Wiggins é All Star! Veja quem mais já surpreendeu

Confira outros jogadores que causaram surpresa em edições do Jogo das Estrelas

Wiggins All Star surpreendeu Fonte: Kavin Mistry / AFP

O ala Andrew Wiggins foi eleito para o Jogo das Estrelas, mas ele está longe de ser o único “estranho no ninho” na NBA. Embora o jogador do Golden State Warriors tenha sido primeira escolha do draft de 2014 e o melhor calouro daquele ano, astro não é uma palavra que o define. Além de Wiggins, veja quem mais surpreendeu ao aparecer no All Star Game.

Kenny Anderson (All Star Game de 1992-93)

Kenny Anderson era um jovem armador na NBA e vinha conquistando seu espaço, especialmente fazendo dupla com Derrick Coleman. Entretanto, era claro que o melhor jogador do então New Jersey Nets era Coleman. Nada contra Anderson, mas ele não era exatamente um astro. Teve um grande ano, assim como o Nets. Na época, o time fez sua melhor campanha em dez anos. Portanto, é levemente compreensível. Foi uma grande campanha, ainda que o time tenha caído na primeira rodada dos playoffs.

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A expectativa que havia em cima da dupla Anderson e Coleman era grande, mas ela foi desfeita poucos anos depois. O problema é que o armador não repetiu suas atuações de New Jersey quando começou a “conhecer” outras franquias. Foram nove no total.

Mas, sinceramente, Anderson foi melhor que muita gente que vem abaixo na lista de hoje.

 

Dana Barros (All Star Game de 1994-95)

Sabe aquele jogador que você tem certeza que é mediano, mas em um ano vai lá, faz números surpreendentes e nunca mais repete? Essa pergunta devia ter a foto do Dana Barros estampada ao lado. Barros era um armador com pouco cacoete de organizador, mas era excelente arremessador de três pontos. E era isso. Pontuava, defendia mal, fazia cestas de longa distância e só.

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Então, em 1994-95, o Philadelphia 76ers era horroroso. Foi pouco depois que Charles Barkley havia sido trocado para o Phoenix Suns. Portanto, qualquer um que jogasse minimamente, teria espaço. E aconteceu que Barros estava por lá, ganhou tempo de quadra e importância para o time.

Depois disso, Barros voltou a ser um jogador mediano e seguiu assim até sua aposentadoria, em 2004.

 

Chris Gatling (All Star Game de 1996-97)

Chris Gatling era um jogador razoável e esforçado que arremessava de média distância. Agora, um detalhe: Gatling estava em sua sexta temporada, aos 29 anos e contabilizava 60 jogos como titular na NBA. Ou seja, era um jogador comum, de grupo. No máximo, um reserva que tinha tempo de quadra.

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Entretanto, naquele ano, Gatling havia sido assinado com o Dallas Mavericks para auxiliar um elenco cheio de bons nomes (Jason Kidd, Jim Jackson e Jamal Mashburn), mas que não dava liga. O time teve 27 jogadores naquela campanha, após uma avalanche de trocas na trade deadline.

Adivinha só a sequência bizarra de Gatling…

Ele participou do Jogo das Estrelas no dia 9 de fevereiro de 1997. Oito dias depois, o ex-atleta foi negociado para o New Jersey Nets e fez três jogos pela nova equipe antes de ter uma paralisia facial por conta de uma infecção no ouvido e perder o resto do ano.

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Depois disso, Gatling foi trocado mais seis vezes e nunca mais teve grandes atuações.

 

Jamaal Magloire (All Star Game de 2003-04)

Querido leitor do Jumper Brasil, agora é a hora em que você para de ler e respira. Jamaal Magloire teve muita sorte. Não de ter ido ao Jogo das Estrelas, pois isso foi aberração. Sorte por ter tido carreira longa na NBA. O ex-pivô simplesmente não tinha talento para estar ali por tanto tempo. O canadense jogou na liga entre 2000 e 2012. Então, você pode questionar: se ele era tão ruim, como é que jogou por tantos anos? A resposta é bem simples. A liga adorava pivô ruim. Tinha aos montes. Um dia eu vou listar os dez piores que já vi jogar e, talvez, Magloire esteja entre eles.

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E o cara foi para um All Star Game porque teve médias de 13.6 pontos e 10.3 rebotes. Essa foi a melhor temporada dele. Por muito. Mas o Charlotte Hornets ainda levou Baron Davis naquele ano. Provavelmente, essa seja a explicação pela qual Magloire foi para o Jogo das Estrelas. Davis o ajudou demais.

Então, quando você pensar que Andrew Wiggins surpreendeu por estar no All Star Game, lembre-se de Magloire.

 

Jeff Teague e Kyle Korver (All Star Game de 2014-15)

Parece que foi ontem, mas o Atlanta Hawks mandou quatro jogadores para o Jogo das Estrelas de 2014-15. Todo mundo entendeu as idas de Al Horford e Paul Millsap. Agora, Jeff Teague e Kyle Korver? Bem, isso só aconteceu porque o Hawks era um time forte e fez a melhor campanha daquela temporada.

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Teague, que teve espaço até o ano passado na NBA, era um bom armador, que cometia poucos erros de ataque e sabia organizar o time. Mas não era muito mais que isso. Korver, por outro lado, sempre se destacou pelo excelente arremesso de longa distância. Em 2006-07, o ex-jogador fez sua melhor temporada, com 14.4 pontos e muitas cestas de três, mas no ano em que foi para o All Star Game, ele fez 12.1 pontos. Sério, não dá para defender muito, além do fato de ele ter acertado 49.2% atrás da linha.

 

Wiggins em 2021-22

Andrew Wiggins é muito bom defensor e, desde que chegou ao Golden State Warriors, tornou-se um arremessador de três valioso. Ver o nome de Wiggins na lista do All Star Game surpreendeu, mas ele faz um bom trabalho no time californiano. São 18.1 pontos, 4.2 rebotes e acerta 40.4% das cestas de longa distância em cerca de 31 minutos (menor tempo de quadra da carreira).

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Embora não sejam números impressionantes, se você parar e pensar, são razoáveis suficientemente para ser considerado. Claro que a lesão de Paul George e o formato da votação ajudaram, mas não chega a ser um absurdo.

De fato, ele não é um astro. Wiggins não deu o salto imaginado e só chega ao Jogo das Estrelas em seu oitavo ano na liga. Entretanto, não existem outros nomes no Oeste. Talvez, seu colega de Warriors, o ala-pivô Draymond Green, tivesse algum apelo. Mas é o que tem para hoje.

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