Balanço da agência livre da NBA: Confira a avaliação dos times após o mercado (Parte final)

Confira com o Jumper Brasil avaliações dos times após a agência livre da NBA

agência livre nba times Fonte: Barry Gossage / AFP

Hoje, chegamos ao fim de nossa avaliação dos times na agência livre da NBA. A primeira parte trouxe as equipes envolvidas na loteria do Draft, enquanto a segunda teve a participação daquelas que ficaram, no máximo, na primeira rodada dos playoffs. Agora, é da turma do topo de 2022/23. Veja como ficou:

Dividimos os 30 times em cinco notas:

A: Excelente
B: Bom
C: Regular
D: Ruim
F: Péssimo

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Denver Nuggets (D)

O bom: Trabalho para obter escolhas no Draft

O Denver Nuggets foi um dos times que mais sentiu o peso do novo CBA em relação ao período da agência livre da NBA. E foi, por saber disso, que a nota dos campeões não é pior. A equipe comandada pelo GM Calvin Booth sabia que haveria muita dificuldade para renovar o núcleo completo, antes mesmo do título. O time fez várias trocas por escolhas de recrutamento e conseguiu alguns calouros mais velhos para ajudarem na profundidade perdida. Bem ao estilo da escolha de Christian Braun, há um ano.

A equipe foi ágil e conseguiu três escolhas dentro do top 40. Ainda assim, Denver só não está em situação pior por ter conseguido esses calouros. Hunter Tyson, sobretudo, foi muito bem na Summer League e ele foi a mais baixa das escolhas (37). Não que isso vá substituir, necessariamente, as perdas, mas é uma boa maneira de, pelo menos, trabalhar com as possibilidades que tem. Os outros são Julian Strawther (29) e Jalen Pickett (32).

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O ruim: Perda de jogadores importantes da rotação, como Bruce Brown

O prejuízo do Nuggets foi um dos maiores entre todos os times na agência livre da NBA. As perdas de Bruce Brown e Jeff Green são devastadoras. Afinal, este já era um time menos profundo do que se dava conta em 2022/23. E podia ser, justamente porque Brown preenchia todos os buracos vindo do banco. Pressão no aro, defesa de três a quatro posições, até sendo armador reserva de Jamal Murray em alguns momentos.

A situação era dramática mesmo, mas o Indiana Pacers soube aproveitar a oportunidade que o novo acordo de trabalho e ficou com ele. Enquanto isso, Jeff Green entra em uma parte inesperada das perdas. Os campeões, em geral, se valorizam mesmo no mercado seguinte, mas quem podia esperar que ele recebesse US$8 milhões do Houston Rockets para 2023/24? Denver vai ter que garimpar dentro de seu próprio grupo, tendando encontrar respostas para as duas saídas.

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Análise final

O quinteto titular do Nuggets é o melhor e mais encaixado de toda a NBA. O melhor jogador do mundo também está lá. Não dá pra descartar, mas não está sobrando, como em 2022/23, desde o começo da fase regular. O elenco vai depender de um crescimento de jogadores que já estão lá, afinal. Nomes como Peyton Watson, Reggie Jackson, Vlatko Cancar, Justin Holiday, além de alguns calouros. Isso pode ser suficiente, mas existem mais buracos para defender seu troféu.

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Em 2023/24: Briga pelo título.

Miami Heat (C)

O bomi: Chegada de Josh Richardson faz muito sentido, especialmente se Lillard chegar

A corrida dos playoffs, com grande participação dos coadjuvantes, valorizou vários nomes no mercado do Heat. Max Strus e Gabe Vincent, por exemplo, foram titulares e deixaram o campeão do Leste. Mas a chegada de Josh Richardson em um dos times com melhor cultura defensiva da NBA é muito subestimada nesta agência livre até aqui. Especialmente em New Orleansm durante 2022/23, o ala voltou a demonstrar sua alta capacidade defensiva. E o upgrade do jogador que chegou ao Heat através do Draft em 2015, vem no arremesso. Ele converteu 38.4% do perímetro pelo Pelicans, além de 41.5% em três pontos, na campanha anterior.

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Se sua contribuição for deste nível dos dois lados da bola, enquanto cerca e se aproveita da gravidade que Damian Lillard (se…), Jimmy Butler e Bam Adebayo vão gerar, o céu é o limite. Nota também para a boa escolha de Jaime Jacquez Jr no recrutamento. O calouro e suas qualidades fazem muito sentido com a franquia, mas ele pode não estar lá amanhã, já que é uma das moedas de troca no caso Lillard.

O ruim: Inabilidade para fechar a troca por Damian Lillard

Pat Riley é um nome histórico para a franquia e para a história da NBA. Todo mundo sabe disso, mas parece não ser o bastante para conseguir a negociação. Ao menos, por enquanto. O Portland Trail Blazers faz jogo duro e o pacote do Heat não é tão interessante assim para a equipe. Mas o maior problema mora no histórico. A offseason de 2022 foi o grande ponto de partida para todas as críticas que o time sofreu. Afinal, Donovan Mitchell e Kevin Durant, alvos da franquia, não vieram, e foram para outros destinos.

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O mesmo aconteceu, lá na trade deadline de 2020/21, quando não fechou com um nome que até viria depois, Kyle Lowry. A franquia se contentou com um acordo por Victor Oladipo na ocasião. A equipe tem falhado constantemente nas grandes novelas que se envolve nos últimos anos. Um final onde Lillard nunca chega ao Heat parece impossível, mas tendo em vista o que aconteceu antes, e o quão a negociação está travada, não seria uma novidade. Riley precisa ser agressivo e enfático. Enquanto o Heat perde tempo, quase todos os outros times que vão competir pelo título já estão prontos.

Análise final

O encaixe com Lillard é perfeito, mas depois de tanta demora, o caminho único é o de espera e negociação. Ou seja, mesmo com todo o tempo que levou, encontrar essa troca deve colocar a franquia na melhor posição possível para ganhar o quarto título. Mas tem uma falha aqui, que pode acabar com a janela de oportunidade do Miami Heat. O mercado já não tem peças de tanta qualidade para substituir Strus e Vincent. Mas tudo piora por conta do novo CBA.

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Em 2023/24: Com Lillard, briga pelo título. Sem ele, time arrumadinho que não vai chegar lá

Los Angeles Lakers (B)

O bom: Sem necessidade de chamar atenção, o entorno foi muito bem montado

Mudar demais, especialmente por nome, foi um grande problema dos últimos times que o Los Angeles Lakers montou através da agência livre da NBA. De antemão, o mercado da equipe fica cada vez melhor, já que não abraçou os rumores. Gabe Vincent é um armador perfeito para jogar ao lado de LeBron James. Sua capacidade nos dois lados da quadra e de ser efetivo sem bola, faz pensar que ele será o titular da equipe. Ao menos, quem fecha os jogos.

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Taurean Prince também é um ala que preenche muito a necessidade de um corpo maior, que jogue com eficiência fora da bola na função. A renovação de Austin Reaves, foi mágica, especialmente pela diferença de valor que se especulava. O time vai pagar US$56 milhões por quatro anos. As extensões com Rui Hachimura, Russell, e ter exercido a opção de equipe por Jarred Vanderbilt, valorizam o núcleo que colocou o time nos trilhos em 2022/23. Isso valia mais do que tentar adicionar um nome como Kyrie Irving, por exemplo.

O ruim: O plano de voltar a utilizar dois pivôs no quinteto titular

De acordo com Jovan Buha, do portal The Athletic, a equipe poderia voltar ao plano que trouxe um título em 2019/20, com escalações de Anthony Davis ao lado de outro pivô. É óbvio que você pode ter essa variação, mas com uma rotação de alas tão vasta, com LeBron James, Hachimura, Prince e Vanderbilt, não parece tão interessante para começar os jogos. Ainda mais quando se tem Jaxson Hayes como principal opção no elenco. Eventualmente, até Christian Wood como nome mais forte restante do mercado em 2023.

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Há vários problemas na questão. LeBron se tornaria o único ala de fato nesses minutos, forçando o veterano a marcar o melhor ala adversário. Não é o ideal quando pensamos que seu papel ofensivo é alto, em seu 21° ano na liga. Assim, você perde espaçamento e não tem um defensor versátil, além de Anthony Davis. Enquanto o Lakers fez grandes movimentos na agência livre, outros times que brigam pelo título da NBA não tiveram um período de contratações tão bom. Então, o “normal” seria aproveitar o melhor de cada atleta que recebeu.

Análise final

LeBron James e Anthony Davis podem liderar um time ao título com um bom elenco, cheio de opções e de profundidade. Mas a pergunta é se eles estarão saudáveis o ano todo, o que não acontece desde que foram campeões em 2019/20. James não parece desacelerar, apesar de já não ser o melhor do mundo. Seu impacto jogando “baleado”, nos playoffs de 2023, foi memorável. Para a franquia de 17 títulos da NBA, tudo parece depender da saúde de seus melhores jogadores.

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Em 2023/24: Briga por título

Boston Celtics (C)

O bom: Ignorar rumores de troca sobre Jaylen Brown

Apesar de quase conseguir virar sobre o Miami Heat, o sentimento de melancolia foi real para o Boston Celtics. A frustração foi grande e Jaylen Brown foi o centro dela. Mas não precisa ser um gênio pra dizer que a única decisão possível era pagar o que ala pedia. Afinal, Damian Lillard não quer Boston. Não há um outro nome no mercado melhor que Brown. Sem sua renovação, perderia o jogador de graça no próximo ano. E com o novo acordo de trabalho, não haveria espaço para uma outra grande adição na agência livre da NBA para um dos times que brigam pelo título.

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Não dá para cravar que Brown valia os US$304 milhões por cinco anos. Mas se você acompanha a NBA há mais tempo, sabe que acima da qualidade real dos jogadores, os contratos máximos tem outros gatilhos muito mais contextuais. Por fim, calhou que sua extensão, caiu em um momento de viés de alta econômico para a liga e que não havia muito o que fazer aqui. O verdadeiro All In já tinha sido feito na troca por Kristaps Porzingis. Na pior das hipóteses, são três jogadores, abaixo de 30 anos, entrando no auge de suas carreiras. Então, é bom observar se Jayson Tatum, Brown e Porzingis conseguem guiar o time ao título.

O ruim: Obter Porzingis é ótimo, mas perder Smart vai gerar mais cobertores curtos

Se a primeira troca de Porzingis tivesse sido fechada, Boston eventualmente ganharia uma quase nota máxima aqui. Apesar de entender os benefícios que o letão gera, que diga-se, vem da melhor temporada da carreira na liga, trocar Marcus Smart é uma aposta que pode ser alta demais para a franquia. Ele tinha, em Boston, a liderança vocal, já foi defensor do ano e é muito bom facilitador. Boston perde em quase todas as frentes sem o líder recente.

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Há possíveis substituições no elenco, mas Derrick White nunca foi um armador principal. Mas a bola deve seguir nas mãos de Tatum e Brown. Eles estão prontos para isso, em termos de construção? Difícil dizer, mas terá de ser assim. Porzingis é um cara de 20 pontos, que vai ampliar muito as opções em quadra e aliviar o fardo de pontuação das estrelas. Ainda assim, o grande problema deste ataque era o fluxo da bola. Como construir e cometer menos desperdícios? Nisso, o Celtics perde sem Marcus Smart.

Análise final

A leitura de que Boston precisava mudar algumas coisas e chacoalhar o elenco, é válida. Mas tudo isso não alterou o status da franquia. O Celtics tem mais talento e menos profundidade no perímetro. Existem mais cobertores curtos, mas com soluções mais claras para como pontuar e como proteger o aro em grandes escalas. Dentro desse maior desequilíbrio, a pergunta é se um time campeão pode surgir. E após a renovação de Brown (Tatum é o próximo), Boston está atado ao trio que se formou.

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Em 2023/24: Briga por título

Philadelphia 76ers (F)

O bom: Demissão de Doc Rivers e chegadas de Nick Nurse e Patrick Beverley

É muito difícil falar bem do Philadelphia 76ers nesse momento. Afinal, é o único time com a a pior nota possível nesta avaliação. Uma das raras coisas positivas pode ser a contratação de Patrick Beverley. PJ Tucker, por exemplo, fez muito bem ao Sixers em 2022/23. Então, ter mais um jogador com essa mentalidade de liderança, pode fazer bem. Ainda mais com tudo o que se viu nesta agência livre de 2023, poucos times precisam de uma maior sensação de unidade do que a franquia na NBA. E Beverley defende muito bem, como a passagem por Chicago demonstrou.

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É verdade que Doc Rivers nem fez um trabalho tão ruim assim na última campanha. Mas o roteiro de derrota vexatória em um jogo sete, após ter vantagem em uma série, o persegue. O tempo de Nick Nurse em Toronto tinha acabado, mas não só por questões na quadra. No entanto, ele ainda é um dos melhores e mais criativos técnicos dentro da NBA. Mas também é simbólico que a franquia possa ter encontrado um grande técnico desde que “O Processo” foi instaurado, quando o fim da linha parece chegar para as lideranças.

O ruim: Além de estar perto de perder Harden, agência livre fez quase zero sentido

A offseason foi um desastre. Sem escolhas no Draft, o time perdeu peças importantes como Georges Niang e Jalen McDaniels. Movimentos sem sentido, como a chegada de Mo Bamba e renovação de Montrezl Harrell. Por fim, a extensão de Paul Reed, foi terrível por conta das futuras multas. Além de ser mais um jogador para um garrafão “lotado”.

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Para finalizar, Sam Amick do portal The Athletic, citou que houve uma grande participação da franquia no pedido de troca de James Harden. Com tantas mudanças e a dependência do retorno de uma troca (com o Los Angeles Clippers), diz muito sobre o que está acontecendo. As declarações de Joel Embiid ainda colocam mais fumaça em uma equipe que passa a sensação de estar se aproximando de uma nova reconstrução.

Análise final

Apesar de ter tido estrelas como James Harden, Jimmy Butler, Ben Simmons, é apenas frustrante que o 76ers esteja neste looping de eliminações na segunda rodada desde 2018. E o mais desesperador é que este pode ser o melhor cenário possível para 2023/24. A equipe vai precisar de muita criatividade para conseguir tirar uma outra janela de título com Joel Embiid. A cada dia, a derrota para o Boston Celtics parece o fim da linha para as esperanças da franquia em curto prazo. A questão parece ser quando a grande bomba (Embiid) vai estourar.

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Em 2023/24: Time arrumadinho, que não vai chegar lá

New York Knicks (B)

O bom: Passo além da perna era tentador, mas paciência segue

É verdade que o New York Knicks poderia tentar receber uma estrela para 2023/24. É verdade, também, que a diretoria deseja isso. Afinal, é só lembrar que foi um dos times citados como interessados em James Harden quando pediu uma troca, um dia antes da abertura da agência livre da NBA. Mas a paciência já manda há muito tempo na franquia. Mais precisamente, desde que o fracasso na tentativa de obter Kevin Durant, Kyrie Irving e Zion Williamson, aconteceu em 2019. E o Knicks é um exemplo claro de como a megalomania pode atrapalhar as vantagens de um mercado tão grande.

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Donte DiVincenzo é a única grande novidade em um plano que pode não estar prezando um último passo para o título ainda. Mas que, certamente, vislumbra que o time se mantenha atrativo aos grandes nomes quando a hora chegar. É certo que, quando o próximo grande astro da NBA estiver insatisfeito, New York estará na briga por ele. Ainda não era Harden em 2023, mas pode ser Joel Embiid, Donovan Mitchell ou, eventualmente, Giannis Antetokounmpo em um sonho mais distante. O Knicks quer estar pronto para ser agressivo na hora certa. E está competindo com força por agora.

O ruim: Reposição de Julius Randle e falta de arremessadores

Donte DiVincenzo foi um grande reforço, que acertou 39.7% no perímetro em 2022/23 pelo Golden State Warriors. Ele é um defensor inteligente, o que garante seus minutos com Tom Thibodeau. Mas a saída de Obi Toppin é importante. O ataque do time, baseado em isolações, funciona muito bem na fase regular, mas se mostra pouco útil nos playoffs. Julius Randle representa como ninguém esta dubiedade ofensiva, mas não terá um substituto de sua posição na rotação.

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O time pode ser baixo demais em alguns momentos, por mais que Josh Hart e RJ Barrett possam fazer a função de ala-pivô em momentos específicos. Pensar em um momento onde Randle é desfalque, pode tornar a equipe um pouco desequilibrada nesse sentido. Nos playoffs, ninguém do time arremessou para mais do que 33% no perímetro. E DiVincenzo, apesar de bom arremessador, não é um especialista. Existem buracos que ainda não foram tapados, apesar de o time ter vagas regulares abertas no elenco.

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Análise final

É um time bem parecido com o que chegou a segunda rodada em 2022/23. O título não virá agora, mas a sensação de estabilidade que o New York Knicks passa no momento, é quase que inédita. A franquia está se posicionando para algo grande e maior para os próximos anos. Apesar de defeitos, está na clássica posição de adicionar uma peça final para acender ao maior nível. Times que estão em mercados gigantescos como o Knicks, não costumam ficar nesta posição sem recompensa por muito tempo.

Em 2023/24: Falta a cereja do bolo, mas, podem chegar lá

Phoenix Suns (B)

O bom: Além de Bradley Beal, time trabalhou bem dentro das possibilidades

Conseguir obter Bradley Beal por um preço não muito caro e adicionar a Devin Booker e Kevin Durant, por si só, garante uma nota alta para o Phoenix Suns. Mas é justo dizer que o time trabalhou bem dentro de uma realidade onde só o mínimo de veteranos estava disponível para montar todo o entorno. Além da negociação pelo antigo ala-armador de Washington Wizards, veio a renovação de Josh Okogie, que se redescobriu em Phoenix em 2022/23. A contratação de Eric Gordon também é enorme. O veterano acertou 42.3% do perímetro durante sua passagem pelo Los Angeles Clippers, é bom facilitador em um time que precisa de construção.

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Um negócio interessante, também, foi a contratação de Keita Bates-Diop. O ala estava bem escondido no San Antonio Spurs nos últimos anos, mas pode fornecer boa defesa, cortes para cesta e tamanho para uma equipe que precisa tanto de tudo isso. O encaixe de Beal pode ser um problema. No entanto, com três jogadores que podem fazer 25 pontos por noite, arremessadores ao redor, parece realmente muito bom. No fim, é um movimento que você faz, uma oportunidade única.

O ruim: Falta de um armador principal em time pouco disciplinado

As grandes questões seguem do lado defensivo, mas também existe a falta de um armador principal relevante. Mas tem um detalhe: dentro do que o Suns poderia fazer na agência livre da NBA, outros times foram implacáveis na contratação para a posição. Phoenix parece estar contente com o que possui, com grandes facilitadores, A questão é se isso será o suficiente. Principalmente, quando se sai de baixo das asas de um dos melhores e mais eficientes construtores da história da NBA.

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Phoenix já terá que exigir o melhor de suas estrelas dos dois lados da quadra em todos os jogos, já que não há defensores em abundância. Não ter um armador principal como uma alternativa, leva tudo ao limite. Foi o que aconteceu na série contra o Denver Nuggets, que apesar de seis jogos, viu o Suns se esgotar para igualar todas as pequenas coisas, mesmo que seu super ataque estivesse produzindo.

Análise final

Não sei se estamos falando do futuro dos supertimes, até porque mais dois podem se formar em Miami e Los Angeles. Mas é certo que Phoenix escolheu um caminho não convencional em 2023. Muito ataque, pouca defesa, muito limite e pouca organização. O que será Deandre Ayton aqui? Tem talento de sobra, mas faltam algumas. A NBA é a liga das estrelas e se seu time tem o tipo de peça que o Suns tem, você provavelmente vai brigar pelo título, mesmo que os problemas digam o contrário. Mas a pergunta é se este elenco conseguirá cumprir todos os pré-requisitos árduos que um time campeão precisa.

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Em 2023/24: Briga por título

Golden State Warriors (B)

O bom: Adições fazem sentido com o estilo de jogo da franquia

Difícil discutir que alguma coisa nesta agência livre da NBA foi tão surpreendente como Chris Paul se juntando ao Golden State Warriors, em meio a vários outros times interessados. Mas  a troca parece interessante e promissora a cada dia. O sistema ofensivo do Warriors prega coisas que idealizaram a carreira de Paul, como inteligência, movimentação, construção e fluidez. O que uma das maiores mentes do jogo atual pode fazer em um cenário de tanto espaço que a equipe vai fornecer, é uma coisa de maluco. Mesmo com um papel menor, com declínio em minutos pesados, é algo muito positivo.

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Dario Saric é outro movimento excelente. Não que ele vá impactar todos os jogos, mas ele tem questões defensivas também. A presença de um cara grande que espace a quadra e tenha visão de jogo para momentos específicos, é uma variação que funciona muito bem por lá. Brandin Podziemski também é uma escolha de Draft que faz sentido com o que a franquia gosta.

O ruim: Equipe é ainda mais baixa e falta de flexibilidade no mercado começa a cobrar

A saída de Jordan Poole ajuda quando falamos de finanças, mas ajuda a explicar a chegada de Chris Paul. Com um clima de vestiário quebrado e os US$128 milhões por quatro anos, a troca já faz sentido. E se você pensar bem, Golden State ganha em todos os quesitos com Paul ao invés de Poole, exceto na pontuação. Mas os agentes livres não estão vindo pelo mínimo de veteranos e o time não tem acesso ao contrato mid level, já que é a equipe que mais gasta com impostos por exceder o teto salarial. O alívio financeiro existe a longo prazo sem Poole, mas não o suficiente pra tornar o Warriors flexível.

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A saída de Otto Porter já tinha causado este impacto, mas sem DiVincenzo, torna o Golden State um dos times mais baixos da NBA, após a agência livre. Ainda mais quando as reposições vieram de armadores em geral, como Paul ou Cory Joseph. A falta de um ala de ofício, mais versátil, foi sentida na última campanha. A equipe precisa de uma peça como Porter novamente, mas o mercado secou e só o mínimo de veteranos vale. Responsabilidade mais real do que nunca, para os crescimentos de Jonathan Kuminga e Moses Moody.

Análise final

A derrota para o Los Angeles Lakers, e especialmente, para o maior rival desta dinastia (LeBron James), levou a discursos de que o Golden State Warriors estava acabado. A questão é se só o clima mais ameno do vestiário, o trio (Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green), além do impacto incerto de Chris Paul, ainda podem resultar em um novo título. Mas o Warriors sai atrás de elencos muito profundos e existe a dependência de seus grandes jogadores que estão na faixa dos 35 anos. Nunca é bom duvidar, mas eles parecem mais mortais agora. No entanto, quem tem Stephen Curry, sempre pode sonhar.

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Em 2023/24: Briga por título

Leia mais!

Milwaukee Bucks (C)

O bom: Renovações de Khris Middleton e Brook Lopez

A decepção de cair na primeira rodada dos playoffs, quando muitos apontavam o Milwaukee Bucks como grande favorito, “derrubou” Mike Budenholzer. De fato, foi necessário. Budenholzer é um ótimo técnico e tornou a franquia foi a mais regular da NBA desde que ele chegou. Mas sua inabilidade em se ajustar quando seus times estão “derretendo”, impediu Milwaukee de vencer mais um campeonato no período, além de 2021. Adrian Griffin trabalhou com ótimos treinadores dos dois lados da quadra e vem para seu primeiro trabalho na liga para acertar os detalhes de um time que sofre mais apagões do que deveria.

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E tudo passava pela extensão de Khris Middleton e pela vitória sobre a forte concorrência que a franquia sofreu para ficar com Brook Lopez. O núcleo já provou que pode ser campeão, mas as lesões atrapalharam nas últimas duas temporadas. Visto o que o mercado oferecia de possibilidade (interesse em Bradley Beal), não havia margem de melhora, além do que renovar com dois dos melhores escudeiros de Giannis. Uma surpresa foi a extensão de Jae Crowder, que acabou muito ligada pela troca de comando, já que o versátil ala estava bem insatisfeito com seu papel na última campanha.

O ruim: Elenco mudou pouco, talvez para pior

Não dava para ficar com todo mundo, mas alguns nomes importantes deixaram um dos times mais profundos da NBA na agência livre. Jevon Carter se destaca aqui. O armador teve destaque durante a temporada passada, especialmente por se encaixar muito bem em todos os contextos fora da bola. Um dos grandes questionamentos sobre a franquia nos playoffs foi justamente sobre Carter ter tido papel tão pequeno ali. Atuando em quatro dos cinco jogos e por apenas 12 minutos de média, enquanto o Miami Heat pegava fogo nas bolas de três. E o pior é que, além disso, o Bucks não trouxe um armador para pegar os minutos que Jrue Holiday descansa.

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Não que perder Goran Dragic seja grande coisa hoje, mas não conseguir nenhuma peça para recompor esse buraco, apesar de bons facilitadores, é um problema. Alas com minutos relevantes, como Joe Ingles e Wesley Matthews, também deixaram a equipe. Para repor, um antigo líder de vestiário, mas com pouca influência em quadra com Robin Lopez, além de Malik Beasley. Espere um papel maior para alguns nomes que já estavam no time, como Marjon Beachaump e, talvez, o calouro Andre Jackson Jr.

Análise final

As lesões jogaram contra, especialmente na queda para o Boston Celtics em 2021/22. Apesar de dois jogos em que Giaanis Antetokounmpo não atuou, a sensação que ficou é que Milwaukee tinha o talento e a profundidade necessária para avançar em 2022/23. O fato de o Heat chegar às finais, fez com que a queda não envelhecesse tão mal, mas a próxima temporada será de muita pressão. O Bucks precisará dar tudo o que tem para que se justifique a permanência do grupo e que Antetokounmpo se mantenha satisfeito.

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Em 2023/24: Briga por título

Memphis Grizzlies (B)

O bom: Aproveitando o desespero de Boston para lucrar

O Memphis Grizzlies é um dos times que tem tido um padrão de negócio dentro da agência livre da NBA. A prioridade é o desenvolvimento de jovens. Foi nessa que Jonas Valanciunas e Jae Crowder foram trocados nos últimos anos. E enfim, a franquia deu o próximo passo, um grande movimento buscando vencer agora. Se meter em uma troca em que nem estava envolvido algumas horas antes é de uma sagacidade enorme para os negócios. Apesar de perder Tyus Jones, a chegada de Marcus Smart casa perfeitamente com o que o time e a franquia pensam sobre basquete.

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Ter o núcleo de Ja Morant, Marcus Smart, Desmond Bane e  Jaren Jackson Jr, é fantástico sobre várias frentes e esbanja versatilidade. A equipe ainda tem maleabilidade para nutrir peças que complementem esta equipe, enquanto o Boston Celtics aparentou a pressa que, afinal, era necessária. Memphis pareceu se envolver, como quem não quer nada, em um grande acordo. Agora, conta com os dois últimos defensores do ano, dois jogadores em acordos máximos de calouros e muitos outros jovens talentosos.

O ruim: Perder Tyus Jones e repor com Derrick Rose em 2023

Tyus Jones é um dos mais eficientes armadores ofensivos da NBA. Seu jogo é completo e eficiente quando estamos falando nesse sentido. Afinal, foi muito por ter um substituto como ele, que o Grizzlies teve ótimos números, mesmo quando Ja Morant se ausentou. Mas sim, a reposição seja Derrick Rose, hoje, não tem grande impacto positivo.

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Rose é uma presença veterana, um jogador que pode ajudar Morant a se encontrar fora da quadra. Mas hoje, ele não faz nada melhor do que Jones. O New York Knicks mal o utilizou em 2022/23, mesmo que o técnico Thibodeau, seja um grande fã de seu pupilo, desde os tempos de Chicago Bulls. Os primeiros 25 jogos em que Morant está suspenso podem ser meio assustadores e darão respostas, enquanto a profundidade de um time é testada. Memphis saiu do melhor armador reserva da NBA para um jogador que não está de forma consistente em quadra, desde que sua última lesão grave aconteceu, no começo de 2021/22.

Análise final

O Grizzlies é um dos times que tem mais provações a oferecer em 2023/24, e sua abordagem na agência livre da NBA, mostra que a franquia entende isso. Hora de sair do bolo de promessas e chegar chutando a porta dos favoritos. A saída do ineficiente ofensivamente Dillon Brooks será o suficiente? Ja Morant precisa provar que seu foco está dentro de quadra e não nas páginas policiais. A derrota para o Los Angeles Lakers na última temporada veio, enquanto seus jogadores provocavam. É hora de agir com maturidade para atingir o maior nível de vez. Os movimentos da franquia foram feitos para tal.

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Em 2023/24: Falta a cereja do bolo, mas podem chegar lá

Sumário das notas:

A: Indiana Pacers e San Antonio Spurs

B: Brooklyn Nets, Cleveland Cavaliers, Dallas Mavericks, Golden State Warriors, Houston Rockets, Los Angeles Lakers, Memphis Grizzlies, New York Knicks, Oklahoma City Thunder, Phoenix Suns, Portland Trail-Blazers, Utah Jazz, e por fim, Washington Wizards

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C: Atlanta Hawks, Boston Celtics, Detroit Pistons, Los Angeles Clippers, Miami Heat, Milwaukee Bucks, Minnesota Timberwolves, New Orleans Pelicans e por fim, Sacramento Kings

D: Charlotte Hornets, Chicago Bulls, Denver Nuggets, Orlando Magic e por fim, Toronto Raptors

F: Philadelphia 76ers

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