A noite desta sexta-feira foi histórica para o Los Angeles Lakers. Não pela vitória sem grandes problemas contra o Phoenix Suns, mas por conta da festa que aconteceu antes da bola subir. O ídolo Kareem Abdul-Jabbar foi (finalmente) imortalizado na entrada do ginásio da franquia, Staples Center, com uma estátua de bronze de cinco metros. O monumento retrata sua jogada característica: o skyhook.
“Lou Gehrig disse que era o homem mais sortudo do mundo e, ainda jovem, eu não entendi o que ele quis dizer com aquilo. Mas, após ter vivido minha vida e acumulado experiências maravilhosas no basquete, posso entender o que Gehrig quis dizer. Hoje, eu compreendo”, afirmou Abdul-Jabbar, fazendo referência às palavras do lendário ex-jogador de baseball.
Kareem é a sexta personalidade do esporte e o terceiro Laker a ser eternizado na arena em que a franquia manda seus jogos. Antes, receberam a homenagem: Magic Johnson, Jerry West, Wayne Gretzky (hóquei no gelo), Oscar de la Hoya (pugilista) e Chick Ahearn (ex-narrador do Lakers).
No último ano, o ex-pivô criticou publicamente a direção do time pela demora em ganhar uma estátua no ginásio. Para Magic, o amigo deveria ter sido o primeiro atleta da equipe multicampeã da década de 1980 a ter sido imortalizado. “Ele construiu o Staples Center. Foi por causa dele que estamos aqui. Se não tivéssemos sido campeões, isso nunca existiria. O Staples está aqui por causa da tradição que ele ajudou a criar”, destacou.
Em 20 anos de carreira na NBA, Kareem é dono uma das mais brilhantes trajetórias já trilhadas no basquete profissional. Ele foi seis vezes campeão da liga (cinco deles com o Lakers) e conquistou seis troféus de MVP da temporada regular. Além de ter sido escolhido para o quinteto ideal da NBA em dez oportunidades, o ídolo possui o recorde de 19 convocações para o Jogo das Estrelas. Por suas contribuições, a camisa 33 foi aposentada pelos angelinos.
Em 1.560 partidas disputadas no basquete profissional norte-americano, o ex-pivô acumulou médias de 24.6 pontos, 11.2 rebotes, 3.6 assistências, 2.6 tocos e quase 56% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Com 38.387 pontos anotados, ele é o maior cestinha da história da liga.