Boston Celtics e Los Angeles Lakers: 1, 2, 3, Cancún!

Maiores vencedores da NBA estão com um pé nas férias

Celtics Los Angeles Lakers Fonte: Harry How / AFP

Boston Celtics e Los Angeles Lakers são os maiores vencedores de todos os tempos na NBA. Cada um ganhou 17 títulos. Como as duas equipes chegaram às finais de Conferência, as expectativas por uma decisão entre elas só aumentou. Mas não será dessa vez. Celtics e Lakers perdem suas séries por 3 a 0 e, agora, se aproximam da despedida na temporada.

No entanto, é importante ressaltar um fato. Enquanto o Lakers deve sair de cabeça em pé, após uma grande recuperação durante a campanha, o Celtics passa vergonha. A equipe de Boston era uma das favoritas ao título e está próxima de cair após perder os dois primeiros jogos em casa. Mas a derrota por quase 30 pontos em Miami foi ainda mais vexatória.

É bom entender que Boston Celtics e Los Angeles Lakers estão em posição de brigarem pelo campeonato na próxima campanha. Mas desde que não façam besteiras na offseason. Os dois times não podem reagir tão bruscamente ao resultado. Claro que precisam melhorar, só que sem a ideia de irem para uma reformulação ou algo assim. Não tem que sair trocando escolhas de Draft no primeiro dia da agência livre.

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Mas é necessário que repensem alguns detalhes. E o primeiro deles, claro, está no comando.

Joe Mazzulla e Darvin Ham tomaram surras em suas séries. Enquanto Mazzulla viu Eric Spoelstra dar diversas lições na final do Leste, Ham tentou trocar o pneu com o carro andando. Os tais ajustes que se espera de um treinador jamais surtiram efeito nas finais de Conferência. Pelo menos, para ambos.

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Sejamos justos. Ham até não faz um trabalho tão ruim. Apenas, não faz parte da elite dos treinadores. Como o Lakers passou por diversas mudanças durante a temporada, ele precisou de mais tempo para ajustar a equipe. Malik Beasley, por exemplo, chegou como a solução para o volume nos arremessos de três. Foi titular logo depois da troca, mas desapareceu da rotação. Por outro lado, ele promoveu Austin Reaves ao quinteto inicial e o resultado foi muito positivo.

Mas estamos falando de um time que precisa ter o melhor técnico disponível no mercado. Até pela pressão de Los Angeles, não tem como ser diferente. E um treinador faz a diferença. Phil Jackson chegou ao Lakers com Shaquille O’Neal e Kobe Bryant e, de cara, ganhou três títulos consecutivos. Del Harris, seu antecessor, teve, basicamente, o mesmo elenco e nunca conseguiu dar aquele passo para ser campeão.

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Então, talvez, seja o momento de Ham até seguir na equipe, mas como assistente e a direção contrate alguém que consiga fazer o mesmo que Jackson. Depois, o atual treinador poderia retornar, com mais experiência. E, pelo que dizem, ele era um excelente assistente.

Agora, Mazzulla…

Ele é indefensável.

Um técnico que vê seu time “sangrando” e não pede tempo, não tem desculpa.

Na derrota para o Miami Heat, no terceiro jogo da série, ele viu Derrick White fazer cesta de três e o Celtics diminuir a diferença para sete. Então, Miami anotou 15 pontos em cerca de três minutos e, só ali, Mazzulla parou o jogo. A vantagem do Heat pulou para 14.

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Mas suas falhas apareceram ainda mais nos playoffs, como na semifinal do Leste, contra o Philadelphia 76ers. O Celtics podia pedir tempo para a última jogada na quarta partida, perdendo por um ponto. Entretanto, Mazzulla não quis desenhar o lance decisivo. Marcus Smart até acertou a cesta da vitória, mas o tempo havia acabado.

Após a derrota, ele admitiu que perdeu o vestiário. Gente… o que mais é necessário para resolver a situação logo?

Então, o que dizer de suas formações?

Dupla Horford e Williams é a solução

A dupla de caras grandes (Al Horford e Robert Williams) venceu 12 dos 14 jogos que atuaram juntos desde o início na temporada regular. Aí, pela primeira vez nos playoffs, o técnico resolveu colocar os dois na sexta partida da série contra o Sixers. James Harden não conseguiu pontuar no garrafão. Para o sétimo jogo, a mesma coisa. Agora, Joel Embiid, além de Harden, ficou completamente perdido por conta da marcação pesada.

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Veio o Miami Heat. E o que Mazzulla faz no primeiro jogo? Ele tirou Williams naquele fatídico terceiro quarto quando Boston perdia por cinco. Quando terminou aquele período, a diferença era de 12. Depois, ele retornou com o pivô no início dos 12 minutos finais. O Celtics cortou para cinco novamente. E o que o grande treinador fez? Sacou o jogador quando restavam oito minutos para acabar e não voltou mais.

Depois, na segunda partida, a mesma coisa. Williams estava em quadra quando o Celtics liderava por 93 a 87. Aliás, com a última cesta sendo do pivô. Na próxima parada técnica, ele tirou o jogador, que não voltou mais. O Heat venceu por 111 a 105.

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Por fim, para o jogo três, Mazzulla não quis começar com o pivô no time titular, colocando Derrick White em seu lugar. Mas que gênio, não? Ime Udoka deixou um bilhete quando saiu: “Não se esqueça de utilizar dois caras grandes, tá? A gente ganha é com eles em quadra”. Ele não deve ter lido, né?

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Na última temporada, quando Horford e Williams não jogaram juntos, o Celtics teve 12 vitórias e 13 derrotas. Mas quando estiveram no quinteto titular, foram 39 triunfos e perdeu 18. Ou seja, sem os dois, 48% de aproveitamento. Então, com eles, 68.4%.

Mas ele quer a sua própria identidade, né?

Contratos de Los Angeles Lakers e Boston Celtics

As duas equipes vão para a offseason com grandes problemas a serem resolvidos. Enquanto o Lakers precisa entender o que fazer com Austin Reaves, o Celtics tem que se cuidar para Jaylen Brown não pedir troca.

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Mas vamos na equipe de Los Angeles, primeiro.

Reaves é a grande preocupação. Por enquanto, o que se ouve no mercado é que ele tem potencial para receber propostas de US$80 milhões por quatro anos. Até US$100 milhões pelo mesmo período já apareceu em rumores.

Depois, tem D’Angelo Russell, inoperante na série contra o Denver Nuggets. Agente livre ao fim da temporada, Russell resolveu os problemas com os erros de ataque. Além de ser um bom arremessador, o armador realmente deu um novo sentido ao time. Só não funcionou nos playoffs, que é quando mais importa.

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Por fim, veja a lista dos outros agentes livres: Rui Hachimura, Lonnie Walker, Dennis Schroder, Wenyen Gabriel e Troy Brown. Jarred Vanderbilt e Mo Bamba, por outro lado, possuem contratos não garantidos. Já Malik Beasley tem uma team option de US$ 16.5 milhões. Ou seja, o Lakers terá de resolver tudo isso para seguir competitivo.

Já o Celtics, tem quase todo o elenco sob contrato. Grant Williams é agente livre, enquanto Jaylen Brown e Danilo Gallinari vão entrar no último ano.

Williams se colocou em risco ao provocar Jimmy Butler no segundo jogo das finais do Leste, mas é muito útil. Agora, Brown? Aí, sim, temos um problema.

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Jaylen Brown pode pedir troca?

Apesar de não ser o favorito da torcida em Boston, o astro atingiu a quarta temporada consecutiva acima de 20 pontos por jogo. Mas em 2022/23, ele foi além e produziu 26.6 pontos, 6.9 rebotes, além de um aproveitamento de 49.1% nos arremessos. Todos, são os melhores números da carreira. E ele tem apenas 26 anos, então pode evoluir ainda mais.

Sim, ele tem problemas no drible, especialmente dentro do garrafão, onde costuma cometer erros de ataque. Mas, ao mesmo tempo, ele teve o melhor aproveitamento em arremessos da média distância (54.2%), além de 73.7% perto da cesta. Apenas como comparação, LeBron James acertou 78.8% até um metro do aro, mas fez somente 34% do mid-range.

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Ou seja, Brown é realmente muito bom.

Só que, com Jayson Tatum ao seu lado, ele tem menos arremessos que poderia ter em um outro time. É bem verdade que no Celtics, os dois arriscam quase a mesma coisa, mas que ele teria muito mais fora de Boston, teria.

E tem o fator torcida, que costuma “passar pano” para os erros de Tatum e cobra mais dele.

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Na última offseason, por exemplo, Brown pensou realmente em pedir troca. Ele até curtiu uma publicação reclamando da diferença de tratamento dos fãs.

Então, uma eliminação nas finais do Leste pode fazer com que os rumores subam o volume. Recentemente, ele falou que jogaria onde fosse querido.

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Vamos aguardar.

Boston Celtics e Los Angeles Lakers vão “morrer abraçados”

Tudo bem. Não adianta pensar em viradas. Ninguém, na NBA, conseguiu uma perdendo por 3 a 0. Como citei no início, o que não pode é trabalhar na força do ódio em cima dos resultados. O tal do overreact por conta de eliminações já “custou a cabeça” de alguns treinadores e rumores de reformulações.

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Apenas nos playoffs, quatro técnicos caíram. Doc Rivers, Nick Nurse, Mike Budenholzer e Monty Williams deixaram seus cargos. Embora um ou outro fosse até normal, o fato é que eles são, em sua maioria, ótimos no que fazem. Rivers, tudo bem, não faz bons trabalhos há muito tempo. Mas todos já venceram o prêmio de melhor treinador.

Parece até hipocrisia da minha parte falar disso, enquanto peço as demissões de Ham e Mazzulla. Mas é que são situações diferentes.

Enquanto o Philadelphia 76ers demite Rivers, James Harden está com um pé no Houston Rockets e Joel Embiid começa a virar nome em rumores. Então, o que se fala por lá é a tal da reformulação.

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No Toronto Raptors, qualquer um que não atenda pelo nome de Scottie Barnes pode sair. O Milwaukee Bucks tem situação similar, mas com Giannis Antetokounmpo. E não é que o grego já está sendo monitorado?

Por fim, o Phoenix Suns deve trocar Chris Paul e Deandre Ayton.

Não são os casos de Boston Celtics e Los Angeles Lakers. Ninguém está falando em negociar LeBron James ou Jaylen Brown. Apesar de a equipe de Massachusetts precisar olhar Brown mais de perto, não tem nada de troca ali. Os dois precisam de um treinador melhor, apenas isso. E, claro, cuidar bem da offseason.

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Enquanto isso, 1, 2, 3, Cancún!

 

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