Fonte: Jeff Haynes / AFPBradley Beal estreou pelo Phoenix Suns com vitória, mas a noite teve muita emoção. Até mais do que se imaginava. O time abriu uma grande vantagem no primeiro quarto, mas precisou de uma virada no fim da prorrogação para bater o Chicago Bulls. O ala-armador ficou limitado a 24 minutos pela equipe e, assim, não atuou no tempo extra. Ele não escondeu que a partida trouxe um misto de alegria e frustração.
“Eu poderia ser cabeça dura e jogar 30 minutos, mesmo sabendo que não é o indicado. Mas, provavelmente, não me sentiria bem amanhã. É por isso que devo ouvir e confiar em nossos médicos e estafe. Porque sei que, se dependesse de mim, teria jogado mais tempo. Eu fiquei frustrado em não participar da prorrogação, mas, acima de tudo, feliz com a vitória”, desabafou o veterano, depois do triunfo por 116 a 115.
O estreante terminou a partida com 13 pontos, quatro rebotes e quatro assistências. Os números, a princípio, são sólidos. No entanto, a sua pontaria deixou a desejar: acertou só três de 12 arremessos. Beal assistiu do banco de reservas, além disso, o Suns estar perdendo por quatro pontos no minuto final da prorrogação. Para Grayson Allen, as informações do jogo não fazem jus ao rendimento do reforço.
“Bradley não teve a atuação que gostaria hoje, certamente. Sei que queria arremessar melhor. Mas dava para ver que, todas as vezes em que tocava na bola, a outra equipe acendia o alerta. Ele chama a atenção e ‘alarga’ as defesas. Surgem, com isso, vários espaços para todos os jogadores ao seu lado. Então, o seu impacto foi muito além de seus números”, elogiou o especialista defensivo, que anotou 26 pontos na vitória.
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Aprovação
Allen não foi o único, aliás, a aprovar a atuação de Bradley Beal na vitória do Suns. O técnico Frank Vogel, por exemplo, também fez uma análise bem positiva da primeira partida do astro. O que não significa, no entanto, que o desempenho foi perfeito. As falhas existiram, mas todas foram esperadas. Ele participou de só dois jogos de pré-temporada desde março por causa de uma lesão nas costas.
“Bradley teve alguns instantes muito bons durante o jogo. E, ao mesmo tempo, houve momentos em que teve mais dificuldades. Mas isso não é uma surpresa porque nós já esperávamos que voltasse um pouco enferrujado. Além disso, é duro que ganhe ritmo jogando com uma equipe mais entrosada contra um adversário difícil. Mas eu adorei a forma como ele competiu”, avalizou o treinador.
Ainda não foi dessa vez, porém, que o Suns atuou com o seu trio de astros. Enquanto Beal voltou à ação, Devin Booker não entrou em quadra e ainda se recupera de uma distensão na panturrilha. Por sua vez, Kevin Durant liderou o triunfo com 25 pontos, sete rebotes e nove assistências. Vogel reconhece que o encaixe do time ainda é um ponto de interrogação, mas está animado com as possibilidades.
“Você nunca tem certeza sobre como um time vai se entrosar, pois não é uma ciência exata. No entanto, esses caras são tão ótimos e completos que estou otimista. Todos têm a capacidade de jogar com ou sem a bola nas mãos. Ninguém é egoísta. Espero, então, que não leve tanto tempo para acertarmos os ponteiros. Nunca se sabe, mas estou otimista”, projetou o campeão da NBA em 2020.
Coloca medo
Apesar da atuação instável, Durant não tem dúvidas de que Bradley Beal contribuiu para a vitória do Suns. Assim como Allen, ele observou o impacto que o ala-armador causou na defesa do Bulls ao longo do confronto. Nem sempre é sobre os pontos que se anota, mas aqueles em que tem alguma influência. Para o ala, o estreante colocou medo nas marcações e abriu espaços para todos os companheiros de Phoenix.
“Bradley, para resumir, é mais um jogador para assustar as defesas. Pode pontuar em três níveis e coloca pressão em velocidade. Contanto que a gente consiga criar espaço para que opere ou seja acionado em movimento, ele vai ser ótimo. Isso foi só o início, pois ainda está em restrição de minutos. Mas, quanto mais recuperar a confiança, mais vamos dar-lhe a bola”, garantiu o futuro integrante do Hall da Fama.
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