Fonte: Eric Espada / AFPEm entrevista para a jornalista Melissa Rohlin, do canal Fox Sports, Jamal Murray fez uma projeção ousada: ser o melhor jogador de todos os tempos da NBA. No entanto, o armador jamais recebeu um prêmio individual. Ainda assim, o atleta exalou confiança em sua capacidade . Ele segue como um dos principais nomes na defesa de título do Denver Nuggets em 2023/24.
O camisa 27 concorda com a fama de subestimado; porém, deixa claro que pouco se importa com ela. Afinal, sabe que é temido em quadra.
“Sendo sincero, eu não acho que preciso de um All-Star Game ou um All-NBA no currículo para ser reconhecido como um dos melhores nomes em quadra sempre que estou jogando. Esse é o meu pensamento principal. Eu concordo com você: não sou um cara muito falado pela mídia ou de muitos seguidores. Porém, tenho o respeito dos meus pares, seja no meu time ou fora dele. Isso é tudo que importa. Sei que sou, acima de tudo, temido”, cravou.
De acordo com o jogador, sua vontade é de ser o melhor jogador de todos os tempos. Segundo ele, é necessário mirar os grandes objetivos para alcançá-los.
“Eu sou um dos melhores jogadores do mundo. Eu me esforço para ser o maior. Se eu puder, quero ser o melhor de todos os tempos. E não quero parecer arrogante ou algo do tipo, mas você precisa pensar grande em uma liga como essa. Se não fizer isso, nunca vai chegar lá. Atualmente, Nikola Jokic é o melhor do mundo, e me esforço para ser o segundo. Mas quero ser o melhor”, afirmou o armador.
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O reconhecimento em Denver é alto. Nos últimos playoffs, por exemplo, o MVP das finais sérvio afirmou que o canadense estava até mesmo acima dele em termos de desempenho naquele momento. Essa fala veio pouco antes do começo das finais da NBA contra o Miami Heat.
“Cara, o que posso dizer sobre Jamal? A realidade é que ele tem sido o nosso melhor jogador desde que começamos os playoffs. Então, é uma honra e um privilégio poder estar ao seu lado a tanto tempo e ser uma dupla tão boa”, elogiou.
Técnico concorda
Do mesmo modo, já nessa temporada, o técnico que está com o camisa 27 desde o início de sua carreira, Michael Malone, concordou que Murray é subestimado.
“Eu acho que não é nem uma questão de até certo ponto. Porque ele é subestimado demais, isso é muito claro para mim. O que admiro nele em relação a isso, é que isso só o motiva. Ele é um All-Star. Murray mostrou várias vezes que não é apenas um bom nome, ele é alguém de elite. E digo mais, muitos dos caras que são colocados acima dele, jamais farão o que ele já conseguiu em playoffs“, disparou o treinador.
Lesão e alvos
A história de Jamal Murray, como jogador, no título do Nuggets na NBA, é interessante. Afinal, ele passou todo o final da temporada 2020/21 e a campanha de 2021/22 ausente, após sofrer uma lesão de ligamento cruzado no joelho em jogo contra o Golden State Warriors. O armador teve receios, seja de não conseguir mais jogar da mesma forma ou até de ser negociado por Denver. Porém, voltou e foi peça-chave na conquista inédita da franquia.
“É estranho dizer isso, mas a insegurança foi uma aliada importante. É difícil quando você sofre algo assim; as dúvidas, tudo o que você ouve das outras pessoas, isso mexe com você. Portanto, trabalhei muito duro para me manter no ritmo e no mesmo nível de quando saí. Esse risco te ajuda a trabalhar mais. Te ajuda na mentalidade. Então, é uma coisa ruim que, no fim, gerou bons frutos”, explicou.
Por fim, Jamal Murray afirma que, entre todos os prêmios possíveis como jogador, um lhe chama mais atenção: o MVP das finais da NBA.
“Isso seria incrível. Acho que muito melhor do que ser um All-Star ou algo do tipo. Eu entendo que todas as pessoas deveriam pensar assim, pelo menos. Um MVP das finais significa que você conquistou tudo que podia. Acho que qualquer um de nós pode ter grandes números e jogar o jogo das estrelas na temporada regular. Mas será que todos podem fazer isso em uma série de sete jogos onde o time adversário está se planejando para você e melhorando a cada noite? Eu não sei. Para mim, essa é a diferença”, concluiu o astro.
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