Poucas sensações são mais agridoces para um jogador da NBA do que fazer uma de suas melhores atuações e perder a partida. Foi o que aconteceu no Madison Square Garden nessa segunda-feira. Julius Randle bateu o seu recorde pessoal ao marcar 57 pontos, mas não evitou uma surpreendente derrota do New York Knicks contra o Minnesota Timberwolves. O clima foi de muita lamentação depois do jogo.
“É um lástima, antes de tudo, desperdiçar uma atuação como essa de Julius. Afinal, você não poderia pedir mais produção de um jogador. Mas nós fizemos uma partida muito desleixada e, como resultado, cometemos muito erros de ataque. Tudo o que precisávamos era fazer o mais simples. Temos que tomar melhores decisões em quadra”, desabafou o técnico Tom Thibodeau, após o revés por 140 a 134.
Randle foi dominante nos primeiros três quartos de uma partida com defesas muito “frouxas”. O Knicks, por outro lado, ficou a maior parte do jogo atrás no marcador. Foi graças aos 26 pontos do atleta só no terceiro período que os nova-iorquinos se colocaram a apenas um ponto do Timberwolves. A virada, no entanto, não veio e o grande feito individual acabou “manchado” pelo placar final.
“Julius jogou muito bem. Trouxe o time de volta para o jogo, pois fez uma atuação inacreditável. Temos que ser melhores enquanto time para ajudá-lo em uma noite assim. Deveríamos ter contribuído para que essa performance fosse algo especial. No entanto, quando você sofre uma derrota assim, isso simplesmente ‘extrai’ a alegria de tudo”, reconheceu o armador Jalen Brunson.
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História
Independentemente da derrota do Knicks, a grande performance de Julius Randle está marcada na história do Knicks. É a maior pontuação de um jogador do time, para começar, desde os 62 pontos do ídolo Carmelo Anthony contra o Charlotte Hornets, em 2014. Só o próprio Carmelo e Bernard King (1984) fizeram mais do que 57 pontos em um jogo na história da franquia.
“Esses caras são lendas do esporte, para começar. E pioneiros para essa franquia porque solidificaram a organização para que jogadores como eu pudessem estar aqui hoje. Se eu pratico o esporte que amo em Nova Iorque, então, é por causa desses craques. E é preciso entregar-se em quadra para vestir essa camisa com orgulho”, disse o ala-pivô, reverenciando a “companhia”.
Mas Randle reconhece que não consegue celebrar essa atuação, de fato. Tudo em que pensa, no fim das contas, é o placar do embate. “Sou uma pessoa movida a resultados. Foco no processo e na construção de uma equipe. Então, estou bem triste com essa derrota. Eu sei que um dia vou comemorar o que fiz hoje, mas, definitivamente, não vai ser hoje”, concluiu o astro nova-iorquino.
Princípio
Os 42 pontos cedidos no primeiro quarto, a parte a grande atuação de Randle, foram um aviso do que estava por vir para o Knicks. O Timberwolves atacou o garrafão a noite inteira e, com isso, converteu mais de 61% de conversão nos arremessos de quadra. Thibodeau ficou especialmente decepcionado com a falta de intensidade defensiva do quinto colocado do Leste.
“Nós cedemos 42 pontos no primeiro quarto, então demos o embalo para o ataque de Minnesota. E ficou difícil pará-los, pois são bons ofensivamente. Demos tudo o que queriam, em síntese. E, ao mesmo tempo, entramos em um grande ‘buraco’. Tivemos que lutar para voltar e termos chances, mas não deu. Fica difícil vencer começando tão mal, afinal”, lamentou o experiente treinador.
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