O Denver Nuggets venceu só quatro de seus primeiros oito jogos na temporada, mas a sensação visual é ainda pior do que a campanha. A equipe acaba de perder dois jogos seguidos para o Memphis Grizzlies e, surpreendentemente, possui o sexto ataque mais ineficiente da liga. O técnico Michael Malone teme que o Nuggets viva um momento de dependência do craque Nikola Jokic que pode prejudicar todos em longo prazo.
“Eu sinto muito por Nikola porque, como MVP da liga, é bastante exigido todas as noites. Estou preocupado que sinta que precisa ser perfeito para que tenhamos uma chance de vencer. Não quero que viva a pressão para ser perfeito, pois ninguém é. Preocupo-me, portanto, com a dependência que temos dele. Fizemos só oito jogos e, às vezes, parece que ele já carrega o mundo nas costas”, avaliou o treinador, em entrevista coletiva.
Os números não deixam o técnico ignorar a suposta dependência do Nuggets em Jokic. A equipe do Colorado derrotou os seus adversários por 14.5 pontos por 100 posses de bola nos 248 minutos em que o pivô esteve em quadra. Por outro lado, nos menos de 140 minutos em que o time jogou sem o seu líder em quadra, o time foi derrotado por alarmantes 21.4 pontos por 100 posses de bola.
“Eu já disse para vocês que Nikola é não apenas um bom jogador, mas um dos grandes. Todas as vezes que ele sai de quadra, a nossa equipe rui. Estou chamando o seu nome cada vez mais cedo nos últimos períodos para retornar às quadras, pois precisamos da sua presença. Consigo ver em seu rosto o que está se perguntando. ‘Mas já?’. Pois é. Assim, ele estará exaurido no Natal”, previu o técnico, pessimista.
Elenco de apoio
A necessidade do Nuggets ter Jokic em quadra está diretamente ligada, aliás, ao elenco de apoio. O armador Jamal Murray, por exemplo, está lesionado e só deverá retornar em março do ano que vem. O jovem Michael Porter, por sua vez, vive um começo de temporada dos mais decepcionantes diante da expectativa que gerava. Malone, porém, não faz uma avaliação tão negativa e aposta na recuperação do ala.
“Eu nunca tenho a impressão de que Michael está nervoso ou inseguro. Nós não estamos acostumados a vê-lo ter um início de temporada tão descalibrado, mas acreditamos que vai dar a volta por cima. Acho que, além disso, realizou algumas jogadas de entrega nos últimos jogos. Ele nunca poderá deixar que arremessos errados influenciem outras áreas do seu jogo. Temos exigências, sobretudo, muito maiores para Michael”, analisou.
No entanto, por mais que se possa falar do desempenho de qualquer jogador, Jokic não quer que a análise “fuja” de si mesmo. “Esse time olha para mim como um líder e, por isso, preciso ser muito melhor. A culpa por quaisquer derrotas é minha primeiramente, então do resto do grupo. É claro que tudo deve ser visto coletivamente, mas, antes de tudo, sou eu quem necessita ser provavelmente julgado”, finalizou o craque.
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