Greg Oden é uma presença constante em rankings que buscam eleger o maior bust da história da NBA. O ex-pivô foi a primeira escolha do draft de 2007, antes de ninguém mais do que Kevin Durant. Mas a carreira do astro em potencial da liga durou só 105 jogos disputados pelo Portland Trail Blazers. Ele chegou a admitir que era o maior de todos os busts em 2016, mas, nos últimos anos, reviu essa opinião.
“Eu não sinto mais isso porque, depois de ter dito, várias pessoas me procuraram para falar que não era. Na época em que comentei isso, ainda era o primeiro escolhido que estava lesionado o tempo inteiro e raramente conseguia jogar. Tecnicamente, se você olha para Kevin, eu sou um dos maiores busts. No entanto, todos me convenceram de que não é bem assim”, contou o ex-atleta, em entrevista ao podcast “The OGs”.
A carreira de Oden, de fato, não decolou por causa dos problemas físicos. Várias lesões nas mãos, joelhos e pés acabaram com a trajetória do talentoso pivô. Esses problemas, como resultado, levaram ao vício em álcool. Ele abandonou o basquete de forma oficial em 2016, mas ainda participou de competições pontuais na sequência. Desde então, a sua visão sobre a carreira e a vida mudaram bastante.
“Eu disse isso há oito anos, então já passou muito tempo. Ainda estou amadurecendo e entendo a minha reação naquela época. Você precisa aprender para subir na vida e se conectar com as pessoas. Por isso, eu dou ‘oi’ para todo mundo em todos os locais que vou. Você precisa ser respeitoso e, sobretudo, estar pronto para aprender com todos. Isso é o que digo para os garotos que estão vindo”, completou o veterano.
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De jeito nenhum
A possibilidade de considerar Greg Oden como um bust da NBA, em síntese, revoltou Udonis Haslem. O ex-atleta e apresentador do podcast fez um longo discurso em que defendeu que o convidado não podia ser tratado assim. Para o ícone do Miami Heat, existe uma clara diferença entre alguém que não tem sucesso por causa de lesões e pelo desempenho em quadra.
“Você não é um bust, cara, pois as lesões acabaram com a sua carreira. E, infelizmente, isso está fora do seu controle. Não teve nada a ver com você não amadurecer, querer melhorar o seu jogo ou ter disposição em ser treinado. Por isso, não concordava com aquela opinião. Anthony Bennett, por exemplo, foi um bust. São casos bem diferentes”, argumentou o ex-ala-pivô.
O outro apresentador do podcast, Mike Miller, concordou com a opinião de Haslem. Mas, ao mesmo tempo, compreende que a frustração consumia Oden ao comentar o assunto no passado. “Eu entendo porque você se sentiu assim e disse isso. Mas, para mim, um bust é alguém que não jogou à altura de suas habilidades e expectativas. E, na verdade, você simplesmente não conseguiu jogar”, explicou o ala aposentado.
Inspiração
Oden conseguiu reestruturar a sua carreira e vida de forma notável depois de admitir o fim da carreira em quadra. Ele voltou à faculdade, superou o alcoolismo e se tornou um estudante-auxiliar técnico da equipe de Ohio State – onde foi ídolo antes da NBA. Logo em seguida, formou-se em administração esportiva. Agora, ele é o diretor de operações de basquete da Universidade de Butler.
“Você é um exemplo, Greg, pois não costuma ser assim para caras com esse histórico. Alguns jogadores têm trajetórias como você e, depois, nós nunca mais ouvimos falar deles. Você voltou para a faculdade e conseguiu o seu diploma. Aceitou começar a sua carreira por baixo, mesmo com a história que você tinha. Você é uma inspiração, cara”, exaltou o ídolo do Heat.
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