A vantagem de mando de quadra do Miami Heat na decisão do título da NBA durou muito pouco. O Denver Nuggets foi até a Flórida e venceu os donos da casa para, assim, retomar a liderança na série. Mas o resultado não foi o mais decepcionante para os locais. Vencer e perder faz parte do esporte, né? O craque Jimmy Butler ficou mais irritado, na verdade, com a postura do Heat no terceiro jogo das finais.
“Eu não sei o motivo, mas faltou energia em nossa atuação hoje. Não tenho como explicar. Voltamos para a casa com a série empatada, então a vantagem pode ter causado acomodação. Não sei o que foi, mas é inaceitável. Não pode acontecer. E tudo começa por mim. Afinal, se defender melhor e brigar, todos vão seguir a minha conduta”, desabafou o ala-armador, após a derrota por 109 a 94.
A falta de imposição física do Heat em quadra ficou demarcada, em particular, no garrafão. Os visitantes tiveram o controle da área pintada e, com isso, marcaram 26 pontos a mais ali. Pegaram, mais do que isso, absurdos 25 rebotes a mais do que a equipe de Miami. Essa é a maior diferença na tábua em um jogo de finais desde a fusão da ABA com a NBA, na década de 1970.
“Sinto que tudo o que erramos hoje é corrigível, antes de tudo, com uma atuação de mais energia e esforço. Não existe tática para mudar isso, pois é um problema dos jogadores. Precisamos, portanto, entrar em quadra com a mentalidade certa. Mergulhem em cada bola, peguem cada rebotes e, talvez, a próxima partida seja diferente”, apontou o veterano, cobrando um comportamento diferente.
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Identidade
Erik Spoelstra não criticou a equipe de forma tão taxativa, mas concordou com a visão de Jimmy Butler. O técnico viu um time que atuou com menos intensidade em relação ao segundo jogo, em particular. E, como resultado, toda a atuação do Heat foi impactada. Afinal, o próprio treinador reconhece que Miami sai do rumo quando se vê em desvantagem naquilo que mais valoriza.
“O jogo mais físico, o esforço e os rebotes são a nossa identidade enquanto time. Quando perdemos esse aspecto da partida, então, isso pode afetar tudo o mais. Mas isso não é uma desculpa. Pois já provamos que podemos vencer jogos das mais diferentes formas. E não importa, por exemplo, a nossa confiança ou se os arremessos estão caindo”, avaliou o experiente comandante.
Spoelstra acredita que a chave para mudar essa situação, então, é não se deixar levar por uma situação ruim. “Eu sinto que erramos alguns arremessos hoje que acertamos geralmente e, por isso, desanimamos um pouco. Mas nós temos essa determinação para impactar os jogos e, assim, achar diferentes soluções para vencer. É o que vamos fazer mais uma vez”, garantiu o técnico.
Fator Murray
Durante as finais, um dos caminhos do Heat para pontuar tem sido Jimmy Butler em modo de ataque contra Jamal Murray. O armador “pagou-se”, no entanto, com uma atuação ofensiva fantástica nessa quarta-feira. Ele registrou um triplo-duplo: foram 34 pontos, dez rebotes e dez assistências. Nikola Jokic também brilhou, mas Miami viu o seu colega como o maior fator para a derrota.
“Eu acho que Jamal começou a partida muito bem e, como resultado, o trabalho de Nikola ficou mais fácil. Esse cara realmente sabe jogar basquete e fazer de tudo. É bastante alto e forte, então vai ter noites em que vai fazer esses números ridículos. Não podemos deixar que Jamal seja tão agressivo e assertivo, pois ele ditou o ritmo deles”, alertou o veterano Kyle Lowry, depois do revés.
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