (sete), Andrea Bargnani (sete), Pau Gasol (seis), Derrick Favors (seis), Terrence Jones (cinco), Kevin Garnett (cinco), Tim Duncan (três), Carlos Boozer (três), Thaddeus Young (três), Kevin Love (dois), Kenneth Faried (dois), Dirk Nowitzki (dois), Zach Randolph (dois), Jared Sullinger (dois), Chris Bosh (um), David Lee (um), Serge Ibaka (um) e Paul Millsap (um).

Pivôs: Al Horford (fora da temporada), Brook Lopez (fora da temporada), JaVale McGee (45), Omer Asik (30), Larry Sanders (26), Brandan Wright (25), Chris Kaman (24), Tyson Chandler (24), Marc Gasol (23), Nikola Vucevic (18), Jason Smith (17), Al Jefferson (nove), DeMarcus Cousins (sete), Nikola Pekovic (cinco), Anderson Varejão (três), Joakim Noah (dois), Kendrick Perkins (dois) e Enes Kanter (um).

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Lesões da temporadaComo vemos acima, a lista de jogadores importantes que já perderam partidas neste ano é grande e muitos têm chances ou confirmação de que não entram em quadra mais na temporada. Os números totais são impressionantes: aproximadamente 2.400 ausências em partidas devido a lesões foram registradas na primeira metade da campanha. São 500 a mais do que em 2012-13 e 300 a mais do que a média da liga nos últimos dez anos.

A NBA foge do assunto sempre que questionada e nega em entrevistas que a atual temporada vem sendo a mais “danosa” para os jogadores, mas, a cada dia, mais reportagens e matérias são escritas sobre o assunto – o que evidencia um grande problema. As repetidas lesões de astros como Kobe Bryant, Derrick Rose e Russell Westbrook estão assustando os fãs da liga no mundo inteiro. Some-se a isso a falta que jogadores como Tyson Chandler, Andre Iguodala, Deron Williams, Rajon Rondo, Marc Gasol, Brook Lopez e Al Horford fazem para suas equipes e o assunto acaba se tornando inevitável.

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É perceptível que mais atletas importantes estão ficando afastado das quadras e, com isso, todos na NBA acabam perdendo – seja em nível de jogo, em atratividade do produto para o público – afinal, os telespectadores querem ver grandes astros e seus jogadores favoritos na televisão – ou no próprio marketing da liga. Então, quem seria o vilão desta história? Dirigentes? Técnicos? Preparadores? Administradores da liga?

O calendário da NBA sempre será lembrado nesta discussão: são muitos jogos, muitas viagens e treinos. A rotina extremamente cansativa aliada ao jogo explosivo, físico de hoje faz com que aumente o risco de contusões dos jogadores pelo desgaste natural pelo corpo. E, quanto mais tempo ficam em quadra, mais impacto sofrem. Ou seja, mais lesionados.

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Colocando mais alguns números “na mesa”, a NBA contabiliza uma média de 104 contusões significativas – aquelas que causam desfalques por dez ou mais partidas – nas últimas dez temporadas e já temos 76 delas na atual campanha. Lembre-se que acabamos de passar da metade do calendário da liga. E tenha em mente que, na última temporada completa, foram registradas apenas 88 lesões desta gravidade.

Prejuízo lesões NBAOs números vão além: cinco jogadores perderam 80 ou mais jogos na última temporada e, na atual, dez já perderam 40 partidas (equivalente a 100% da temporada até a data da coleta das estatísticas). Vários outros atletas perderam mais de 20 ou 30 partidas, o que também é uma quantidade bastante significativa.

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Se os times perdem com a ausência dos seus craques dentro de quadra, o dano também é grande nos balanços e finanças da franquia. Confira ao lado o prejuízo aproximado das equipes em função das lesões dos seus atletas. Embora leve em conta apenas a primeira metade da temporada, o quadro mostra como alguns times têm sido muito prejudicados financeiramente pelas lesões – o que envolve, mais do que salários, quotas de patrocínio, publicidade e outras fontes de verba.

Outro fator que influencia indiretamente os números da tabela é o fato de jogadores serem poupados ou até terem seus retornos adiados por uma série de motivos (precaução, complicações, “tanking”), o que acaba inflando as perdas.

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Um dos times que chamam a atenção no quadro é o Portland Trail Blazers: o time computa 40 ausências, mas 32 delas são acumuladas pelo calouro C.J. McCollum. Como ainda precisa consolidar um espaço na rotação, ele não fez muita falta à equipe (que está muito bem na temporada e se mantém como um caso bem sucedido na liga) e, por isso, o número alto de ausências não acarretou um grande prejuízo.

Os desfalques de atletas, ícones, ídolos são um grande problema para as franquias e o calendário é um vilão na luta dos times contra as lesões. Mas, por questões financeiras e até históricas, a chance de uma diminuição de jogos parece pequena. Então, caímos em uma nova pergunta: será que tem alguma forma de minimizar o problema em questão sem mudar o calendário, o número de jogos?

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