Blazers terá fôlego para competir no Oeste?

Base do último ano foi mantida, mas há adições que podem mudar a cara do time. além do retorno de Lillard

blazers competir oeste Fonte: Sam Forencich / AFP

Em 2021/22, o Portland Trail Blazers precisou dar um “passo atrás” e praticamente abdicou de competir na Conferência Oeste. Como resultado, a franquia, que disputou playoffs por oito temporadas consecutivas, terminou apenas na 13ª colocação. Agora, com a recuperação de Damian Lillard e contratações pontuais para o elenco, a equipe visa voltar à fase mata-mata da NBA. Mas, será capaz de competir com seus rivais de conferência?

A postura do Blazers na última campanha foi de reconstrução. Por mais que a direção não tenho “abraçado” um tank total, houve mudanças profundas em comparação ao time de 2020/21. A começar, por exemplo, pela parte técnica. Portland rompeu com o comandante de longa data, Terry Stotts, e trouxe o ídolo Chauncey Billups para assumir seu primeiro papel como treinador.

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Além disso, outro rompimento marcou a última temporada. Isso porque a dupla de nove anos de parceria, formada por Lillard e CJ McCollum, também se separou com a ida do ala-armador para o New Orleans Pelicans. O Blazers, então, investiu na jovem promessa Anfernee Simons, que fez a melhor temporada de sua carreira, com mais tempo em quadra.

Por fim, as novidades para Portland também aconteceram nos bastidores. Joe Cronin assumiu o cargo de GM depois que Neil Olshey foi demitido, em dezembro, devido a alegações de má conduta em serviço.

Essas mudanças, portanto, exigiram que a franquia abdicasse de competir para focar em seu futuro próximo. Afinal, a equipe terminou a última temporada com 27 vitórias e 55 derrotas, seu pior recorde em quase duas décadas. Todavia, esse “novo” futuro já será possível em 2022/23?

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Como voltará Lillard?

O principal nome do Blazers foi submetido a uma cirurgia no abdome e desfalcou a equipe em quase toda a temporada. Assim, foram apenas 29 partidas disputadas na última campanha. Por outro lado, a expectativa é a de que o astro esteja completamente recuperado e possa voltar a atuar sem problemas físicos.

No entanto, qual Lillard veremos em quadra? Mesmo com poucas partidas no último ano, e jogando com dores, ele angariou médias de 24 pontos, 7,3 assistências e 40,2% de aproveitamento nos arremessos. Seu potencial, então, é inquestionável. Contudo, foi a primeira vez na carreira que ele passou por um longo período sem jogar, o que coloca em dúvida como será seu retorno.

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Evidente que, saudável, Lillard é um dos jogadores mais dominantes e, sobretudo, decisivos da NBA. Dessa forma, ele pode levar o Blazers aos playoffs novamente e ser fundamental em duelos contra as melhores equipes da liga.

Vale lembrar que o craque renovou seu contrato com o Blazers nesta offseason, em acordo por mais dois anos e US$121 milhões em salários.

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Simons dará conta do recado?

Como mencionado, Portland apostou em Anfernee Simons como substituto natural de McCollum. O, agora jogador do Pelicans, formou uma das duplas mais legais da NBA nos últimos anos com Lillard, mas nunca foi capaz de conquistar algo relevante como um título de conferência.

Simons, então, pode atingir um patamar maior do que McCollum? É cedo para cravarmos, mas as expectativas para que ele seja o segundo grande nome da franquia são altas. E há um motivo para isso. Em quatro anos como profissional, o ala-armador teve seu melhor desempenho individual como jogador na última temporada. Em 57 jogos, sendo 30 como titular, somou médias de 17,3 pontos, com 40,5% de aproveitamento em arremessos do perímetro.

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Por isso, a direção da franquia não perdeu tempo e renovou o contrato de Simons. Agora, o atleta possui vínculo com o time de Oregon por mais quatro anos e receberá US$100 milhões em salários. O Blazers, portanto, aposta alto no jogador de 23 anos, mesmo provando seu valor apenas por uma temporada.

Adaptação

Com os pontos elencados sobre os dois jogadores de armação do Blazers, já podemos considerar que será necessária uma adaptação para ambos e, claro, para Chauncey Billups. Entretanto, há mais encaixes a serem feitos. Para reforçar o quinteto inicial, a franquia contratou Jerami Grant que assumiu um papel de liderança nos seus dois anos no Detroit Pistons.

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Agora, por outro lado, Grant não será “o cara” da franquia. Então, ele terá menos a bola em mãos e precisará dividir a responsabilidade com Lillard, Simons e Jusuf Nurkic.

Dessa forma, se for capaz de abdicar do protagonismo que tinha em Detroit para ser um jogador que contribui para a equipe em Portland, o Blazers terá um quinteto inicial muito competitivo. Grant terminou a última temporada com médias de 19,2 pontos e 4,1 rebotes e, se conseguir atingir um patamar semelhante no seu novo time, certamente o deixará mais forte.

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Ademais, outra boa adição do Blazers foi o campeão Gary Payton II. Provavelmente, ele será usado na segunda unidade do elenco, mas já provou, no Warriors, como consegue ser importante quando está em quadra. Especialista na defesa, disputará a sétima temporada na NBA, sendo a última, sem dúvidas, sua melhor.

Assim, caso consiga uma adaptação rápida ao sistema de jogo de Billups, deveremos vê-lo com bons minutos em quadra, justamente para equilibrar a defesa de Portland. Aliás, um encaixe perfeito com Lillard.

Não é o único

Respondendo mais diretamente à questão levantada neste artigo, o fôlego do Blazers para competir no Oeste não é algo que dependerá só de si. Afinal, há outros times fortes na conferência que podem fazer com que a franquia não brigue pelas primeiras posições. No entanto, Portland certamente figurará entre os times com classificação necessária para a pós-temporada.

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Los Angeles Clippers e o Denver Nuggets, por exemplo, são equipes que deverão aparecer entre os seis classificados para os playoffs. O Minnesota Timberwolves é tido como mais uma das equipes que se classificará de forma direta após a contratação de Rudy Gobert. Além disso, o Phoenix Suns e o atual campeão Golden State Warriors lideraram a conferência na última temporada e devem se manter no topo.

Há também o Dallas Mavericks, de Luka Doncic, e o Memphis Grizzlies, de Ja Morant, que brigarão pela vaga direta aos playoffs. Como se não bastasse, correndo por fora, o New Orleans Pelicans, que já participou dos mata-matas na última temporada, pode ficar ainda mais forte com o retorno de Zion Williamson.

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Portanto, são pelo menos sete equipes que podemos considerar mais preparadas do que o Blazers para competir pelas vagas classificatórias no Oeste. Ainda assim, podemos ver Portland brigar pelas vagas no play-in.

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