Miami Heat sonhou com armador e deixou elenco enfraquecido

Time da Flórida não fez grandes contratações para a nova temporada da NBA

Miami Heat armador elenco Fonte: Sam Navarro / AFP

A temporada 2023/24 da NBA começa no próximo dia 24 e, hoje, vamos falar sobre a previsão do Miami Heat, que sonhou com o armador Damian Lillard e pouco reforçou seu elenco. O time da Flórida, entretanto, não foi ativo no mercado e ainda perdeu peças importantes na agência livre. Ou seja, apesar do vice na última campanha, o Heat chega com um grupo menos forte comparando ao resto da liga.

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Mas é bom dizer que a temporada regular do Miami Heat não é exatamente a praia do atual elenco. Vale lembrar que a equipe foi às finais da NBA após passar pelo play-in. Não, o Heat não era um time de repescagem, mas levou “de barriga” durante boa parte da primeira fase e, assim, caiu na classificação. Agora, não existe muita margem para isso e a equipe deverá encarar cada jogo como decisivo.

Isso porque o elenco simplesmente não é dos melhores. Ao menos, nome por nome. Claro que existe um Jimmy Butler louco por um título, mas sua “chave” vira apenas nos playoffs. Será que ele tem o mesmo ânimo para cumprir os 82 jogos da mesma forma? Mas mais que isso. Ele tem físico para suportar?

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Outro exemplo disso foi Kyle Lowry, que fez uma temporada regular medonha. Só que nos playoffs, o veterano armador comandou o Miami Heat como nos tempos em que fazia parte do elenco do Toronto Raptors.

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O grupo do Heat tem como destaques, além de Jimmy Butler, o pivô Bam Adebayo e o ala-armador Tyler Herro. No entanto, o time conseguiu a volta de Josh Richardson, que passou pelo San Antonio Spurs e New Orleans Pelicans recentemente. O pivô reserva Thomas Bryant chegou do Denver Nuggets, enquanto a direção optou por Jaime Jaquez no Draft. Ou seja, tirando eles, a base é praticamente a mesma da última temporada.

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O problema é que o Miami Heat ficou na espera pelo armador Damian Lillard por boa parte da agência livre e esqueceu de reforçar o elenco. Assim, ainda saíram Max Strus e Gabe Vincent, que foram titulares na última temporada. Portanto, o Heat não só não trouxe Lillard, como perdeu peças importantes.

O elenco

F/C 13 Adebayo, Bam 2.06 m 116 kg
C 31 Bryant, Thomas 2.08 m 112 kg
F 22 Butler, Jimmy 2.01 m 104 kg
F 8 Cain, Jamal (TW) 2.01 m 87 kg
G/F 20 Champagnie, Justin 2.01 m 93 kg
F/C 00 Diallo, Cheick 2.03 m 99 kg
G 4 Hampton, R.J. (TW) 1.93 m 79 kg
G 14 Herro, Tyler 1.96 m 88 kg
F 24 Highsmith, Haywood 1.96 m 100 kg
G/F 11 Jaquez, Jaime Jr. 2.01 m 102 kg
F 5 Jović, Nikola 2.08 m 93 kg
F/C 42 Love, Kevin 2.03 m 114 kg
G 7 Lowry, Kyle 1.83 m 89 kg
F 16 Martin, Caleb 1.96 m 93 kg
G/F 0 Richardson, Josh 1.98 m 91 kg
G/F 55 Robinson, Duncan 2.01 m 98 kg
F/C 25 Robinson, Orlando 2.08 m 107 kg
G 9 Smith, Dru (TW) 1.91 m 92 kg
F 21 Swider, Cole 2.06 m 100 kg

Movimentações na offseason

Chegaram: Cole Swider, Josh Richardson, Jaime Jaquez, RJ Hampton, Cheick Diallo, Justin Champagnie, Thomas Bryant
Saíram: Gabe Vincent, Max Strus, Jamaree Bouyea, Udonis Haslem, Dewayne Dedmon, Victor Oladipo, Omer Yurtseven, Cody Zeller

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O técnico

Se o Miami Heat tem Jimmy Butler como destaque em quadra, Erik Spoelstra faz o mesmo fora dela. Ele vai para a sua décima sexta temporada no comando da equipe e tem dois títulos e seis finais da NBA em seu currículo. Ah, e ele era assistente no primeiro campeonato que o Heat venceu, em 2005/06. Spoelstra é um vencedor e um dos melhores técnicos da NBA na atualidade. Portanto, ele faz a diferença, mesmo com um elenco não tão forte como outros na liga.

Para ter uma ideia, Spoelstra consegue tirar o melhor de jogadores comuns ou abaixo da média. Por mais que Caleb Martin, Max Strus e Gabe Vincent tenham seus valores, foi com o treinador que eles ganharam espaço e relevância na liga. Não por menos, os últimos dois vão receber em 2023/24 cerca de o triplo do que acumularam em toda a carreira. Ou seja, a valorização que ambos tiveram partiram de suas performances sob o comando do técnico.

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Mas para a nova temporada, Spoelstra sabe que terá de “tirar leite de pedra” mais uma vez.

O perímetro

É óbvio que o Miami Heat tentou a troca pelo armador Damian Lillard, o que melhoraria muito seu elenco. Não conseguiu. Talvez, por conta de pressão do agente do jogador, mas o fato é que o time não vai contar com o atleta. Agora, a equipe terá mais uma vez Jimmy Butler, Kyle Lowry e Tyler Herro no perímetro. Enquanto isso, Duncan Robinson, Josh Richardson, Caleb Martin e Jaime Jaquez serão os complementos.

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Não é ruim, mas também não é perfeito. Herro e Robinson são abaixo da média na defesa, mas podem contribuir com arremessos de longa distância. Richardson chega para fazer diversas funções e pode, inclusive, ajudar na organização ofensiva.

Mas o dono do time é mesmo Butler. Apesar de ele ainda não ter um título na carreira, o ala já chegou perto duas vezes. As duas, em Miami.

Um dos problemas da equipe está justamente no perímetro. As bolas de três simplesmente não caíram durante a última temporada, tendo apenas a vigésima sétima posição em aproveitamento. Além disso, o Heat foi o que menos pontuou de forma geral em toda a NBA.

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A defesa, por outro lado, ajudou. Enquanto o ataque pouco produzia, Miami sofreu 109.8 pontos, a segunda melhor marca da liga.

O garrafão

Bam Adebayo é muito subestimado, mas ele é um só. Defensivamente, o pivô é perfeito. Não comete muitas faltas, faz ótimas coberturas e sabe defender praticamente qualquer posição. No entanto, seus números não são tão impressionantes, o que fazem com que ele não tenha “tanto valor”.

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Grande bobagem.

Adebayo é perfeito para o que o Miami Heat precisa, além do fato de saber pontuar diante pivôs mais altos e mais fortes e ainda consegue passar bem a bola. Ele só não é um cestinha de fato porque o jogo está cada vez mais no perímetro e existem caras como Butler e Herro. Mesmo assim, ele produziu 20.4 pontos, 9.2 rebotes e 3.2 assistências.

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Ao seu lado estará o veterano Kevin Love, que joga aberto no ataque, mas ainda é bom nos rebotes. Love ainda sabe dar passes longos, o que facilita a vida dos jogadores de velocidade. Ou seja, em transição, o ala-pivô auxilia o ataque com cerca de duas assistências por jogo. Quase sempre da mesma forma.

Para o banco, o Heat tem Thomas Bryant, que pode atuar ao lado de Adebayo em formações mais altas. Bryant é bom, tem talento para jogar de costas para a cesta e vem aprimorando o arremesso de longa distância. Na última temporada, por exemplo, ele converteu 44.4% das tentativas.

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Análise geral

Quando o time vem para o Media Day e o grande destaque é o seu melhor jogador mostrando um cabelo emo, é porque tem algo errado. Muito errado. O Miami Heat gastou toda a sua energia em cima de um armador que não veio e o elenco ficou mais fraco. O ponto é esse. O time não conseguiu o que queria e ainda perdeu peças importantes.

Claro, Erik Spoelstra é incrível, faz milagres com o grupo, mas não é todo dia que a coisa funciona. O Heat foi um desastre na agência livre, mas ninguém fala muito sobre porque Spoelstra sabe fazer a diferença.

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Só que é bom olhar para os lados, pois Boston Celtics e Milwaukee Bucks, que já eram os principais candidatos no último ano, estão ainda melhores. É bem verdade que o Heat bateu ambos nos playoffs, mas a temporada regular está em jogo. Enquanto o Philadelphia 76ers está em um momento de espera pela troca de James Harden, o Cleveland Cavaliers está mais forte e o mesmo se aplica ao New York Knicks.

Profundidade. Talvez seja a palavra mais lida sobre os elencos da NBA, mas é algo que o Heat, apesar de tudo, ainda tem. Não é perfeita, mas possui jogadores no banco que podem ajudar.

Existe a preocupação quanto ao que a direção não fez, mas a aposta é tentar ir pelo mesmo caminho da temporada anterior. O ponto é: e se não for suficiente na fase regular, como faz? Não dá para depender de repescagem e quase fazer milagre. Tem que ser melhor e contar que seus jogadores não se machuquem.

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