A relação entre grandes estrelas e treinadores de times é um problema em potencial em qualquer esporte. Por isso, é tão comum vermos os dois entrarem em rota de colisão. A menor discordância pode transformar o ambiente de uma equipe em uma guerra. Não é diferente no basquete norte-americano. O polêmico Patrick Beverley garante que tantos astros temem trabalhar com técnicos mais experientes na NBA.
“Vários superastros da NBA têm medo de treinadores. Alguns deles, aliás, nem querem ser treinados por isso. Se você é um técnico de muito sucesso e assume um elenco de jogadores que não possuem conquistas, a coisa fica complicada. Os astros não querem trabalhar com esses caras. Afinal, eles venceram mais em suas carreiras do que você”, disparou o especialista defensivo, em seu podcast.
A declaração de Beverley, a princípio, é só uma suposição ou rumor. Mas, de fato, existe um movimento estranho no mercado de treinadores da NBA nos últimos anos. Nunca se contratou tantos comandantes de pouca (ou sem) experiência na liga, enquanto o ritmo das demissões aumenta. Então, o armador avisa: quando vir a sua franquia trazer um técnico menos expressivo, desconfie.
“Sei que as pessoas questionam a contratação de alguns treinadores em certos times. Você se pergunta: ‘por que um cara tão vitorioso não assumiu essa equipe, que quer vencer?’. E a resposta é isso aí: os ‘medalhões’ do elenco têm medo dos profissionais mais vencedores. Em síntese, eles simplesmente não querem ter esse tipo de técnico comandando”, reforçou o controverso armador.
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Trabalho duro
Não é só Patrick Beverley que tem essa visão sobre a relação entre os astros da NBA e os técnicos mais vitoriosos. O convidado do jogador em seu podcast foi Rico Hines, um dos mais conhecidos assistentes técnicos da liga. Ele está na comissão do Philadelphia 76ers hoje. O auxiliar concorda com a opinião do especialista defensivo, pois vê alguns grandes jogadores entregando menos esforço do que deveria.
“Patrick está totalmente certo sobre essa relação. O que acontece é que vários jogadores gostam do que a NBA oferece a eles, mas não querem trabalhar para merecer isso. Eles adoram o dinheiro e a fama, por exemplo, enquanto se recusam a treinar duro para ter tudo isso. Afinal, o trabalho não costuma ser prazeroso. Treinar duro dói. É assim que deve ser”, acusou o experiente técnico.
Hines entende que o basquete norte-americano forma astros com alta badalação desde adolescentes. No entanto, eles precisam ser mais jogadores e menos estrelas. “Alguns grandes jogadores são talentos naturais. Receberam um dom de Deus e, por isso, estão acostumados a não terem que trabalhar para conseguir o que querem. Mas vencer em alto nível sempre tem um custo”, completou.
Exceção
Mas sempre existem exceções. Há treinadores de primeira viagem que merecem essa chance mesmo sem ser mais provados. JJ Redick, por exemplo, é um desses casos especiais. Beverley acredita que, mesmo sem nunca ter sido técnico profissional antes, o ex-jogador vai se provar merecedor de comandar o Los Angeles Lakers. E isso porque guarda semelhanças com um dos grandes técnicos da atualidade.
“Eu acho que, antes de tudo, JJ é uma pessoa firme. E, se você é um técnico firme, vai ter sucesso. Foi a mesma coisa com Erik Spoelstra, por exemplo. Não vou comparar os dois, mas ‘Spo’ era firme e falava com todos os atletas da mesma forma. Você reduzia, então, a margem de erro de todos. Ele trata os astros e coadjuvantes de uma mesma forma e, por isso, faz sucesso até hoje”, explicou o craque.
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