Concurso de Enterradas da NBA: As ideias acabaram

Evento festivo de 2024 aconteceu em Indianapolis

Concurso Enterradas NBA ideias Fonte: DOUG MCSCHOOLER / AFP

O Concurso de Enterradas da NBA foi um ponto fraco do All-Star Weekend pela pouca variedade de ideias, mas não chega a ser surpresa. O que surpreendeu, de fato, foi que Jaylen Brown, finalista do torneio, saltou um cara de 1,60 metro que estava sentado.

Sério! Foi terrível e vergonhoso ao mesmo tempo.

No entanto, é preciso entender: as ideias do Concurso de Enterradas acabaram de vez na NBA. Não tem dessa de criatividade antes do lance, como usar camisas do passado ou fantasias. Nada disso realmente importa se a enterrada em si é mais do mesmo.

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Brown foi puro marketing nisso, o que o fez ganhar alguns pontinhos. E é até legal fazer em uma ou outra, mas em todas?

Na primeira, por exemplo, ele quis imitar a que fez Dominique Wilkins campeão do torneio em 1985, também em Indianapolis. Levou um parceiro vestido de Wilkins, com uniforme e tudo antes de enterrar. Mas na hora de fazer o seu lance, faltou força e não usou as duas mãos como o ídolo do Atlanta Hawks.

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Não é uma questão de ser exigente demais, pois já vimos de tudo. Mas quando Jaylen Brown, um verdadeiro astro na atualidade, se inscreve para participar, você só espera por coisas espetaculares ou jamais vistas.

E isso é básico.

Mas acontece justamente pela ausência de grandes nomes no Concurso de Enterradas. Enquanto a gente viu Michael Jordan e Wilkins duelarem nos anos 80, Vince Carter em 2000, nós esperávamos que LeBron James participasse, o que jamais aconteceu.

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Então, que tal Zion Williamson?

Nada.

Claro que o mais normal é ter jogadores jovens ali, mas o próprio Wilkins participou cinco vezes, sendo a última aos 30 anos. Só que desde então, a média de idade dos competidores vem despencando.

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O torneio começou em 1984, com nove jogadores. A partir do ano seguinte, a NBA estipulou oito como o máximo. Mas o número foi caindo ao longo dos anos. Sete em 1993 e seis no ano seguinte. Foi assim até 2001. Depois dali, a liga manteve apenas quatro.

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Mas o Concurso de Enterradas teve ideias maravilhosas na NBA desde então. O bolinho de Gerald Green, apagando a velinha enquanto enterrava e o mascote do Orlando Magic girando para Aaron Gordon enterrar são as minhas favoritas no período.

E para por aí.

Então, com um baixinho e explosivo Nate Robinson, a NBA viu a chance de reviver os tempos de Spud Webb. Contra ele, Dwight Howard e houve um certo momento de rivalidade.

Algo que se repetiu com Zach LaVine e Gordon.

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Mas e hoje?

É um mero concurso de pular pessoas.

Na primeira rodada, Jaime Jaquez saltou sobre Shaquille O’Neal. Na sequência, Jacob Toppin fez o mesmo em cima de seu irmão, Obi (campeão de 2022). Brown imitou Wilkins e Mac McClung pulou sobre alguém. Ou seja, das quatro primeiras, três foram praticamente do mesmo jeito e a outra foi uma tentativa de repetir a de 1985.

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Quanta criatividade, né?

Na segunda, por outro lado, Jaquez fez uma até legal e Toppin acertou uma realmente boa. McClung teve uma interessante e Brown saltou um anão sentado. Então, nas finais, três das quatro enterradas foram pulando alguém.

Chato. Só chato.

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Não houve um “let’s go home” de Kenny Smith. Para quem não sabe, a frase ficou popular quando Carter enterrou em 2000 e era quase que um: “aqui acabou” de Ari Aguiar na ESPN.

Outras competições

A disputa entre Sabrina Ionescu e Stephen Curry foi, sem dúvidas, o ponto alto de sábado. E foi logo depois do Torneio de Três Pontos, então o momento era perfeito.

Aliás, o torneio oficial foi muito bom, com empate quádruplo pelo primeiro lugar (26 pontos), enquanto Tyrese Haliburton perdeu no desempate. Damian Lillard venceu pela segunda vez.

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Então, quando Ionescu começa acertando tudo, aquilo colocou pressão em Curry. Ela terminou com 26, mesma pontuação que levou os melhores às finais. Mas é que Curry é de outro planeta e venceu com 29.

O Desafio de Habilidades foi até legal, mas muito longo, misturando o finado Shooting Stars com o sistema antigo. A diferença é que foi por trios. Mataram as duas competições ao mesclarem.

Jogo das Celebridades em si nunca é atrativo, então não é surpresa.

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Mas um que foi bom e surpreendente foi o Rising Stars, envolvendo calouros, segundanistas e prospectos da G League. Ali, sim, houve disputa.

Por fim, o All-Star Game, que também teve seus bons momentos.

Mas o fato é que chegamos em um ponto em que o Concurso de Enterradas pode estar chegando ao seu fim, aos 40 anos de disputa.

Só não venha dizer que não vê All-Star Game porque não tem mais competição. É o papo mais sem noção sobre o assunto. Basta ver aqui o quanto a marcação era forte.

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Não é para ter competição. É uma festa, entendeu? Festa.

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