O Los Angeles Clippers da década de 2010 será, provavelmente, discutido como um dos mais fascinantes casos de equipes talentosas que não ganharam títulos na NBA em um futuro breve. E, para o experiente J.J. Redick, não há ninguém a ser culpado por isso além dos próprios atletas. O ala-armador olha para trás e, com a visão de dentro do elenco, acredita que o time “ruiu” internamente.
“Fora de quadra, todos os jogadores se davam muito bem. Mas existia um nível tão alto de mesquinharia naquele grupo. Havia muita mesquinharia mesmo. É estranho pensar que uma equipe com tamanho potencial para conquistas, no fim das contas, desmoronou por causa disso – por mesquinharia do nível de um Donald Trump”, revelou o veterano arremessador, em entrevista ao site Clutch Points.
Redick fez parte da espinha dorsal da empolgante equipe no período, junto com os astros Blake Griffin, Chris Paul e DeAndre Jordan. O considerado melhor time do Clippers de todos os tempos chegou aos playoffs por seis anos seguidos, entre 2012 e 2017, mas nunca conseguiu passar das semifinais da conferência Oeste. O jogador crê que a sequência de derrotas e frustrações desgastaram o elenco.
“Não houve um momento específico em que as coisas ‘desandaram’, sabe? Foi um processo mesmo. Os atletas, individualmente, tinham ótima relação, mas é o que Doc Rivers já disse: quando um grupo passa muito tempo junto, em vez de criar ainda mais unidade, todos começam a apontar o dedo e culpar uns aos outros, às vezes”, teorizou o hoje atleta do New Orleans Pelicans.