Klay Thompson exerceu uma função fundamental no momento mais vitorioso da história do Golden State Warriors. Mas, aparentemente, esse é um tempo que ficou para trás. A equipe está cada vez mais longe do topo do Oeste, enquanto a idade do núcleo do seu elenco avança. O ala-armador, por sua vez, vive a sua pior temporada em uma década. Por isso, o atleta admite que tem sido um momento de reavaliação pessoal.
“Eu preciso admitir que, antes de tudo, tem sido uma temporada de altos e baixos para mim. Mas, nos últimos tempos, sinto que tive um tipo de uma revelação. Mesmo se os meus arremessos não caírem e minhas atuações forem irregulares, mereço divertir-me dentro de quadra. Fiz por merecer jogar com atitude e cabeça erguida”, contou o experiente arremessador, em entrevista ao site The Ringer.
Essa reavaliação, no entanto, passa longe de ser planejada. Afinal, Thompson iniciou a temporada dizendo que teria a melhor campanha da carreira depois do insucesso das negociações para a extensão contratual prévia. Várias fontes informam que ele queria um vínculo máximo, mas, agora, a situação mudou bastante. Ele já considera, aliás, aceitar um papel menor na equipe para fechar uma renovação.
“Eu não teria nenhum problema com isso. Afinal, vou ter 35 anos de idade na próxima temporada. Já sofri rupturas não só do ligamento cruzado do joelho, mas também do tendão de Aquiles. E, ainda assim, ainda sou um jogador muito bom. Não preciso ser aquele cara que marcava 60 pontos em três quartos, mas ainda sou uma ameaça”, projetou o ídolo da franquia.
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Mudança de visão
Os atletas de alto rendimento, assim como qualquer pessoa competitiva, possuem uma alta cobrança sobre si próprios. É parte do que faz com que sejam excelentes em seus esportes. Klay Thompson começou a temporada com esse tipo de pensamento sobre a sua função no Warriors. Mas, com o recente desempenho decepcionante, ele teve que aprender a cobrar-me menos.
“A verdade é que trabalhei tanto para voltar a jogar após as lesões que precisava de uma mudança de perspectiva. Não preciso ser o jogador que fui no auge da carreira. Além disso, eu não tenho que cobrar-me para ser um all-star outra vez. O meu foco agora deve ser, sobretudo, cumprir a minha função atual com eficiência”, explicou o quatro vezes campeão da NBA.
Cobrar-se menos, antes de tudo, significa entender a nova etapa que Thompson vive. Mas vai além disso. O astro acostumou-se a encarar o basquete como uma corrida interminável por vitórias e excelência. O instinto competitivo não vai cessar, mas é preciso dar vazão para outros sentimentos quando entra em quadra. Ele não pode esquecer que vive o seu sonho a cada noite.
“O senso de diversão é muito importante. Preciso divertir-me porque não tenho mais tantas temporadas a jogar. Então, não posso ficar estressado quando as coisas não acontecem da forma como gostaria. Tenho que manter o otimismo, pois isso é uma benção. Acho que tenho feito um trabalho melhor nesse sentido nos últimos jogos”, refletiu o veterano.
Relação especial
As negociações do novo contrato de Thompson Warriors são complicadas por causa do seu tamanho no Warriors. Ele é uma das referências do time mais vencedor da história da franquia. Mais do que isso, alguém que criou uma conexão bem forte com torcida e dirigentes. O craque sabe que tem um valor intangível dentro da organização. Mas, da mesma forma, todos também têm um significado especial em sua história.
“Golden State possuía uma história sólida na liga, com ídolos como Rick Barry e Wilt Chamberlain. Mas acho que elevamos isso a outro nível. Nós temos um grupo bem especial que conseguiu feitos especiais ao longo desses anos. Conquistamos títulos e, com isso, construímos uma relação rara. É algo que vamos levar para a vida inteira”, previu o ala-armador de 34 anos.
Até podem existir prêmios individuais nos esportes coletivos, mas nenhuma conquista acontece com só um indivíduo. E, quando um coletivo funciona em tantos níveis, isso vira uma conquista por si só para os envolvidos. “Certamente, os laços são a melhor parte do nosso trabalho. É melhor do que o dinheiro, a fama e tudo mais. Ser amigo desses caras é o que faz tudo valer a pena”, completou o cinco vezes all-star.
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Fim de carreira
Dá para dizer que a função de Klay Thompson no time do Warriors já está mudando aos poucos. A sua importância dentro da rotação e funcionamento da equipe, a princípio, diminuiu. Ele registra a sua segunda menor minutagem e o mais baixo de volume de arremessos desde a temporada de calouro na liga. No entanto, ele garante que ainda não está nem perto da aposentadoria. E tem exemplos para pensar assim.
“Eu moldei o meu estilo de jogo quanto acompanhava jogadores como Reggie Miller e Ray Allen, por exemplo. Ambos foram ótimos e, mais do que isso, seguiram efetivos nessa liga até quase completarem 40 anos. Então, o meu plano é seguir a tendência deles. Certamente, eu sinto que posso fazer o mesmo”, finalizou um dos maiores jogadores da história do Warriors.
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