Com a temporada da NBA está se aproximando, o Jumper Brasil separou os melhores e piores contratos da liga para 2024/25. A lista considera tanto o valor total e anual, além do contexto dos jogadores em suas franquias para o próximo ano. Com as regras salarias cada vez mais rígidas na NBA, o custo benefício dos contratos só deve se tornar um tema ainda mais recorrente na temporada 2024/25.
Mas afinal, quais são os piores e mais desvalorizados vínculos do mercado atualmente?
7. Clint Capela – Atlanta Hawks
2024/25: US$22.2 milhões (15.84% do teto salarial)
Clint Capela é quem abre a lista de piores contratos da NBA para a temporada 2024/25.
Há muitas nuances aqui. Capela foi vital na campanha até as finais da Conferência Leste em 2020/21. Mas sua importância diminuiu desde então. Enquanto sua produção caiu, Onyeka Okongwu tem pedido espaço na rotação. A franquia sabe disso e tem tentado trocá-lo desde o início da última temporada.
Mas uma rápida extensão após a boa campanha de 2020/21, que aumentou seu contrato em mais dois anos, custou caro. Com uma equipe mais jovem, que escolheu dar um passo para trás enquanto desenvolve seus jogadores de potencial ao redor de Trae Young, é difícil encontrar um cenário onde ele se valorize e renda algum retorno a franquia em troca. O mais provável é que saia de graça.
6 – Nikola Vucevic – Chicago Bulls
2024/25: US$20 milhões (14.23% do teto salarial)
2025/26: US$21.4 milhões (13.89% do teto salarial)
Nikola Vucevic geralmente fez sua parte em Chicago, mesmo que as campanhas não tenham sido as melhores desde que ele chegou. O problema é que isso mudou na última campanha, onde teve queda grande e até foi menos impactante do que Andre Drummond em algumas noites. E isso veio logo quando o Bulls dobrou a aposta por ele na última offseason.
A equipe se recusou a perdê-lo de graça, lhe pagando US$60 milhões anuais por três anos. Porém, um ano depois, o Bulls está tentando trocar seus veteranos, e não tem qualquer procura pelo pivô. Ao menos, não existe nenhum forte rumor sobre ele, enquanto é sabido que Zach LaVine está no mercado e nomes como DeMar DeRozan e Alex Caruso já foram negociados. Será difícil obter um bom retorno por ele se não existe muita procura.
5 – Deandre Ayton – Portland Trail Blazers
2024/25: US$34 milhões (24.19% do teto salarial)
2025/26: US$35.5 milhões (22.99% do teto salarial)
O primeiro a se pensar é que Deandre Ayton já tem 26 anos. Ele não é velho, mas dificilmente será uma peça-central quando a reconstrução do Portland Trail Blazer acabar. A franquia também deve considerar isso. Afinal, foi buscar Donovan Clingan no Draft. O contrato também não deve custar tão caro já que encerra no ano que vem. Assim, a transição para o calouro assumir a posição deve ser feita neste período.
Por outro lado, trata-se do 43ª maior salário da NBA em 2024/25. Ayton recebe apenas US$800 mil a menos do que Bam Adebayo. Apesar de ser uma máquina de duplos-duplos e ter melhorado seu desempenho no fim da última campanha, é difícil enxergarmos um time que apostará grandes ativos para obtê-lo. Vale lembrar que além de Clingan, o Blazers também tem Duop Reath e Robert Williams na posição.
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4 – Jerami Grant – Portland Trail Blazers
2024/25: US$29.7 milhões (21.19% do teto salarial)
2025/26: US$32 milhões (20.69% do teto salarial)
2026/27: US$34.2 milhões (20.11% do teto salarial)
2027/28: US$36.4 milhões (19.46% do teto salarial, opção de jogador)
Aqui foi um erro anunciado. Grant assinou um acordo de US$160 milhões por cinco anos com a franquia no primeiro dia da agência livre de 2023/24. O time tentava convencer Damian Lillard a ficar e usou isso como “arma”. No dia seguinte, o astro pediu troca. É muito dinheiro para alguém que ocupou um papel de coadjuvante ao longo de sua carreira.
Dois pontos jogam a favor para que Grant não esteja ainda mais acima na lista. Em primeiro lugar, o aumento de 10% do teto salarial pelos próximos anos ajuda o contrato a ser menos danoso. E o segundo é que ele é o tipo de jogador que times desesperados podem investir alto para obter em uma trade deadline, por exemplo. Ele já provou seu valor nos playoffs como um role-player. Mas o preço e a duração de contrato são longos.
3 – Ben Simmons – Brooklyn Nets
2024/25: US$40.3 milhões (28.69% do teto salarial)
A realidade é que o pior já passou em relação ao contrato de Ben Simmons. Sua presença já não é importante para as contas do futuro do Brooklyn Nets. Agora, é um contrato expirante. A equipe recuperou os ativos de Draft que perdeu nas trocas pelos astros nos últimos anos. Então, apesar de muito desvalorizado, ele não deve ser mais um empecilho para a franquia e deve sair de graça na próxima offseason.
Mas o conjunto da obra conta muito aqui. O australiano é um dos 27 atletas da NBA com contratos de mais de US$40 milhões para a temporada 2024/25. Desde que o drama no Philadelphia 76ers acabou, ele disputou apenas 57 jogos. Tudo isso com esse salário astronômico e lesões graves nas costas. Não é apenas desvalorização. O lugar de Simmons na NBA estará comprometido se uma recuperação não acontecer.
2 – Bradley Beal – Phoenix Suns
2024/25: US$50.2 milhões (35.71% do teto salarial)
2025/26: US$53.6 milhões (34.70% do teto salarial)
2026/27: US$57.1 milhões (33.58% do teto salarial, opção de jogador)
Se você considerar apenas os valores totais, o contrato de Bradley Beal é o pior da NBA. Prova disso é que ele entrará em 2024/25 como o quinto jogador mais bem pago da liga. Apenas Stephen Curry, Nikola Jokic, Joel Embiid e Kevin Durant receberam mais na última temporada. É um contrato muito caro que veio após a tentativa do Washington Wizards em segurar seu principal astro e não apostar em uma reconstrução.
Mas um fato ainda joga Beal para o segundo posto: o Phoenix Suns ainda acha que pode fazer com que ele funcione na equipe. E sendo apenas o terceiro jogador mais importante, isso pode ter sentido. Uma aposta no talento que deu poucas provas que pode dar certo no ano passado? Sim. Por isso o contrato ainda é péssimo, em qualquer tipo de análise que se faça. Isso só muda se o Suns vencer um título improvável nos próximos anos.
1 – Zach LaVine – Chicago Bulls
2024/25: US$43 milhões (30.61% do teto salarial)
2025/26: US$45.9 milhões (29.74% do teto salarial)
2026/27: US$48.9 milhões (28.79% do teto salarial, opção de jogador)
Se fosse em qualquer outro time, Zach LaVine ficaria atrás de Bradley Beal na lista de piores contratos para a temporada 2024/25 da NBA. Mas é no Chicago Bulls. Então, ganha o primeiro lugar. Não é perseguição. Mas o time tenta emplacá-lo como grande nome do mercado desde o ano passado. No entanto, em nenhum momento teve sucesso. A franquia de Illinois contava que ele fosse seu principal ativo de trocas, mas isso não aconteceu.
Há dúvidas reais ao redor da NBA sobre o quão impactante o astro pode ser em uma equipe que quer disputar coisas grandes. E quando isso acontece, geralmente não acaba bem. No mundo ideal do Bulls, ele já teria saído. Por outro lado, ele não está no mundo ideal de nenhum time da liga. O ala vai buscar se valorizar e pode fazer isso na próxima campanha. Dessa forma, tentar atrair alguma equipe que queira se arriscar.
Mas para o Bulls, provavelmente já acabou mal. Apesar de conseguir Josh Giddey, a franquia não deve obter nenhuma escolha de primeira rodada a mais no Draft por seu núcleo principal. LaVine, afinal, é o símbolo disso. É o líder de um time que não disputou nada nos últimos dois anos. Seu valor de mercado é quase nulo atualmente.
Menções honrosas
Além dos sete piores vínculos, também listamos outros sete nomes que foram considerados, mas acabaram não entrando na lista final.
CJ McCollum: US$33.3 milhões em 2024/25 e mais US$30.6 milhões até 2025/26
Jordan Poole: US$29.6 milhões em 2024/25 e mais US$65.8 milhões até 2026/27
John Collins: US$26.5 milhões em 2024/25 e mais US$26.5 milhões (PO) até 2025/26
Andrew Wiggins: US$26.2 milhões em 2024/25 e mais 58.3 milhões (PO) até 2026/27
Malcolm Brogdon: US$22.5 milhões em 2024/25
Lonzo Ball: US$21.3 milhões em 2024/25
D’Angelo Russell: US$18.6 milhões em 2024/25
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