Nada melhor do que você sair de um lugar onde não era querido e ir para outro em que as pessoas o querem por perto. Russell Westbrook tem a chance de reencontrar a felicidade no Los Angeles Clippers para seguir relevante na NBA. Mas mais do que isso, parece mesmo o contrário. Enquanto o armador esteve em todos os rumores possíveis de trocas no Lakers, o Clippers fez o contrário. Então, agora é a hora de as duas partes se encontrarem.
Westbrook não é jovem. Ele deixou os seus melhores anos na liga jogando pelo Oklahoma City Thunder. Mas ainda existe um grande jogador ali. Aos 34 anos e cheio de amor para dar e receber, o atleta inicia sua jornada por uma nova equipe nesta sexta-feira.
Sim, é uma aposta. Mesmo com um MVP na bagagem, ele chega menor ao Clippers do que chegou ao Lakers. Aliás, ele foi diminuindo aos poucos. Não que quisesse, mas por uma imposição da liga. A falta de um arremesso de três faz vítimas, às vezes, precocemente.
Apesar de seu tamanho diminuir desde o Thunder até chegar ao novo time, ele tem a chance de ouro de revidar. Não com “na mão”, mas com o talento que o fez se tornar um astro. A liga precisa dele e ele precisa da liga. Mas não como um personagem caricato que estava no Lakers, apagado por uma pressão acima do normal por ser um terceiro astro. Russell Westbrook é uma escolha segura não só para o Clippers, mas para a própria NBA.
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Seu estilo de jogo pode ser incomum hoje, mas foi com ele que se diferenciou, se destacou. Não tem arremesso, não tem espaçamento. Mas uma coisa você não pode negar: Westbrook sempre vai ser o cara que mais vai correr e o que mais vai chamar a atenção. Talvez, tudo isso seja benéfico na outra equipe de Los Angeles.
Vai existir pressão, claro. Como não teria?
Mas ela é infinitamente menor do que a que existia no Lakers. Nem se compara. Nem se quiser forçar o fato de o Clippers jamais ter sido campeão. Nada.
No entanto, por jogar ao lado de companheiros que estejam empolgados por sua presença, tudo vai servir de combustível. Ele quer provar que todos estavam errados, enquanto seus colegas vão fazer de tudo para que isso aconteça. Vão ajudar em dobras na defesa, vão procurar espaços para receberem seus passes. Será uma versão, para ele, melhorada do que foi no Washington Wizards.
Como primeiro ato de boa receptividade, a comissão técnica determinou que ele será titular até o fim da temporada. Se tudo der certo, embora exista uma expectativa não tão alta, o armador ganha uma extensão.
Mas como assim “expectativa não tão alta”?
Tamanho do Clippers ajuda
Sem demérito algum, o Clippers nunca foi campeão da NBA, mas quando você reúne Paul George, Kawhi Leonard e Russell Westbrook, espera-se algo. Uma semifinal de conferência, talvez, seja uma visão pessimista hoje. Mas se for às finais do Oeste, já começa a mudar a narrativa.
Vale lembrar que o Dallas Mavericks chegou lá na última temporada tendo, como All-Star, apenas Luka Doncic. E sem uma eventual presença de outros times considerados fortes, sobram Denver Nuggets, Phoenix Suns e Memphis Grizzlies.
Claro que Golden State Warriors e Los Angeles Lakers não estão fora da disputa, mas é mais difícil por suas atuais posições na tabela. E a estreia de Westbrook pelo Clippers é justamente contra o “azarão”, o Sacramento Kings. Aliás, o Kings é, também, um adversário direto na briga pelo topo. A equipe de Sacramento ocupa o terceiro lugar, enquanto o Clippers é o quarto.
Um “empurrão” para ultrapassar, pelo menos, um dos três times acima, já vai mostrar algo diferente. E é assim que a direção pensa. Claro, se conseguir se manter com um mando de quadra, será importante. Mas se subir na tabela, a confiança geral vai aumentar.
E, até por não existir uma pressão tão grande no Clippers, é aí que Westbrook vai poder brilhar.
Mas vamos lembrar que, desde as chegadas de Kawhi Leonard e Paul George, a expectativa do time em conquistar um título despencou ao longo dos anos. Claro as lesões, especialmente de Leonard, atrapalharam tudo. Ninguém, absolutamente ninguém, fala sobre a equipe não ter ido aos playoffs de 2021/22.
É a junção de uma queda de expectativa, menor pressão e, claro, conformismo de que a dupla não seria campeã em Los Angeles.
Será?
Reforços
Se teve algo que a direção não teve medo foi de trocar de pneu com o carro andando. Mandou seus dois armadores embora (Reggie Jackson e John Wall). Negociou as chegadas de Eric Gordon, Mason Plumlee, Bones Hyland e, agora, Westbrook. Queira ou não, o time tem peças de reposição para todas as posições. E boas.
A partir do momento em que o Clippers se moveu, as atenções se voltaram ao time. Claro, poucas equipes fizeram tanto na trade deadline. Então, o que se espera é que os ajustes aconteçam até o fim da fase regular.
E se der errado?
Bem, se lembrarmos que Russell Westbrook chega ao Clippers como um veterano na NBA, e que se tornou reserva no Lakers, voltamos a falar da expectativa. Sim, o time se reforçou. Sim, Westbrook quer provar que é relevante e sua carreira tem salvação. Mas se não der certo, o máximo que vai acontecer é ele não renovar.
Vai receber críticas? Sim, mas quando ele não foi criticado?
Mas só o fato de o ver sorrir em treinamentos, já é uma vitória. De quem? Da NBA, claro.
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