Uma verdadeira revolução anuncia-se no basquete universitário com a crescente ameaça da G-League no recrutamento dos principais prospectos colegiais norte-americanos. Em reunião realizada na quarta-feira passada, a alta cúpula da NCAA aprovou uma proposta que vai permitir que os estudantes-atletas tenham atividades monetizadas e possam, de fato, receber dinheiro de terceiros a partir da temporada 2021-22.
Os esportes universitários dos EUA justificam a proibição do envolvimento de jogadores com ações que gerassem ganho financeiro até agora pela proteção de sua condição de amadorismo. No entanto, nos últimos dias, a NCAA foi obrigada a rever suas regras em regime de urgência pela perda de três prováveis escolhas de loteria do draft da NBA para a liga de desenvolvimento: Jalen Green, Isaiah Todd e Daishen Nix.
Primeiramente, pela nova proposta, vai ser permitido que os jovens assinem contratos comerciais e de patrocínio com empresas de variados ramos de atuação. Eles poderão também participar de peças publicitárias dos seus contratantes, fazendo referência ao fato de serem estudantes-atletas de suas universidades. No entanto, ressalta-se que estarão proibidos de usarem uniformes e logos das instituições.
Os prospectos também receberão permissão para usarem suas imagens em atividades variadas que gerem receita. Isso abre caminho, por exemplo, para que os jogadores utilizem seus perfis em redes sociais para publicarem posts patrocinados, realizarem ações de marketing e até promoverem venda de produtos pessoais. É provável que limites ainda sejam definidos para esse tipo de interação e operações financeiras.
As prováveis novas regras ainda não serão válidas para a próxima temporada porque, em linhas gerais, é esperado que até o governo federal tenha influência sobre essas mudanças. “Gostemos ou não, essa situação precisa ser revista. Encontraremos um sistema perfeito? Provavelmente, não. Mas, certamente, alguma coisa tem que ser feita”, concluiu Anthony Gonzalez, ex-jogador da NFL e político do distrito de Ohio.