Paul George no Philadelphia 76ers. Vai dar certo?

Ala é a aposta da franquia para brigar por título

Paul George Philadelphia 76ers Fonte: Reprodução / X

Paul George era um dos principais agentes livres do mercado e acertou com o Philadelphia 76ers para os próximos quatro anos. Após longa novela, que envolveu interesse de equipes como Golden State Warriors e Orlando Magic, o ala está de volta a Conferência Leste. Mas onde isso coloca o 76ers na luta pelo título e o que isso representa nos planos da franquia desde que James Harden saiu?

Então, sem mais delongas, vamos analisas os impactos da contratação de Paul George pelo Philadelphia 76ers dentro da quadra e fora dela.

Planos do 76ers

George assinou um acordo de US$211 milhões por quatro anos com o 76ers, ficando na franquia até pelo menos 2026/27, já que existe uma opção de jogador para 2027/28.

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O interesse do jogador era de renovar com o Los Angeles Clippers, mas a franquia da Califórnia não estava disposta a lhe dar um contrato máximo. Depois, o ala se interessou pela ideia de jogar no Golden State Warriors, mas uma sign-and-trade que envolvia Los Angeles reforçando um rival direto também não rolou. Então, voltando para o Leste, George escolheu a equipe da Philadelphia ao invés dos jovens do Orlando Magic.

Mas o importante é que essa operação foi construída pelo Sixers muito antes disso. O pensamento da franquia na última offseason, com a iminência de perder Harden, era estar em posição de adicionar uma estrela no mercado. Isso aconteceu devido a muitos contratos expirantes no elenco. Tobias Harris, Nicolas Batum, De’Anthony Melton, Paul Reed, Cameron Payne, Buddy Hield, Mo Bamba e Robert Covington. No fim, todos saíram.

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O novo CBA acaba sendo dúbio neste sentido. A agência livre não vai, por si só, produzir grandes operações e mudanças em geral. Mas ser um time com muito espaço se tornou mais valioso do que nunca. Afinal, as equipes que superam os limites impostos são limitadas em quase todas as suas ações. Foi com esse pensamento, por exemplo, que o Clippers abriu mão de George: minimizar custos.

Morey bancou sua aposta. O 76ers e o Clippers acabaram no mesmo lugar em 2023/24. Os resultados soaram diferentes para o dois lado e a franquia estava posicionada para aproveitar o que a novela entre o jogador e Los Angeles se tornou uma oportunidade de mercado por um astro.

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Não foi coincidência, a franquia se preparou para isso e o fez com doses cruéis em relação a Los Angeles, que estava na posição contrária há um ano.

Na rotação

George é o membro oficial do novo grande trio do Philadelphia 76. Ele será um dos líderes e titulares do time ao lado de Maxey e Embiid. Apesar de abertas, a ideia geral é de que as outras duas vagas do quinteto inicial sejam preenchidas por Kelly Oubre Jr e Caleb Martin.

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No banco existem mais questões. O que parece certo é que três nomes estarão garantidos na rotação. São eles: Kyle Lowry, Eric Gordon e Andre Drummond. Por outro lado, há questão com vários nomes, como por exemplo, Ricky Council, K.J Martin, Reggie Jackson e Jared McCain.

Na defesa

O 76ers foi a 11ª eficiência defensiva de 2023/24, mas passou por um das séries mais físicas dos últimos anos contra o New York Knicks. Ainda assim, é difícil avaliar a última temporada apenas por esse ponto. Mas adicionar George a uma base liderada pelo técnico Nick Nurse pode dar esperança de resultados melhores.

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Na realidade, apesar de uma certa piora com as exigências de um Clippers baleado nos playoffs passados, George ainda cai bem em qualquer defesa do mundo.

A presença de Caleb Martin também tem que ser destacada. O jogador pode fazer com que o grande reforço da equipe pode ganhar mais minutos de descanso. Em Los Angeles, com os constantes problemas de Kawhi Leonard, essa era uma função mais óbvia nos últimos anos.

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Então, tê-lo como seu principal defensor em momentos especiais é bastante interessante. Martin é um dos jogadores mais adaptáveis e especiais do mundo, justamente por essa versatilidade de conseguir se encaixar em quase qualquer sistema.

Nos bons dias, George ainda é um dos melhores defensores de alas da NBA. Tudo depende do foco, mas isso certamente será essencial contra os rivais mais fortes do Leste. Afinal, alguém tem que defender tantos jogadores de elite da posição que existem no Boston Celtics, New York Knicks e Milwaukee Bucks.

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No ataque

Os anos de Clippers e a última temporada principalmente, mostraram o quão bom George pode ser jogando fora da bola. Ele foi um dos arremessadores de Catch & Shoot mais eficientes da NBA. E não foi por luxo, mas sim como uma necessidade.

James Harden é um jogador polarizador e sua presença muda a dinâmica de qualquer equipe. Em seu melhor momento na temporada, Los Angeles jogava sob as regras do armador e de Kawhi Leonard. George acabou ficando com o maior sacrifício ofensivo, precisando se movimentar mais sem bola para trazer mais dinâmica ao ataque.

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Paul George no Philadelphia 76ers pode funcionar melhor como um misto dessas duas versões. No caso do equipe, as lesões de Joel Embiid tem sido um problema constante nas últimas campanhas.

Mas em quadra, sua movimentação sem bola tem tudo para funcionar. O 76ers também tem um problema de ataques travados na hora decisiva nos últimos anos e jogadores como o astro facilitam o trabalho neste sentido.

É óbvio que ele não pode ser uma primeira opção, e diria que como em seu último ano de Los Angeles, ele será a terceira na Philadelphia. E que bom, apesar de não poder ser o cara, poucos jogadores funcionam tão bem em qualquer lugar como George.

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Lesões

Falei de Embiid, falei de Kawhi, mas como você bem sabe, as contusões de Paul George também serão uma questão para o Philadelphia 76ers.

O lado bom? A temporada 2023/24 é a melhor do ala nesse sentido em muitos anos. Ele atuou em 74 das 82 partidas, e jogou todos os confrontos da série contra o Dallas Mavericks.

O lado ruim? Ele só passou dos 55 jogos em uma temporada desde que chegou ao Clippers antes disso. Além de tudo, perdeu os playoffs de 2023 por lesão, e também ficou fora do jogo decisivo contra o New Orleans Pelicans no play-in de 2022.

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As contusões já são um problema do maior astro do time, e agora tem mais alguém para se preocupar em relação a isso na franquia.

Conclusão

Quando olho pra quadra, é difícil não se empolgar. George não é um astro, mas vem para um papel certeiro de terceira estrela, ao lado de um MVP em seu auge e um jovem craque em ascensão. Tudo isso em uma franquia onde faz muito sentido. Ele é um upgrade dos dois lados da quadra, e se sou o 76ers, estou fazendo esse movimento todos os dias.

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Por outro lado, as lesões, em um contrato longo em que o astro acabará com 37 anos também são uma questão. Mas é importante salientar aqui que uma coisa está ligada a outra. O Philadelphia 76ers não contrataria Paul George sem um grande investimento. Dado sua realidade, como não fazer?

A franquia sabe no que está apostando, e também estará certa se souber que essa deve ser sua chance final de brigar por um campeonato. Não digo nesse ano, mas sim com essa base de jogadores, ou ao menos, de lideranças. As expectativas são altas, para que a franquia dê o próximo passo na Conferência.

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Nada do que eles pudessem fazer nesse mercado, os deixaria tão perto quanto assinar com Paul George.

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