As dez piores contratações na agência livre da NBA

Nas vésperas da agência livre, o Jumper Brasil elaborou uma lista com as dez piores contratações da história

piores contratações agência livre Fonte: Michael Reaves/AFP

Em clima de free agency, o mercado da liga já está sendo movimentado desde o Draft, mas abrirá oficialmente nesta quinta-feira (1º), às 19h (horário de Brasília). Pensando nisso, o Jumper Brasil elaborou uma lista das dez piores contratações da história da agência livre da NBA.

10. Gordon Hayward (Boston Celtics)

Levando em consideração a expectativa criada em torno de Gordon Hayward quando foi transferido para o Boston Celtics, em 2017, podemos considerar sua passagem por Massachusetts fracassada. Afinal, no último dos seus sete anos com a camisa do Utah Jazz, o ala terminou a temporada com 21.7 pontos e 40% de aproveitamento nos arremessos do perímetro. Então, foi negociado com o Celtics por um contrato de US$127,8 milhões por quatro anos.

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Contudo, quando chegou ao Boston, Hayward sofreu uma grave fratura no tornozelo com apenas cinco minutos em quadra com a camisa do Celtics, que o forçou a perder o restante da temporada.  Assim, após se recuperar, passou a campanha de 2018-19 tentando voltar à sua melhor forma. Porém, somou médias de apenas 11.5 pontos por jogo, saindo do banco em 54 de suas 72 aparições.

Ao todo, foram três anos em Boston com médias de 13.9 pontos e 35% nos arremessos do perímetro, considerada sua principal arma, em 125 jogos disputados.

9. Chandler Parsons (Memphis Grizzlies)

Antes de qualquer coisa, vale lembrar que a agência livre de 2016 foi um ponto muito fora da curva no que se diz respeito a valores. Como o Jumper Brasil relembrou há poucos dias, o Los Angeles Lakers inflacionou o mercado naquele ano ao pagar altos preços para jogadores considerados comuns.

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Assim, Chandler Parsons foi uma das “vítimas” desses contratos supervalorizados, quando recebeu a oferta de US$94.5 milhões por quatro anos do Memphis Grizzlies. Aos 28 anos, ele já não era um menino que pudesse ser considerado promissor, mas foi titular nos seus primeiros quatro anos atuando por Houston Rockets e Dallas Mavericks, com médias superiores a 14 pontos por jogo.

Seu ponto forte, no entanto, era o arremesso do perímetro. Então, atingiu média de 41.4% no quesito na temporada anterior à sua agência livre. O Grizzlies, então, resolveu apostar. Entretanto, lesões no joelho comprometeram sua carreira e o Parsons atuou em apenas 95 jogos nos três anos que esteve em Memphis, fazendo suas médias caírem para 7.2 pontos e 33.3% em bolas de três.

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Portanto, o alto valor pago pela franquia do Tennessee nunca se fez valer.

8. Allan Houston (New York Knicks)

Tudo bem que o New York Knicks ofereceu uma extensão de contrato com Allan Houston, em 2001, logo após sua primeira temporada como All-Star. Entretanto, o que se pode (e muito) questionar, é o valor e a duração exacerbada do acordo. Isso porque a franquia ofertou ao ala-armador um acordo de seis anos no valor de US$100 milhões. Vale registrar que, em 2001, um trato como este representava 40% de todo o teto salarial e não havia o monte de exceções que a NBA proporciona hoje.

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Houston até fez valer nas duas primeiras temporadas e meia após sua renovação, quando somou médias superiores a 20 pontos. Mas o maior problema de um contrato de seis anos estava por vir. O camisa 20 passou a ter sérios problemas no joelho, justamente na temporada em que o Knicks conseguiu se classificar aos playoffs.

Na temporada 2004-05,  Allan Houston tentou retornar às quadra, participando de 20 jogos, mas parecia que ele não conseguiu se recuperar completamente da dor persistente no joelho esquerdo. Dessa forma, ele fez apenas 11.9 pontos e 2.1 assistências por jogo. Então, optou por se aposentar em 2005 após 12 anos de NBA.

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O problema maior trazido por Houston ao Knicks, no entanto, é que restavam ainda dois anos e US$40 milhões em seu contrato e a franquia precisou continuar pagando. Muito por conta deste contrato que a NBA introduziu a cláusula de anistia em suas regras.

7. Eddy Curry (New York Knicks)

“Nascido” no Chicago Bulls, Eddy Curry (que nada tem a ver com Stephen ou Seth), foi um pivô com uma boa participação ofensiva no início dos anos 2000. Contudo, o que chama a atenção em sua carreira é o contrato generoso ofertado pelo New York Knicks em 2005: US$60 milhões por seis anos.

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Além disso, a questão física passou a ser um empecilho em sua carreira – algo que faz seu contrato com o time de Nova Iorque ser considerado ainda pior. O início de sua trajetória com o Knicks, no entanto, não foi ruim. Sobretudo em sua segunda temporada, quando obteve médias de 19.5 pontos e sete rebotes.

Contudo, o sobrepeso começou a atrapalhá-lo e Curry regrediu em sua terceira temporada, quando houve a mudança de treinador de Larry Brown para Isiah Thomas. Ele fez apenas 13,2 pontos e 4,7 rebotes por jogo em 59 jogos. Então, em 2008-09, quando Mike D’Antoni assumiu o Knicks, o pivô realmente perdeu o rumo, disputando apenas dez partidas em suas últimas três temporadas pelo New York.

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6. Darius Miles (Portland Trail Blazers)

Darius Miles pode nunca ter sido, de fato, um craque. Contudo, ele desempenhava um bom papel como uma espécie de sexto homem no Los Angeles Clippers – time que o draftou. O ala teve uma rápida passagem pelo Cleveland Cavaliers. Mesmo assim, em 2003-04, o Portland Trail Blazers ofereceu a ele um contrato de US$48 milhões por seis temporadas.

Seu desempenho melhorou enquanto vestiu a camisa do Blazers. Enquanto somou média de 9.3 pontos antes de chegar ao Oregon, alcançou 13.1 de média nos seus dois primeiros anos e meio em Portland. Mas ai é que as coisas mudaram. Seu contrato já poderia ser considerado longo e caro demais para um jogador que, sequer era titular. Então, entre 2005 e 2006, atuou em apenas 40 jogos antes de sofrer uma lesão no joelho que, praticamente, encerrou sua carreira.

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Como resultado, foram duas temporadas inteiras sem poder jogar uma partida sequer. Por fim, encerrou sua carreira no Grizzlies, mas sem conseguir alcançar a melhor forma.

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5. Ben Wallace (Chicago Bulls)

O ponto aqui não é a importância da carreira de Ben Wallace para a NBA. Afinal, ele é membro do Hall da Fama, campeão pelo Detroit Pistons, exímio defensor e quatro vezes All-Star. Porém, não dá pra negar que sua breve passagem pelo Chicago Bulls foi uma lástima.

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Wallace foi para o Bulls em 2006, já com 32 anos, com um contrato de US$60 milhões por quatro anos, mas não completou sequer duas temporadas com a equipe. Isso porque na primeira temporada em Illionois, ele teve sua pior campanha em cinco anos. As coisas, então, só pioraram a partir daí. Seus números caíram cerca de 20% no segundo ano em Chicago, quando foi rapidamente trocado para o Cleveland Cavaliers.

A queda de Ben Wallace fica evidente ao compararmos suas médias. Pelo Pistons foram 6.6 pontos, 11 rebotes e 2.3 tocos em 655 jogos. Já pelo Bulls, foram 127 partidas e 5.9 pontos, 9.9 rebotes e um toco. Vale destacar que na temporada que antecedeu sua transferência à Chicago, o pivô somou médias de 7.3 pontos, 11.3 rebotes e 2.2 tocos.

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4. Rashard Lewis (Orlando Magic)

Para fins de contexto, na agência livre de 2007, as equipes da NBA estavam sem grandes opções. Para se ter uma ideia, Luke Walton – sim, Luke Walton! – foi um dos principais nomes disponíveis naquele ano. Então, alguns times foram atrás de Rashard Lewis, que emergia como uma estrela em ascensão no Seattle SuperSonics.

Com a escassez de opções, o Orlando Magic precisou oferecer um grande contrato a Lewis para não perdê-lo para outras equipes. Resultado disso: US$118.2 milhões em um contrato de seis anos com a franquia da Flórida. Ala-pivô, ele teve médias de 22.4 pontos e 6.6 rebotes no último ano de sua passagem de nove anos em Seattle.

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Nos seus dois primeiros anos no Magic, conseguiu manter um bom nível de jogo como titular, apesar de não atingir os mesmo números do SuperSonics. Então, na temporada 2008-09, Lewis testou positivo para uma substância proibida (dehidroepiandrosterona) e foi suspenso pelos primeiros dez jogos. Desde que retornou, no entanto, seu desempenho não foi o mesmo e não conseguiu mais ser o jogador que fora nos primeiros anos de carreira.

Para piorar o cenário, sua situação contratual era praticamente abusiva com o Magic. Isso porque seu salário ficava mais caro, enquanto seu valor de mercado despencava. Para se ter ideia, na temporada 2010-11, quando foi negociado para  Washington Wizards, apenas Kobe Bryant recebia mais do que Rashard Lewis.

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3. Jerome James (New York Knicks)

O valor aqui pode não ser como o dos outros sete listados até agora. Então, é preciso observar a perspectiva. Na agência livre de 2005, o New York Knicks ofereceu US$30 milhões por cinco anos a Jerome James. Contudo, aos 30 anos, o pivô nunca havia ultrapassado cinco pontos de média em temporadas regulares na sua carreira na NBA.

Mas, por que o Knicks resolveu ofertar um contrato neste valor para ele? A única “explicação”, foi sua boa aparição nos playoffs de 2005, quanto atingiu médias de 12.5 pontos e 6.8 rebotes em 11 jogos pelo Seattle SuperSonics.

Não há como negar que é muito pouco para se apostar em um jogador de idade já avançada. O resultado, portanto, não poderia ser diferente. Afinal, James nunca vingou ao longo dos quatro anos em Nova Iorque. Sua trajetória se iniciou da forma errada, quando apareceu nos treinamentos de pré-temporada muito acima do peso ideal.

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Por fim, disputou apenas quatro partidas nos seus dois últimos anos pelo Knicks e, em 90 jogos em quatro temporadas, somou médias irrisórias de 2.5 pontos e 1.8 rebotes.

2. Timofey Mozgov e Luol Deng (Los Angeles Lakers)

Era uma decisão difícil entre esses dois nomes que, definitivamente, não vingaram na Califórnia e receberam valores altíssimos. Então, vamos com os dois.

Na inflacionadíssima agência livre de 2016, o Los Angeles Lakers contratou Timofey Mozgov em um contrato de US$64 milhões por quatro anos. É importante destacar que o pivô russo nunca foi um jogador que saltava aos olhos e sua melhor temporada (10.6 pontos de média) foi no seu primeiro ano pelo Cleveland Cavalaiers – equipe que defendeu antes de ir para a franquia angelina. Entretanto, sua segunda temporada sua média já caiu para 6.3 pontos e passou a não ser mais titular absoluto.

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No Lakers, por sua vez, Mozgov assumiu o garrafão titular, mas não encantou. Aos 30 anos, durou apenas uma campanha inteira em Los Angeles com médias e 7.4 pontos e 4.9 rebotes.

Luol Deng

Já o valor de Luol Deng foi ainda maior. O ala sul-sudanês recebeu um contrato de US$72 milhões por quatro anos. Porém, ao contrário de Mozgov, ele tinha números mais expressivo e uma experiência de 12 anos na NBA. O problema é que não vingou. Afinal, chegou ao Lakers com 31 anos e, até então, não havia explodido com a camisa do Chicago Bulls ou Miami Heat.

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Na sua primeira temporada em Los Angeles, Deng teve uma queda brusca em minutos em quadra e pontuação. Enquanto sua médias no Bulls e Heat eram de 16.1 e 13.1 respectivamente, ele terminou a campanha de 2016-17 com 7.6 pontos em média. Assim, vale frisar que a franquia angelina optou por dedicar o máximo de minutos possível para desenvolver atletas mais jovens enquanto se reconstruíam no Draft.

Sob este ponto de vista, portanto, Luol Deng passou seu segundo ano no Lakers praticamente sem jogar. Neste período, disputou apenas um jogo. Então, o ala-armador recebeu, sem síntese, US$17.2 milhões para ficar em casa naquela temporada enquanto a equipe trabalhava o desenvolvimento do seu núcleo jovem.

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1. Joakim Noah (New York Knicks)

Foram nove anos defendendo o Chicago Bulls que renderam a Joakim Noah duas seleções All-Star e três aparições em times de Defensores do Ano. Olhando assim, com muitas ressalvas, pode até parecer justo o que o New York Knicks propôs ao pivô. Na agência livre de 2016, ele recebeu um contrato de US$72 milhões por quatro anos.

O problema é que o auge de sua carreira não aconteceu nos antes que antecederam sua ida ao Knicks. Após cinco temporada com médias de duplo-duplo, Noah teve dois anos ruins com o Bulls movidos a lesões, sobretudo a temporada 2015-16, quando terminou com média de 4.3 pontos e 8.8 rebotes em apenas 29 jogos disputados. Mesmo assim, o time de Nova York resolveu apostar alto em seu basquete.

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Mesmo para os padrões de contratações ruins do Knicks. Isso porque, aos 31 anos, a franquia ainda acreditou que ele pudesse se reerguer, ainda que mostrando uma clara queda física. Mas, não. Em seu primeiro ano, o pivô disputou 46 partidas (todas como titular) e obteve médias de cinco pontos e 8.8 rebotes.

O pior, estava para vir em 2017-18. As lesões no ombro e no joelho o limitaram a um total de 40 minutos em toda a campanha do Knicks naquele ano. Ao todo, foram 7 jogos. Por fim, o Knicks optou por dispensar uma das piores apostas de sua história pagando seu salário de temporada e estendendo o último ano de seu contrato em pagamentos anuais de US$6.4 milhões até 2021-22.

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