Confira a previsão que o Jumper Brasil preparou sobre Los Angeles Lakers e Denver Nuggets, que iniciam a série final do Oeste nesta sexta-feira.
Los Angeles Lakers (1º) x (3º) Denver Nuggets
Confrontos na temporada: Lakers 3 x 1 Nuggets
03/12 – Lakers 105 x 96 Nuggets
22/12 – Nuggets 128 x 104 Lakers
12/02 – Lakers 120 x 116 Nuggets
10/08 – Nuggets 121 x 124 Lakers
Datas do confronto
18/09: Nuggets x Lakers – 22h – com transmissão do SporTV 2
20/09: Nuggets x Lakers – 20h30 – com transmissão do SporTV 2
22/09: Lakers x Nuggets – 22h – com transmissão do SporTV 2
24/09: Lakers x Nuggets – 22h – com transmissão do SporTV 2
26/09: Nuggets x Lakers – 22h * – com transmissão do SporTV 2
28/09: Lakers x Nuggets – Horário a ser definido * – com transmissão do SporTV 2
30/09: Nuggets x Lakers – Horário a ser definido * – com transmissão do SporTV 2
* Se necessário
Horários de Brasília
Los Angeles Lakers
A equipe californiana volta a disputar uma final de conferência dez anos depois de sua última aparição. O Los Angeles Lakers superou o Portland Trail Blazers por 4 a 1 na primeira rodada e, pelo mesmo placar, bateu o Houston Rockets na semifinal.
Liderado por LeBron James e Anthony Davis, o Lakers perdeu o primeiro jogo das duas séries, mas virou os placares de forma contundente, sem margens para dúvidas que era o melhor time do confronto. Entretanto, o técnico Frank Vogel precisou fazer ajustes para vencer o Rockets, utilizando o ala-pivô Markieff Morris no quinteto titular, substituindo JaVale McGee. Assim, Davis moveu-se para a posição de pivô, deixando uma formação “baixa”.
Em dez jogos nos playoffs, o Lakers venceu cinco deles por dez pontos ou mais (três acima de 20). Nas vitórias, Davis converteu 62.8% dos arremessos. Nas derrotas, 45%.
Denver Nuggets
Por duas vezes, o Denver Nuggets esteve atrás do placar em 3 a 1 e conseguiu viradas e classificações incríveis contra Utah Jazz (na primeira rodada) e Los Angeles Clippers (semifinal de conferência). Só aí, já são feitos espetaculares. O Nuggets desafiou a lógica e, agora, pega o Los Angeles Lakers na final do Oeste.
Jamal Murray e Nikola Jokic são os grandes nomes da franquia na atualidade. Cada um, ao seu modo, soube extrair o melhor nos dois duelos. Primeiro, Murray fez uma série incrível contra o Jazz, jogo a jogo, duelando com Donovan Mitchell nas partidas de 50 pontos. Diante do Clippers, Jokic sobressaiu-se dentro e fora do garrafão, com passes sensacionais.
O grande problema para o Nuggets, no entanto, pode ser a fadiga. Já são 14 jogos nos playoffs, contra dez do Lakers.
Análise do confronto
Após seis temporadas longe dos playoffs, o Los Angeles Lakers foi atrás de seu sonho de consumo, o ala-pivô Anthony Davis e, para isso, liberou jogadores como Brandon Ingram (vencedor do prêmio de atleta que mais evoluiu em 2019-20) e Lonzo Ball. O resultado foi imediato e o Lakers tornou-se um time com chances reais de título. Depois de liderar a conferência Oeste, o time californiano superou Portland Trail Blazers e Houston Rockets sem grandes problemas, ainda que, com sustos no primeiro jogo de cada série. Entretanto, o tão aguardado confronto na final não vai acontecer, já que o Denver Nuggets bateu o Los Angeles Clippers e é seu adversário a partir de sexta-feira.
O técnico Frank Vogel ainda não definiu como será o seu quinteto titular. Contra o Rockets, Vogel utilizou uma formação diferente da habitual, sacando o pivô JaVale McGee, promovendo a entrada de Markieff Morris. Na teoria dos times baixos, amplamente difundida na NBA atualmente, o Lakers é a exceção. Não que não queira utilizar essas formações, mas porque, mesmo com Morris entre os iniciais, a equipe segue grande.
Danny Green (1,98m) e Kentavious Caldwell-Pope (1,95m) são os únicos abaixo de dois metros, pois LeBron James e Morris possuem 2,03 metros, enquanto Davis tem 2,08 metros. Para marcar o Nuggets, recheado de atletas altos, tamanho é essencial.
Ainda não está claro se Davis vai marcar Nikola Jokic, principal organizador de jogadas do time do Colorado. Mesmo que ele seja o pivô, é possível que Morris seja deslocado para executar a função, evitando que o astro seja “carregado” por faltas.
Quanto ao armador Jamal Murray, Green deve ser o responsável por sua marcação. Especialista no quesito defesa, o camisa 14 de Los Angeles falhou em algumas ocasiões na função contra o Rockets. Quando estiver em quadra, é provável que Alex Caruso vigie de perto as ações ofensivas de Murray.
O ataque do Lakers tende a não ficar estagnado se a bola de três deixar de cair, fato raríssimo hoje em dia. A equipe até acertou 19 cestas de longa distância (recorde da franquia) contra o Rockets no jogo 5, mas não depende exclusivamente disso. Davis e James trabalham bem em conjunto (segunda dupla com mais assistências de um jogador para outro na temporada) ou nas isolations. Os dois fazem bem a investida para o garrafão adversário na velocidade, no drible (no caso de LeBron) ou no post (Davis).
Caso os coadjuvantes (Rajon Rondo, Kyle Kuzma, Morris, Green, Caruso e Caldwell-Pope) consigam ajudar na pontuação, a situação melhora ainda mais para a equipe de Los Angeles. O banco pode não ter muita profundidade, mas possui ótimos defensores e atletas que conseguem desempenhar mais de uma função.
Para vencer, é preciso limitar o acesso de Murray ao garrafão, mas também é necessário ter alguém tirando-o da zona de conforto, contestando seus arremessos de três. Além disso, é preciso pressionar Jokic a errar (3.5 desperdícios de posse de bola nos playoffs) e não deixar que Paul Millsap, Gary Harris e Michael Porter fiquem “quentes” no jogo. Para finalizar, é importante evitar os pontos do oponente após turnovers. O Lakers sofreu, em média, 17.5 pontos por jogo no quesito, sendo melhor apenas que Oklahoma City Thunder e Trail Blazers.
Se Davis for obrigado a defender Jokic, a estatística mostra a efetividade do jogador angelino. Em 36 posses de bola, o Nuggets anotou apenas 33 pontos quando isso aconteceu e o pivô acertou somente três das dez tentativas de arremessos.
Pelo Nuggets, Jokic e Morris provaram que conseguem liderar um time com as “costas na parede”. É um time que não teme pressão e joga solto. A posição de zebra no confronto é muito confortável. Nas casas de apostas, o Lakers é favorito a levar o primeiro jogo por sete pontos. Na série, o time californiano leva vantagem em qualquer placar favorável, sendo o 4 a 1 o que paga menos (R$3,25 para cada Real apostado), enquanto uma varrida paga R$4,00. Para o oposto (Denver em quatro jogos), o valor é de R$67,00.
O Nuggets precisa fechar o garrafão quando James tentar infiltrar. Jerami Grant (mesma altura de LeBron) pode ser seu marcador primário, pois Harris, o melhor no quesito na equipe, é muito mais baixo (1,93m). O ala-armador pode ajudar nas eventuais dobras, fazendo pressão. Sua vantagem é ter a capacidade de correr a quadra toda, seja na defesa ou no ataque.
No caso de Davis, a situação é um pouco mais complicada. Jokic, todo mundo sabe, não é bom defensor se tiver de sair para marcar fora do garrafão. Isso deve ficar a cargo de Paul Millsap, que mostrou no jogo 5 diante do Clippers que ainda tem gasolina no tanque. Se tem alguém que não vai economizar esforço e faltas, é o veterano. O técnico Mike Malone tem em Porter sua melhor opção saindo do banco. Então, duas ou até três faltas de Millsap no começo do jogo, não deverá ser um problema impossível de ser solucionado.
O Nuggets é um time meio óbvio. Não entenda mal. É uma equipe que possui quase sempre as mesmas jogadas ofensivas (são várias, aliás), que invariavelmente a bola passa por Jokic e Murray. Outros atletas praticamente não são envolvidos, a não ser quando a marcação dobra e eles são obrigados a passar para os cantos da quadra, onde Harris e Grant estão posicionados na maioria das vezes. Ou seja, não tem um coelho tirado da cartola. É na base do talento da dupla.
Jokic deve ser muito explorado na defesa. Esse, talvez, seja um dos problemas críticos. O reserva Mason Plumlee pode ser mais acionado caso o Lakers venha com McGee no quinteto inicial. O Nuggets utilizou Jokic e Plumlee em algumas situações defensivas, com o segundo sendo responsável pelo melhor cara alto do oponente. Eventualmente, é algo que Malone pode usar. A preocupação maior é com a velocidade de James ou até mesmo Rondo. Passando pelo marcador inicial, eles sabem que Jokic não vai sair para tentar o bloqueio ou até mesmo uma pressão. Então, eles podem fazer o que Donovan Mitchell cansou de executar, com um arremesso de curta distância, suficiente para que o pivô não chegue a tempo (passando pelo defensor primário, claro).
Nas três vitórias do Lakers na fase regular, James e Davis combinaram, em média, para 57 pontos, 15 rebotes e 14.3 assistências, enquanto Jokic e Murray fizeram 38.3 pontos, 9.7 rodmans e 13 passes decisivos. LeBron não atuou na única derrota de Los Angeles.
Uma das esperanças de Malone é poder contar com Will Barton em algum ponto da série. Terceiro cestinha da equipe na temporada, Barton deixou a “bolha” na segunda quinzena de agosto e ainda não retornou. É bom lembrar que, para um jogador que esteja fora do complexo da Disney voltar, ele precisa ficar quatro dias em quarentena.
A batalha pode ficar um pouco mais equilibrada por conta dos pontos em transição. Se o Lakers é um time que desperdiça muitas posses de bola, o Nuggets é um dos que menos pressionam para gerar erros de ataque. De um lado, James. Do outro, Jokic. Ambos conseguem emular um quarterback, com passes precisos de longe. No contra-ataque, o Lakers permite apenas 8.9 pontos por partida e produz 15.5 pontos nos playoffs.
A tendência é que o Lakers seja finalista da NBA. A essa altura do campeonato, é impossível, porém, descartar o poder de reação do Nuggets. O talento da dupla de Los Angeles pode prevalecer, como foi durante a temporada regular. O elenco é mais experiente e cheio de jogadores capazes de contribuir em mais de uma função.
Palpite: Los Angeles Lakers 4 x 1 Denver Nuggets
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