Michael Jordan e Scottie Pippen, certamente, formaram uma das parcerias mais icônicas da história da liga. Eles ganharam seis títulos juntos e, assim, colocaram o Chicago Bulls no mapa da NBA. Foi um feito tão grande que ofusca as investidas do maior jogador de todos os tempos em outras frentes. Colin Cowherd vai além, pois define o resto da carreira de “MJ” como um verdadeiro fracasso.
“Michael tentou jogar baseball e fracassou. O seu retorno ao basquete, em seguida, foi uma ‘bomba’ no Washington Wizards. Ele foi um péssimo dono, por fim, para o Charlotte Hornets. Então, retire Scottie e Phil Jackson do seu lado, e a mitologia em torno dele é só isso mesmo. Foi tudo um fracasso, não passa de mitologia”, disparou o radialista, em seu podcast.
As palavras de Cowherd fazem referência às várias investidas de Jordan no esporte fora o seu tempo no Bulls. A jornada de herói que trilhou em Chicago, certamente, destoa dos outros episódios de sua carreira. Comparar tudo, no entanto, é injusto. Cada situação aconteceu em um momento diferente, com condições diferentes. O que não muda, para o analista, é a natureza individualista da lenda da NBA.
“Michael é o maior jogador de todos os tempos. Mas, ao mesmo tempo, sempre foi meio egoísta em quadra e como pessoa. Ele não provou ser bom, afinal, em criar um senso de comunidade. Provou-se bom em desenvolver a riqueza e bem-estar para si próprio. E não digo isso como crítica, pois não há nada de errado nisso. É apenas a realidade”, refletiu o comentarista.
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Hornets
Os comentários de Cowherd são impulsionados pela notícia de que Jordan negocia a venda da parte majoritária do Hornets. A sua passagem pelo comando da equipe, em síntese, passou longe de ser um sucesso. O time passou por várias mudanças e, assim, só chegou aos playoffs três vezes em 14 temporadas. Nunca passou da primeira rodada do mata-mata do Leste, além disso.
No entanto, do ponto de vista financeiro, pode-se dizer que a movimentação vai ser um sucesso para o ídolo. Ele comprou a maioria acionária da franquia por US$175 milhões em março de 2010. A possível negociação para Gabe Plotkin, por sua vez, gira em torno de US$1,7 milhões agora. E especula-se que Jordan ainda vai seguir com uma pequena parcela das ações.
A presença do ex-atleta no comitê de mandatários também é um sucesso por causa da representatividade. Ele é o único sócio majoritário de uma franquia preto da NBA. “A venda do Hornets ainda não é algo iminente. Mas a negociação ganhou muita força nos últimos dias”, revelou Adrian Wojnarowski, da ESPN.
LeBron James
A parceria icônica com Scottie Pippen marcou a carreira de Michael Jordan. Mas, hoje em dia, o seu nome aparece mais ligado a outro grande jogador: LeBron James. Os dois polarizam a discussão, afinal, de maior jogador da história do basquete. Cowherd sinaliza que ambos também podem ser comparados como exemplos extremos de personalidades no meio social.
“Michael não tem a habilidade ou, mais do que isso, o interesse de ajudar todos ao seu redor. Não quer ser uma pessoa mais como o LeBron, por exemplo. Michael é um cara muito diferente, nesse sentido. Ele só começou nos últimos anos, aliás, a fazer doações e dar de volta à comunidade. Boas ações são uma coisa recente em seu dia-a-dia”, concluiu o analista.
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