Fonte: Reprodução / XAinda não foi desta vez, mas o Oklahoma City Thunder vem com tudo para os próximos playoffs em busca de um título da NBA. A diretoria fez um grande trabalho nos últimos anos, então é o momento de começar a colher os frutos. Só que com o atual elenco, dificilmente será competitivo em algumas áreas e é sobre isso que vamos discutir aqui.
Após terminar a temporada regular no primeiro lugar da concorrida Conferência Oeste, o time entrou nos mata-matas como uma incógnita. Afinal, seria possível replicar ali o que acabara de fazer na primeira fase?
Sim, seria. Mas faltou ajuda a Shai Gilgeous-Alexander. Ele está em outro nível. É um MVP ambulante, mas precisa de alguém para levar a equipe adiante. Por mais que Jalen Williams e Chet Holmgren já estejam fazendo até mais do que era esperado, faltam peças.
E o garrafão, claramente, é um setor que precisa de mudanças com certa urgência. Apesar de Holmgren ser muito alto (2,16 metros) e ótimo defensor, falta rebote. Não só nele, mas em todo o grupo. Para conquistar um título da NBA, o Thunder terá de contar com força no interior durante os playoffs.
Para ter uma ideia, o time foi apenas o 29° em rebotes de ataque e também o penúltimo permitindo o rebote do oponente. Ou seja, aceitava segundas chances do adversário enquanto não tinha a mesma coisa do outro lado.
Então, a diretoria do Thunder precisa trabalhar para trazer um pivô forte para ajudar Holmgren na tarefa. Agora, é ir atrás do que o mercado e entender o que faz sentido. Não adianta fechar algo no desespero. Nem precisa disso, aliás.
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Se tem uma coisa que o Thunder tem de sobra é escolha de Draft para trabalhar em cima. São 33 nos próximos anos, sendo 13 de primeira rodada. Enquanto isso, o time possui apenas dois agentes livres: Isaiah Joe e Aaron Wiggins.
Então, sem contar com os dois, mas já com uma escolha de primeira rodada de 2024, vai sobrar cerca de US$33 milhões de espaço para contratações na agência livre.
Sim, o Thunder tem tudo para deixar o time muito mais forte do que já é. Joe e Wiggins podem retornar, mas é preciso reforçar o garrafão. Na atual temporada, a equipe teve o melhor aproveitamento no período em toda a liga, com 39.1%.
É possível ir atrás de um pivô que saiba fazer espaçamento em quadra, deixando o garrafão para Gilgeous-Alexander infiltrar e receber suas faltas como nos últimos anos. Mas o quem tem disponível?
Mas pelo que o mercado “anda dizendo”, algumas opções não são exatamente assim. Jarrett Allen, por exemplo, é relativamente jovem (26 anos), se encaixa nos quesitos rebote e defesa, mas não é um arremessador.
Só que Oklahoma City terá de fazer muito mais do que escolhas de Draft para tirar Allen do Cleveland Cavaliers. A direção precisa ser criativa, envolver contratos “dispensáveis” e suas picks.
Quem mais?
Allen é uma ótima alternativa para o jogo de Holmgren, mas estamos falando de um jogador que tem um salário “trocável”. Afinal, são apenas US$20 milhões para o penúltimo ano de contrato. E existe uma chance de o Cavs negociar o pivô, especialmente após problemas internos.
Utilizando o espaço na folha salarial, além de Josh Giddey, é possível conseguir a negociação. Giddey pode receber uma extensão seja onde for, pois vai entrar na última temporada de seu acordo, no valor de US$8.3 milhões.
Outra opção é Clint Capela, do Atlanta Hawks. Quase as mesmas características de Allen, mas mais velho (30 anos) e expirante (US$22.3 milhões). No entanto, não é tão bom defensor quanto o jogador do Cavs.
Jusuf Nurkic, do Phoenix Suns, sabe passar, pega rebotes e até pode arremessar do perímetro (mas é melhor, não). Aos 29 anos, pode ser uma alternativa.
Por fim, existem algumas alternativas mais baratas, como Jonas Valanciunas, que seria algo similar a Nurkic, mas melhor ofensivamente e pior no outro lado da quadra. O pivô será agente livre.
Lembre-se. Precisa ser algum jogador que esteja disponível ou perto disso, pois a diretoria não vai “pagar mais caro”.
Precisa trocar Giddey agora?
Não, pois o jogador perdeu valor de mercado. E como foi para a reserva nos últimos dois jogos, ainda mais. Então, uma ideia seria dar a ele uma extensão e trocar na offseason de 2025. Isso, caso ele não volte a produzir como antes.
Mas se a equipe o trocar sabe que será por um valor baixo ou utilizando uma escolha. Então, talvez, o ideal seja esperar por mais um ano. Sem pressa.
Enquanto isso, o time pode dar mais tempo ao jovem Cason Wallace. Passou (por muito) no teste em seu primeiro ano.
Thunder precisa de ajuda veterana para vencer um título da NBA nos playoffs de 2025
Tudo bem. A gente entende a filosofia da direção. São jogadores jovens e muito talentosos, mas estão prontos? Desculpe, mas achar que Gordon Hayward e Bismack Biyombo, sem pisarem em quadra, não vão fazer toda a diferença. Aliás, o time precisa de veteranos que tenham minutos consistentes.
Jalen Williams, por exemplo, fez jogos muito ruins nos playoffs. Embora tenha muita qualidade, ele “desapareceu” ofensivamente por três jogos consecutivos dos seis que fez contra o Dallas Mavericks. No período, foram 14.0 pontos, com aproveitamentos de 40.9% dos arremessos de quadra e 14.3% do perímetro.
Vamos relembrar que o Thunder teve o melhor aproveitamento da temporada em três pontos. Então, fez falta.
Com um veterano como os agentes livres DeMar DeRozan, Tobias Harris ou Nicolas Batum, seria possível ter alternativas. Umas mais caras, outras nem tanto.
Mas o fato é que o time tem tudo para brigar nos próximos anos. O futuro pode brilhar.
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