Los Angeles Lakers
2012-13: 45-37, 7° na conferência Oeste
Playoffs: eliminado pelo San Antonio Spurs, em quatro jogos, na primeira rodada
Técnico: Mike D’Antoni
GM: Mitch Kupchak (13 temporadas, 12 classificações para os playoffs, sete títulos de divisão, seis títulos de conferência, quatro títulos da NBA)
Destaques: Kobe Bryant, Pau Gasol, Steve Nash
Elenco
10- Steve Nash, armador
1- Jordan Farmar, armador
5- Steve Blake, armador
24- Kobe Bryant, ala-armador
0- Nick Young, ala-armador
20- Jodie Meeks, ala-armador
2- Elias Harris, ala-pivô
7- Xavier Henry, ala-armador
11- Wesley Johnson, ala-armador
3- Shawne Williams, ala
16- Pau Gasol, ala-pivô
27- Jordan Hill, ala-pivô
4- Ryan Kelly, ala-pivô
9- Chris Kaman, pivô
50- Robert Sacre, pivô
Quem chegou: Jordan Farmar, Nick Young, Xavier Henry, Wesley Johnson, Shawne Williams, Ryan Kelly, Chris Kaman
Quem saiu: Earl Clark, Chris Duhon, Devin Ebanks, Andrew Goudelock, Dwight Howard, Antawn Jamison, Darius Morris, Metta World Peace
As expectativas do Los Angeles Lakers dessa temporada de nada lembram toda aquela euforia de antes de 2012-13. Dwight Howard foi embora para o Houston Rockets, Metta World Peace anistiado, e por fim, o astro Kobe Bryant está no estaleiro e não tem presença garantida nas primeiras partidas. Talvez, por isso, as chances de classificação para os playoffs em uma conferência tão concorrida não sejam tão grandes.
Entretanto, se pensarmos que no ano passado a equipe conseguiu entrar no grupo dos oito melhores do Oeste após uma pré-temporada horrorosa, troca de treinador, brigas veladas (ou não) entre seus principais jogadores, contusões e desfalques, ninguém pode deixar o Lakers totalmente fora das cogitações.
Se é para superar as adversidades, ninguém melhor que Bryant. O camisa 24 teve uma ruptura dos ligamentos do tendão de Aquiles, a lesão mais grave de sua carreira. Mas quantas vezes já vimos Kobe jogando no sacrifício, gripado, com um dedo fraturado ou machucado de alguma forma e sair de quadra como o melhor da partida?
Enquanto ele não volta, é esperado que o espanhol Pau Gasol seja o grande nome e volte a jogar em seu melhor nível. O ala-pivô está cheio de confiança de que poderá ser o principal responsável pelo ataque californiano.
Se vai dar certo ou não, é melhor ter cautela, algo que a temporada passada ensinou bem.
O perímetro
Todo mundo sabe o quão talentoso é Steve Nash. Só que ficou claro que sua condição física não é mais a mesma. Aos 39 anos, o canadense já foi avisado que terá tempo de quadra limitado nesta temporada. Não por menos, a diretoria trouxe de volta o armador Jordan Farmar para, ao lado de Steve Blake, ter um jogador da posição para que o time tenha os 48 minutos em um bom nível. Nash deverá atuar por pouco mais da metade desse tempo, enquanto os outros dois vão se revezar no restante.
Com Kobe Bryant, a cara do Lakers é uma. Sem ele, é completamente diferente. Seu substituto ainda não está definido. O técnico Mike D’Antoni pode optar por escalar Blake como ala-armador, enquanto Nick Young seria o ala. Existe ainda a chance de Jodie Meeks entrar em seu lugar.
O certo é que, quem estiver no lugar de Kobe, será um jogador com capacidade maior nos arremessos. Blake converteu 42.1% de suas tentativas de três pontos em 2012-13, enquanto Meeks e Young acertaram 35.7%.
No elenco ainda estão Xavier Henry, Shawne Williams, e Wesley Johnson. Nenhum deles, no entanto, teve algum sucesso nos últimos anos. Henry chega depois de três temporadas entre Memphis Grizzlies e New Orleans Pelicans, sempre na reserva. Williams estava no basquete chinês e é mais notícia fora das quadras do que qualquer outra coisa. Foi preso três vezes nos últimos seis anos por posse de drogas. Já Johnson, parece ser o melhor deles. Quarta escolha do draft de 2010, o ala-armador ainda não encontrou o seu melhor ritmo na NBA. Em um elenco sem grandes nomes para a posição, e sem Kobe neste início, é possível que ele se aproveite disso para subir de produção.
O garrafão
Tudo deverá girar em torno do ala-pivô Pau Gasol. O espanhol, no entanto, vive momentos ruins há pelo menos duas temporadas. Envolvido em princípio na troca em que o armador Chris Paul chegaria ao Lakers, Gasol demonstrou ter ficado chateado com a situação. No ano seguinte, as contusões atrapalharam e teve sua pior performance em sua carreira na NBA, com 13.7 pontos e 8.6 rebotes. Espera-se que a má fase tenha passado para que ele seja um verdadeiro líder.
Ao seu lado estará o veterano Chris Kaman, que está de volta a Los Angeles depois de passagens apagadas no New Orleans Hornets (agora Pelicans) e Dallas Mavericks. No vizinho Clippers, Kaman chegou a ser selecionado para o Jogo das Estrelas, em 2009-10. Ou seja, talento ele tem. Resta saber se vai funcionar em uma das posições mais carentes da Liga.
No banco, esperando qualquer vacilo de um dos titulares, está o voluntarioso Jordan Hill. Depois de passar por três equipes nos seus primeiros três anos na NBA, o ala-pivô parece ter se estabelecido em Los Angeles. Hill precisa apenas estar saudável para poder contribuir de fato. Nos últimos dois anos, perdeu 80 jogos por contusões.
O calouro Ryan Kelly faz o estilo de ala-pivô moderno, com bom arremesso de média e longa distância, além de ter um bom controle de bola para a sua altura. No mais, ele não é tão atlético e se perde de costas para a cesta e na parte defensiva por conta de seu físico.
Elias Harris e Robert Sacre deverão ter poucos minutos de quadra, exceto em condições extremas, como contusões ou o time estar vencendo ou perdendo por muito.
Análise geral
Com tantas incógnitas até mesmo no quinteto titular e sem saber qual será a real condição física de um dos melhores jogadores de todos os tempos, o Los Angeles Lakers começa a temporada em baixa. Por mais que a tradição não falte, camisa não joga sozinha. Sem atletas capacitados é difícil acreditar em uma classificação para os playoffs. Se as apostas derem certo e se Pau Gasol conseguir se recuperar, Kobe Bryant chegará com muito menos pressão e aí a tendência é vermos esse time brigando por posições melhores. Só que até lá, não tem como cravar nada. É muita suposição.
O técnico Mike D’Antoni viu na pré-temporada que terá de ajustar não só o ataque, mas principalmente a defesa. O Lakers sofreu 99.9 pontos, a segunda pior marca da conferência. Entretanto, como dito, foi uma fase de amistosos em que os titulares são poupados e que as análises não são as mais precisas. Mas é bom ficar de olho.
Com um status menor que nos últimos anos, a temporada 2013-14 é de superação. O Lakers não é candidato ao título, sequer a ficar entre as oito melhores equipes do Oeste.
Previsão: 11° lugar na conferência Oeste