Fonte: Reprodução / InstagramOs torcedores e analistas de NBA “torceram o nariz” quando o Dallas Mavericks resolveu apostar em Kyrie Irving. O armador levava um longo histórico de problemas consigo e, além disso, tinha um encaixe bem incerto com Luka Doncic. Mas, agora, a equipe está nas finais do Oeste e as dúvidas cessaram. Para o ex-jogador Austin Rivers, um título com os texanos pode mudar a projeção e legado do astro definitivamente.
“Um título seria importante demais para Kyrie nesse momento. Acho que ser campeão, antes de tudo, vai mudar a sua imagem. As pessoas questionam a sua liderança e seu comportamento, então isso alteraria a forma como é encarado por todo mundo. Afinal, estamos vendo esse homem defender e atuar com intensidade nos playoffs. É algo que dá o exemplo e nunca aconteceu antes”, argumentou o veterano.
Vale lembrar que Irving já foi campeão da NBA em 2016, com o Cleveland Cavaliers. Foi uma das referências técnicas do time e acertou o arremesso mais icônico da campanha, no sétimo jogo contra o Golden State Warriors. No entanto, desde então, a sua carreira ficou marcada por decisões discutíveis e o comportamento volátil. Ele pode não ser um líder, mas, para Rivers, isso não reduz a sua excelência técnica.
“Nós já vimos Kyrie tentar ser a referência em Boston e não deu certo, pois foi estranho e teve várias lesões. A equipe funcionava até melhor sem ele, inclusive. Mas, em Dallas, ele está em uma situação parecida com a sua parceria com LeBron James, no Cavaliers. Ele não é o ‘número um’, mas pode acabar sendo um dos melhores ‘número dois’ da história dessa liga”, apontou o ala-armador aposentado.
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Legado
Um segundo título da NBA, agora pelo Mavericks, teria uma simbologia muito diferente para Kyrie Irving. Ele teve a sua primeira conquista aos 24 anos, enquanto atuava pelo seu primeiro time na liga. Ele ainda era o “garoto sensação” da liga, longe de todas as polêmicas que viriam depois. Rivers crê que a conquista de mais um campeonato agora provaria que ele tem sido, de certa forma, injustiçado nos últimos oitos anos.
“É claro que Kyrie vai ser eleito para o Hall da Fama. E vai entrar, aliás, no primeiro ano em que for elegível. Além disso, eu acho que deveria ser um dos 75 melhores jogadores da história da NBA. Todos sabemos que só não foi por causa de sua imagem. Por todas as distrações, os problemas fora das quadras. Isso seria amenizado, certamente, por mais um anel de campeão”, projetou o ex-atleta.
Desde que chegou ao Mavericks, as polêmicas de Irving fora das quatro linhas saíram de evidência. Mas, para Rivers, o jogador também é mal compreendido pela maioria. “Kyrie é um espírito livre, antes de tudo. Com isso, os seus sentimentos e emoções vêm à tona de uma forma feroz. As pessoas vão entender isso como quiserem, mas essas questões não podem influenciar o seu legado no esporte”, defendeu.
Irmandade
A combinação de Irving com Doncic nem sempre deu sinais tão positivos. O início dessa parceria, em particular, foi complicado. Nós podemos não lembrar agora, mas a equipe nem chegou ao play-in na temporada passada. No entanto, aos poucos, os dois astros desenvolveram um entrosamento dentro de quadra. E, para o experiente craque, esse vínculo cresceu para além das quatro linhas hoje.
“Eu quero ser um colega e irmão para Luka porque sinto que posso ajudá-lo a crescer e alcançar os seus objetivos. Nós temos a mesma missão em quadra e, mais do que isso, gostamos de atuar um ao lado do outro. O nosso sonho começou lá atrás, então é uma coisa incrível essa conexão que criamos mesmo em momentos diferentes da carreira e vida. Ele é um bom garoto e só tem a evoluir”, elogiou o veterano.
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